BACEN = BCB = BC = BANCO CENTRAL DO BRASIL - CONTABILIDADE BANCÁRIA
COSIF - PADRÃO CONTÁBIL DAS INSTITUIÇÕES REGULADAS PELO BACEN
COSIF 1 - NORMAS BÁSICAS
COSIF 1.4 - ATIVOS NÃO FINANCEIROS MANTIDOS PARA VENDA
COSIF 1.4.2. Critérios Gerais Aplicáveis às Administradoras de Consórcio e às Instituições de Pagamento - Resolução BCB 005/2020 - PDF
Coletânea por Américo G Parada Fº - Contador - Coordenador do COSIFE
1. Critérios Gerais Aplicáveis às Administradoras de Consórcio e às Instituições de Pagamento
1.4.2.1 - Esta subseção estabelece os critérios contábeis para reconhecimento e mensuração de ativos não financeiros mantidos para venda pelas administradoras de consórcio e instituições de pagamento.
1.4.2.2 - Caracteriza-se como ativo não financeiro mantido para venda o ativo não abrangido no conceito de ativo financeiro, conforme regulamentação específica, ou o grupo de alienação, que atenda às seguintes condições:
1.4.2.3 - Considera-se grupo de alienação o grupo formado por ativos não abrangidos no conceito de ativo financeiro, conforme regulamentação específica, e passivos diretamente associados a esses ativos, destinados para alienação em conjunto.
1.4.2.4 - Os ativos não financeiros mantidos para venda de que trata a alínea “a” do item 2 devem ser reclassificados para a adequada rubrica contábil do ativo circulante, na data em que a administradora de consórcios ou a instituição de pagamento decidir vendê-los.
1.4.2.5 - Os ativos de que trata o item 4 devem ser avaliados pelo menor valor entre:
1.4.2.6 - Os efeitos decorrentes da aplicação do disposto no item 4 sobre o valor do ativo devem ser reconhecidos em contrapartida ao resultado do período.
1.4.2.7 - Os ativos não financeiros mantidos para venda de que trata a alínea “b” do item 2 devem ser reconhecidos inicialmente na adequada rubrica contábil do ativo circulante ou não circulante realizável a longo prazo, conforme o prazo esperado de venda, na data do seu recebimento pela administradora de consórcios ou pela instituição de pagamento.
1.4.2.8 - Os ativos de que trata o item 7 devem ser avaliados pelo menor valor entre:
1.4.2.9 - A eventual diferença entre o valor contábil do respectivo instrumento financeiro de difícil ou duvidosa solução, líquido de provisões, e o valor mensurado conforme o disposto no item 7 deve ser reconhecida no resultado do período.
1.4.2.10 - Para fins do disposto no item 7, considera-se a data do recebimento a data em que a administradora de consórcios ou a instituição de pagamento obteve a posse, o domínio e o controle do ativo.
1.4.2.11 - A forma de mensuração de que trata o item 8 se aplica também à mensuração inicial dos ativos não financeiros recebidos em liquidação de instrumentos financeiros de difícil ou duvidosa solução que a administradora de consórcios ou a instituição de pagamento tenha decidido destinar ao próprio uso.
1.4.2.12 - Os ativos não financeiros mantidos para venda que não forem vendidos no período de um ano contado a partir de sua reclassificação ou do seu reconhecimento inicial pela administradora de consórcios ou pela instituição de pagamento, conforme os itens 4 a 11, devem ser reclassificados para o adequado grupamento contábil do ativo não circulante realizável a longo prazo.
1.4.2.13 - As administradoras de consórcio e as instituições de pagamento devem reavaliar o valor justo dos ativos não financeiros mantidos para venda, líquido de despesas de venda, sempre que houver evidências ou novos fatos que indiquem redução significativa nesse valor.
1.4.2.14 - As administradoras de consórcio e as instituições de pagamento devem avaliar, no mínimo, anualmente, se há evidências ou novos fatos que indiquem redução significativa no valor de que trata o item 13.
1.4.2.15 - Caso o valor justo apurado conforme o item 13 seja inferior ao valor do ativo, mensurado de acordo com o item 5 e o item 8 ou apurado na última reavaliação, a administradora de consórcios e a instituição de pagamento devem reconhecer a diferença como perda por redução ao valor recuperável do ativo.
1.4.2.16 - As administradoras de consórcio e as instituições de pagamento podem reconhecer o ganho por aumento no valor justo líquido de despesa de vendas do ativo ocorrido posteriormente à reavaliação de que trata o item 13, limitado à perda por redução ao valor recuperável acumulada reconhecida em períodos anteriores.
1.4.2.17 - É vedado o reconhecimento de depreciação ou de amortização relativas aos ativos não financeiros mantidos para venda.
1.4.2.18 - Caso o ativo não financeiro mantido para venda seja colocado em uso pela administradora de consórcio ou pela instituição de pagamento em suas atividades, o ativo deve ser reclassificado para o adequado grupo contábil:
1.4.2.19 - Os efeitos decorrentes da aplicação do disposto no item 18 sobre o valor do ativo devem ser reconhecidos em contrapartida ao resultado do período.
1.4.2.20 - Após a reclassificação de que trata o item 18, deve ser observada a regulamentação específica para o reconhecimento, a mensuração e a evidenciação aplicável ao ativo, segundo sua natureza.
1.4.2.21 - O Banco Central do Brasil poderá determinar ajustes nos modelos adotados pelas administradoras de consórcio ou pelas instituições de pagamento para avaliação a valor justo de ativos não financeiros mantidos para venda, caso identifique inadequação na definição desses modelos, inclusive no que se refere às taxas de desconto a valor presente e aos prazos esperados de venda desses ativos.
1.4.2.22 - As administradoras de consórcio e as instituições de pagamento devem manter à disposição do Banco Central do Brasil a documentação que evidencie de forma clara e objetiva os critérios utilizados para a mensuração dos ativos não financeiros mantidos para venda, pelo prazo mínimo de cinco anos, contados a partir da data da mensuração, ou por prazo superior em decorrência de determinação legal ou regulamentar.
2.1. CORRELAÇÃO COM O ANTIGO COSIF
Veja no antigo COSIF 1.4.1 - Classificação dos Títulos e Valores Mobiliários em Categorias
2.2. TEXTOS ELUCIDATIVOS SOBRE O ANTIGO COSIF
2.3. LEGISLAÇÃO E NORMAS CORRELACIONADAS
Os seguintes atos normativos consolidam o tema, em atendimento ao Decreto 10.139/2019, e podem ser consultados no endereço eletrônico oficial do Banco Central do Brasil:
OBSERVAÇÃO IMPORTANTE: Os Pronunciamentos do CPC - Comitê de Pronunciamentos Contábeis NÃO SÃO publicados no DOU - Diário Oficial da União. São publicadas somente as NBC - Normas Brasileiras de Contabilidade.
A legislação e as normas envolvidas são apresentadas nas diversas páginas do Plano Contábil neste COSIFE com endereçamentos para os textos publicados pelo Banco Central e também por outros órgãos governamentais.