Ano XXVI - 21 de novembro de 2024

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E AGORA? QUAIS OS VIÁVEIS CAMINHOS PARA SAIR DA CRISE ECONÔMICA



E AGORA? QUAIS OS VIÁVEIS CAMINHOS PARA SAIR DA CRISE ECONÔMICA

TENTATIVAS PARA TIRAR O BRASIL DO BURACO ABERTO POR SEUS OPOSICIONISTAS

Referências: As altas Taxas de Juros praticadas pelos membros do COPOM oneram os custos da produção de bens de consumo, gerando inflação, provocam o retorno daquela Ciranda Financeira por nós vivida nas décadas perdidas de 1980 e 1990 e, assim, alimenta a inércia dos grandes empresários do setor industrial que estão inseridos numa terceira facção política que reivindica incentivos ficais federais somente para os economicamente mais poderosos.

São Paulo, 11/06/2016 (Revisada em 16-03-2024)

TENTATIVAS PARA TIRAR O BRASIL DO BURACO ABERTO POR SEUS OPOSICIONISTAS

Por Américo G Parada Fº - Contador - Coordenador do COSIFE

A Revista POR SINAL Nº 51 (Maio/2016), editada pelos dirigentes do SINAL - Sindicato dos Funcionários do Banco Central, destaca em sua capa o principal tema a ser discutido: E Agora Brasil? [Quais seriam] os caminhos para sair da recessão.


Imagem extraída da Revista POR SINAL

No mencionado texto principal foi destacada a seguinte frase:

A elevada taxa de juros é fator de destruição das contas públicas nacionais. Entre juros, aventuras cambiais e enxugamentos inócuos de liquidez, despendemos quase R$ 600 bilhões, em 2015. Enquanto nos países da Zona do Euro e nos Estados Unidos a resposta às dificuldades de crescimento econômico tem sido taxas básicas próximas de zero e até negativas, em termos reais, aqui está em 14,25% anuais.

COLOCANDO EM PÉ O OVO DE COLOMBO

Essa frase dos sindicalistas que defendem os Direitos Sociais dos servidores do Banco Central pode ser encarada como uma mensagem subliminar de suma importância. Seria como aquela façanha de colocar em pé o Ovo de Colombo. Entendendo-se perfeitamente o escrito, nem seria necessário ler o restante do texto, porque para o bom entendedor, meias palavras bastam.

Afinal, foram os industriais e os membros do COPOM os grandes causadores da Crise Econômico-Financeira que nos levou aos défices orçamentários. Logo, os servidores do Banco Central deveriam mostrar a saída para essa artificial crise. Mas, muito pelo contrário, alguns economistas ainda dizem que, para combater a inflação é preciso aumentar a taxa de juros. Essa é uma teoria totalmente desacreditada fora do Brasil.

Entretanto, tendenciosamente, essa mensagem subliminar pode ser interpretada de forma diferente, como sempre, colocando a culpa, não nas altas taxas de juros, mas, sim no excesso de consumo popular e nunca nos especuladores que, na qualidade de espertos estelionatários, sempre enganam os desatentos.

Então, para contrabalançar, vejamos a interpretação também tendenciosa do coordenador deste COSIFE.

Na realidade, os oposicionistas ao Governo Federal lançaram o Brasil num buraco sem fundo somente para o colocar o Povo contra o PT e ainda justificar o pedido de impedimento da Presidenta.

Conseguido o intento, agora não sabem como reverter o malefícios causados à Nação porque os industriais querem muitas regalias para que voltem a trabalhar, gerando empregos para os menos favorecidos. Sem os industriais trabalhando, não há como acabar com a recessão.

O Povo é o maior consumidor e desempregado não compra. O mesmo está acontecendo nos Estados Unidos e na Europa.

Os respingos da recessão nos países desenvolvidos está atingindo os demais países no mundo inteiro. Por isso, a saída é produzir a preços justos para alavancar o mercado interno, diversificando a produção para consumo popular, assim, mantendo o parque industrial em plena atividade.

A CULPA PELA EXISTÊNCIA DA CRISE NÃO É DE DILMA NEM SERÁ DE TEMER

Conforme tem sido escrito em manifestações publicadas neste site, a grande culpa pela nossa crise não foi de Dilma e nem será de Temer.

Os grandes culpados são os empresários da indústria, que são representados no Congresso Nacional pelos chamados de "oposicionistas" desde 2003. A partir de 2016, os oposicionistas conseguiram a adesão dos falsos aliados do Governo Central e grande número destes está nas listas divulgadas no exterior como proprietários de empresas fantasmas que movimentam (em conjunto) bilhões de dólares em paraísos fiscais.

Todos esses dólares clandestinos inegavelmente pertencem a corruptos e corruptores. Lavados em paraísos fiscais, esses dólares voltam ao Brasil para aquisição de empresas privatizadas, conforme aconteceu na década de 1990.

A VERDADEIRA CULPA É DOS REPRESENTADOS PELA CNI

Os citados industriais, filiados à CNI - Confederação Nacional da Indústria, fazendo campanha contra o governo que diziam ser adversário dos ricos, resolveram parar suas atividades fabris (para revender produtos importados). Assim fazendo, demitiram os operários lotados nos setores produtivos e os auxiliares atuantes nos segmentos de apoio à produção.

Parece que o importante era gerar um caos social de modo que o governo ficasse desacreditado pelos trabalhadores.

OS MEMBROS DO COPOM AGINDO EM DEFESA DOS MAIS RICOS SONEGADORES

De outro lado, para que tais capitalistas do setor industrial não ficassem sem rendimentos, os membros do COPOM aumentaram a taxas de juros para os estratosféricos 14,25%, dinheiro este que teimam em desviar do Orçamento Nacional para que o governo nada mais possa investir na infraestrutura necessária ao desenvolvimento nacional.

Assim, tais indivíduos, verdadeiros inimigos do Brasil, na qualidade de gestores da nossa Política Econômica, estão provocando o endividamento do nosso País de modo que não consiga projetar-se no cenário mundial, tal como vinha acontecendo especialmente a partir de 2005, quando foi paga ao FMI - Fundo Monetário Internacional a dívida deixada por governantes anteriores.

Em razão da escondida falência dos países desenvolvidos, os BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), embora ricos em minérios e os outros produtos exportáveis, também ficaram abalados porque estão sendo vítimas de manobras depreciativas engendradas por norte-americanos e europeus, nossos antigos colonizadores que não querem perder a "boca-rica".

O termo "boca-rica" define-se como o lugar ou a oportunidade de ganhar sem esforço ou o local favorável à pratica de furtos.

OS GRANDES EMPRESÁRIOS PREJUDICANDO OS MICROS, PEQUENOS E MÉDIOS

Portanto, trata-se de uma crise premeditada e também (como já foi mencionado em outros textos) um verdadeiro desfalque no Tesouro Nacional porque este é o guardião dos tributos arrecadados, os quais estão sendo exauridos em benefício exclusivo do 1% mais rico, prejudicando, assim, os micros, pequenos e médios empresários porque os assalariados são os seus principais fregueses.

Como grande parte dos assalariados está desempregado, obviamente os referidos pequenos empresários (também trabalhadores) estão fechando suas portas (estão ficando sem o emprego que sustenta suas respectivas famílias).

OS GRANDES BENEFICIÁRIOS DAS EXPORTAÇÕES

Com a economia nacional em parte paralisada pelos principais agentes do setor industrial (enquanto os demais setores vêm batendo recordes de produção e de exportação), obviamente foi reduzida a arrecadação de tributos porque as exportações não são tributadas.

Com a arrecadação tributária menor que a prevista, falta dinheiro para o governo investir principalmente na infraestrutura tão requerida pelos grandes exportadores.

Como todos devem saber, as exportações não enriquecem somente os produtores. As exportações geram empregos e geram também as reservas monetárias necessárias para pagamento das importações.

E, grande parte das importações brasileiras são de produtos supérfluos consumidos pelos mais aquinhoados e de quinquilharias consumidas pelos menos afortunados e pelos desafortunados.

OS PROBLEMAS CAUSADOS PELA REDUÇÃO DA ARRECADAÇÃO TRIBUTÁRIA

A diminuição da arrecadação tributária, que era em grande parte desviada para pagamento de juros aos capitalistas (rentistas), obviamente gerou o défice orçamentário apontado pela Presidenta Dilma Russeff e também pelo presidente interino Michel Temer.

Entretanto, o excessivo gasto público provocado com os juros pagos ao 1% mais rico pelos membros do COPOM é pelo menos em valor igual a todos os demais gastos governamentais previstos no Orçamento Nacional.

Todos devem saber que a Arrecadação Tributária é chamada de Receita Governamental e é necessária para cobrir os investimentos no desenvolvimento e também para o pagamento das despesas necessárias à manutenção dos três poderes da Nação - Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. Porém, metade dessa arrecadação é desviada pelos dirigentes do Banco Central para outra finalidade (pagar juros estratosféricos - desproporcionalmente grandiosos em relação aos juros pagos pelos demais países).

Isto significa dizer que metade do Arrecadado com Tributos é gasto com tudo aquilo que 200 milhões de brasileiros precisam (99% da população) e a outra metade (desperdiçada pelo Banco Central) é entregue para apenas 1% da população, privilegiado pequeno grupo em que estão os mais ricos brasileiros e também estrangeiros.

Trata-se de uma espécie de restituição do Imposto de Renda que os ricos  efetivamente não pagaram. Por isso, diz-se que alta a Carga Tributária só incide sobre o Povo porque, quem deveria pagar, de fato não paga e ainda é muito bem remunerado pelos membros do COPOM.

O problema causado por esses gestores de nossa Política Monetária foi engrandecido pelo enorme montante de dinheiro desviado de setores populares como o da educação, da saúde e de programas sociais que favorecem os membros da população chamados de excluídos pelos esquerdistas.

Tais verbas, oriundas dos tributos pagos pelo Povo, foram entregues aos mais ricos investidores em Títulos Públicos em detrimento dos restantes 99% da nossa população. Também foi desviado o dinheiro que seria necessário à continuidade das obras de remodelação e de ampliação da nossa infraestrutura produtiva, grande geradora de empregos.

Estes são alguns dos grandes males produzidos pelos membros do COPOM. Ninguém mais é tão culpado do que está acontecendo. Mesmo todos aqueles políticos corruptos e seus corruptores causaram danos bem menores ao Brasil.

Os desvios praticados pelos corruptos e corruptores, por exemplo na Petrobrás, correspondem a apenas 1% do que gastaram os membros do COPOM com os juros pagos em 2015. E, todos os anos o mesmo gasto público inútil se repete.

Portanto, o rombo praticado pelos gestores da nossa Política Monetária é muito maior que o rombo praticado por corruptos e corruptores. Nem as fraudes em licitações públicas causam tão grande rombo nas nossas finanças. O interessante é que nos órgão da comunicação escrita, falada e televisada ninguém se manifesta sobre tais discrepâncias.

DÉFICIT ORÇAMENTÁRIO VERSUS SUPERÁVIT NO BALANÇO DE PAGAMENTOS

Por sua vez, enquanto no Orçamento Nacional apurava-se défices (Receitas menores que as Despesas e Investimentos), acontecia o inverso com o nosso Balanço de Pagamentos que, antes de 2015, vinha apontando défices em conta corrente (importações maiores que as exportações).

Em contraponto, a partir de de 2015 o nosso Balanço de Pagamentos vem apresentando superávits em conta corrente (exportações maiores que as importações).

Em razão desse volumoso saldo positivo, que se acumula desde 2005, o Brasil vem se destacando como um país com elevado montante de reservas monetárias, o que o levou a ser o 5% país (no mundo) com maior saldo de divisas (recursos cambiais = moedas estrangeiras e créditos junto ao FMI - Fundo Monetário Internacional e junto a outros países).

Essa inédita acumulação de reservas monetárias reduziu para perto de zero o tal Risco Brasil que na década de 1990 chegou ao recorde negativo de quase 3000 pontos, nunca atingido por outros países em todo o mundo.

RESOLVENDO O PROBLEMÁTICO DÉFICIT NO ORÇAMENTO NACIONAL

Pergunta-se: Como resolver o problema do défice interno, já que não temos défice externo?

Segundo nos informaram os sindicalistas com "canudos" (diplomas) universitários, como são os dirigentes do SINAL, em 2015 os membros do COPOM tiraram do Povo brasileiro cerca de R$ 600 bilhões e, obviamente, outros R$ 600 bilhões serão retirados do nosso Povão em 2016.

Então, para que Michel Temer seja aclamado como melhor governante que o Brasil já teve em todos os tempos, basta que reduza a taxa de juros para 7% ao ano.

Desse modo, sobrarão R$ 300 bilhões para transformar o défice orçamentário de quase R$ 200 bilhões (apontado por Temer) em superávit de pelo menos R$ 100 bilhões ainda neste ano de 2016, sem a necessidade de aumentar a arrecadação tributária. Portanto, o problema a ser enfrentado por Temer é bem fácil de resolver.

Entretanto, existe um outro problema a ser enfrentado por Temer e por sua turma de legisladores nitidamente controlada por Eduardo Cunha.

O GRANDE GOLPE DOS ADVERSÁRIOS DA GOVERNABILIDADE

Correndo por fora, com se diz na linguagem dos aficionados pelo turfe, Paulo Skaf, representando os empresários do setor industrial, durante o governo interino deve estar com todos os trunfos e coringas na mão. Por isso, reivindica para seus representados baixas taxas de juros sobre polpudos empréstimos governamentais para que tais capitalistas ("sem capital") possam reativar suas empresas.

Resta-nos saber por que eles precisam de empréstimos governamentais, sabendo-se que são tão ricos?

Provavelmente o empresariado industrial brasileiro não tenha capital para investir na produção porque todo seu dinheiro está investido (aplicado) em títulos públicos emitidos pelo Tesouro Nacional brasileiro com taxas de juros iguais ou até superiores aos 14,25% fixados pelos membros do COPOM.

Veja o texto O Estado Empreendedor e a Falta de Iniciativa Privada

COMO É REALIZADO O DESFALQUES NO TESOURO NACIONAL

Se o dinheiro dos grandes industriais representados por Skaf está de fato aplicado em títulos públicos, vejamos como a trama acontece. Obviamente, os ricos empresários estão recebendo por volta de 14,25% sobre seu capital investido em Títulos Públicos.

Então, para não perderem essa "boquinha" (boca-rica), tomam emprestado do BNDES - Banco do Desenvolvimento Brasileiro - empréstimos sobre os quais são cobrados 7% de TJLP - Taxa de Juros de Longo Prazo. Em razão desse grande feito acontece o desfalque no Tesouro Nacional que, além de emitente dos títulos públicos (que pagam 14,25% de juros ), também é o acionista controlador do BNDES (que cobra 7% de juros sobre empréstimos fornecidos).

Veja o texto: BNDES - Uma Conta que Não Fecha, escrito por funcionário do Bancos Central e publicado na Revista Por Sinal.

Isto significa que estaria garantido para os grandes empresários do setor industrial um rendimento bruto de 7,25% ao ano, independentemente do que possam ganham em suas fábricas reativadas. Este é o Grande Golpe que se transforma num verdadeiro Desfalque no Tesouro Nacional.

Afinal, por que arriscar o seu próprio capital, se é possível arriscar o dinheiro fornecido pelo governo (pelo povo)?

O mesmo já aconteceu no passado, inclusive durante as privatizações ocorridas no Governo FHC.

Tal desfalque também acontecia na realização de operações de câmbio durante a vigência do Mercado de Câmbio de Taxas Flutuantes (Veja em Uma Moeda e Dois Mercados). Esse Mercado de Câmbio Paralelo, chamado de "Câmbio Turismo", foi criado no final do ano de 1988 e foi extinto em janeiro de 2005. Foram 17 anos de diuturnos desfalques no Tesouro Nacional.

Durante tal período de tempo, com taxas de câmbio diferentes das do câmbio oficial, mediante simulações e dissimulações feitas pelos mais "espertos" profissionais do mercado, eram realizados grandes desfalques no Tesouro Nacional, conforme foi explicado no texto sobre a Unificação dos Mercado de Câmbio acontecida em 2005.

A partir dali, com a relativa dificuldade interposta à Lavagem de Dinheiro em paraísos fiscais, o Brasil começou a acumular as atuais Reservas Monetárias que antes eram exauridas pelos nossos já conhecidos detentores de fortunas (bens, direitos e valores) controlados por empresas fantasmas constituídas nas chamadas de "ilhas do inconfessável".

Veja também nos textos relativos à Blindagem Fiscal e Patrimonial, como eram realizados os Desfalques no Tesouro Nacional por aqueles que internacionalizaram os lucros obtido em criminosas operações informais.

AS ALTAS TAXAS DE JUROS SÃO AS CAUSADORAS DA INFLAÇÃO

Com essa brutal diferença entre a taxa de juros recebida pelos seus investimentos e as pagas para receber empréstimos oficias, é mais interessante para o nosso rico empresariado continuar ganhando com a especulação na Ciranda Financeira que sempre foi alimentada pelos dirigentes do Banco Central.

Outro problema. Os juros pagos ao governo (BNDES), pelo empresariado, aumentam os custos operacionais de suas empresas, obviamente gerando inflação, em razão do repasse desses custos ao consumidor.

Então, havendo inflação, os gestores da nossa Política Monetária passam a aumentar mais ainda a taxa de juros, o que transformará o Brasil atual naquele mesmo Brasil das décadas perdidas de 1980 e 1990 quando se verificava aquela chamada de inflação galopante ou hiperinflação.

Veja em: Juros Altos Para Combater Inflação É Teoria Desacreditada

EXPLICANDO O AUMENTO DA DIVIDA NO GOVERNO DILMA

Como de fato não existia tanto dinheiro disponível nos cofres do Tesouro Nacional (R$ 600 bilhões todos os anos) para pagamento dos elevados juros fixados pelos membros do COPOM, significativa parcela desses juros foi paga aos grandes capitalistas mediante a emissão de novos Títulos Públicos.

Assim, aquela nossa dívida que no final do Governo Lula era inferior a 30% do PIB - Produto Interno Bruto, em 2013 chegou a 51,7% do PIB, subindo para 66,2% em 2015, com previsão de chegar a 80% do PIB no final de 2017.

Veja bem, tudo isso vem acontecendo por culpa dos membros do COPOM que agem sempre em defesa dos interesses mesquinhos dos detentores do poderio econômico.

GRANDE GOLPE EM PROL DO CARTEL ADMINISTRADOR DA NOVA ORDEM MUNDIAL

Assim sendo, poderíamos afirmar que os membros do COPOM estão fazendo o possível e até o impossível para colocar o Brasil novamente naquela situação de país endividado e consequentemente colonizado (neocolonizado desde o tal Grito de Independência de 1822).

Veja em:

OS BENEFICIÁRIOS DO NEOCOLONIALISMO ATUAL

Agora, depois das privatizações ocorridas na década de 1990, o neocolonialismo é praticado por brasileiros corruptos e corruptores e pelos demais sonegadores de tributos que são os detentores daquele falso capital estrangeiro que está escondido em paraísos fiscais e que os seus representantes no Brasil dizem que nós precisamos dele para progredir e outros dizem que não podemos sobreviver sem ele.

Muito pelo contrário, submeter-se a esse capitalismo bandido é o mesmo que se entregar ao antigo colonialismo ou ao mais recente neocolonialismo privado que se apresenta como a nova ordem mundial comandada por cartéis formados por empresas transnacionais sediadas em paraísos fiscais.

Veja em:

COLOCANDO A RAPOSA PARA ADMINISTRAR O GALINHEIRO

É preciso deixar claro que os banqueiros e os demais entes do sistema financeiro são os principais intermediadores de todo esse dinheiro tirado dos cofres públicos, para ser armazenado por empresas fantasmas em paraísos fiscais, não somente no Brasil, mas, em todo o mundo.

Logo, quando Fernando Henrique Cardoso e Dilma Russeff colocaram representantes dos banqueiros, com livres poderes no Ministério da Fazenda e no Banco Central, estes inegavelmente contribuíram  para as crises econômico-financeiras que se verificaram. O mesmo erro está sendo cometido por Michel Temer. Por quê?

Porque é exatamente assim que vem acontecendo com os Estados Unidos desde a década de 1970 e que culminou com sua bancarrota em 2008. Depois da crise provocada pelos banqueiros norte-americanos (e por seus clientes), semelhante crise engoliu toda a Europa a partir de 2011, cujos governantes resolveram salvar os banqueiros e deixar o Povo na miséria.

E, ainda perduram os problemas enfrentados pelos países chamados desenvolvidos porque não têm as mínimas condições de recuperação econômica. Os mais importantes economistas daqueles países não conseguem ver uma simples nesga de luz no fim do túnel sem a implantação de um sistema produtivo estatal como aquele pretendido por um dos prefeitos da falida Detroit.

Aliás, em razão dessa pretendida estatização, os quatro governos consecutivos de Franklin Roosevelt tem sido relembrado. Este governou os Estados Unidos durante os mesmos anos em que Getúlio Vargas governou o Brasil.

A SOLUÇÃO PARA ESSA IRREMEDIÁVEL CRISE ECONÔMICA MUNDIAL

A reversão dessa quase irremediável situação enfrentada pelo países desenvolvidos só será possível com a volta das grandes empresas aos seus países de origem.

Tal como pretendia um dos prefeitos de Detroit, a recuperação econômica seria feita mediante a estatização das empresas que foram paralisadas, para que voltassem a funcionar gerando empregos, tributos, bens de consumo e produtos exportáveis.

Enfim, sem aquelas empresas evadidas para paraísos fiscais, os chamados de países desenvolvidos quase nada mais têm para exportar, nem para suprir o consumo interno. E, obviamente, sem exportações não há dinheiro para pagamento das importações necessárias ao suprimento da população.

A NACIONALIZAÇÃO DO CAPITAL ESTRANGEIRO DE SONEGADORES BRASILEIROS

É inegável que significativa parcela do capital estrangeiro aplicado no Brasil pertence a brasileiros sonegadores de tributos.

Outra significativa parte do capital estrangeiro, agora pertencente às chamadas de multinacionais ou transnacionais, é oriundo da participação acionária de brasileiros que cederam o controle acionário e a administração de suas empresas àquelas grandes empresas sediadas em paraísos fiscais, as quais vem formando um grande cartel controlador de marcas e patentes.

Veja em: Cartel - 10 Corporações Controlam Quase Tudo Que Você Compra

EQUILIBRANDO O BALANÇO DE PAGAMENTOS

Conforme está explicado na página relativa à Contabilidade Nacional, de onde é extraído o Balanço de Pagamentos, a Dívida Externa brasileira era alta porque até 2005 os economistas responsáveis pela sua contabilização não registravam em Capitais Brasileiros no Exterior as remessas feitas ilegalmente pelos sonegadores de tributos para paraísos fiscais.

O dinheiro relativo a essas remessas ilegais imediatamente voltava como Capital Estrangeiro no Brasil. Assim era processada a chamada de Lavagem do Dinheiro obtido na ilegalidade.

A diferença entre o Capital de Estrangeiros no Brasil (Dívida Externa) e o Capital de Brasileiros no Exterior resulta na chamada de "Dívida Líquida", se o primeiro fluxo de capital for maior que o segundo, mencionados.

Então, se o Capital de Brasileiros no Exterior for maior que o Capital de Estrangeiros no Brasil, em tese, não haverá Dívida Externa porque haveria saldo positivo a favor do Brasil.

Na tentativa de reparar tal erro contábil cometido pelos gestores da nossa Política Monetária, que lançavam na Contabilidade Nacional os valores remetidos ilegalmente para o exterior como "Erros ou Omissões" (bilhões de dólares), a partir do ano 2000 os dirigentes do Banco Central resolveram efetuar "Censos de Capitais Brasileiros no Exterior".

Somente a partir de 2005, quando foi extinto o Mercado de Câmbio de Taxas Flutuantes, essas remessas poderiam ser regularmente contabilizadas. Porém, verifica-se na página endereçada que os Censos continuam a ser efetuados porque os gestores da nossa Política Monetária ainda não conseguiram (ou não quiseram) controlar a saída de Capitais Brasileiros para o Exterior.

Trata-se, portanto, de uma "vergonha nacional" se considerarmos que existem sofisticados sistemas de processamentos de dados, como o SISCOMEX e o SISCOSERV, que podem fornecer os dados relativos à saída de dinheiro para o exterior por intermédio das instituições autorizadas pelo Banco Central a operar em câmbio.

Como o processamento das exportações e importações estão totalmente sob controle estatal, restaria ao Banco Central a fiscalização das remessas irregulares efetuadas com a anuência das instituições do sistema financeiro autorizadas a operar em câmbio, para que sejam registradas na Contabilidade Nacional e apuradas as fraudes cambiais cometidas.

A INFORMALIDADE PROPORCIONADA PELO MERCADO FOREX

O grande problema ainda existente é que agentes no Brasil (doleiros ou cambistas), que já armazenaram grandes quantias em moedas estrangeiras no exterior, através do Mercado Forex (mercado de câmbio realizado via internet) estão intermediando operações de remessas ilegais de brasileiros para o exterior e de estrangeiros para o Brasil.

Isto significa dizer que no Mercado Forex o praticante das operações de câmbio tanto pode ser especulador como pode ser doleiro.

O especulador opera somente no Day-Trade. Trata-se da compra e imediatamente venda de moedas num mesmo dia, liquidada pela diferença entre o valor da compra e da venda, que pode resultar em lucro (recebimento de valor) ou prejuízo (perda de valor em dinheiro).

O doleiro geralmente intermedeia operações de câmbio paralelo (informal = sem registro no Banco Central) que podem ser liquidadas em moeda brasileira depositada no exterior, conforme regulamentação feita pelos dirigentes do Banco Central na década de 1990.

No Mercado Forex todas as operações cambiais são informais. Poderíamos dizer que são Operações de Câmbio Invisíveis. Na prática, o Mercado Forex substituiu o nosso antigo Mercado de Câmbio de Taxas Flutuantes  (Veja dois exemplos de operações de câmbio invisíveis).

Desse modo, todos os dólares comprados de investidores estrangeiros por doleiros brasileiros são quase imediatamente vendidos para Sonegadores de Tributos brasileiros que querem Lavar seu Dinheiro Sujo em Paraísos Fiscais.

Assim, os doleiros, os investidores clandestinos e os sonegadores de tributos brasileiros, no passado, passaram a movimentar apenas contas bancárias no exterior para evitar a incidência da CPMF - Contribuição sobre Movimentações Financeiras. E, mesmo depois de extinta a CPMF, continuaram a utilizar tal sistema com o simples intuito de sonegação fiscal.

Para manutenção dessa movimentação no exterior muitas empresas têm seu "CAIXA DOIS" formado em moedas estrangeiras, cujos valores são administrados em contas correntes bancárias abertas por empresas fantasmas constituídas em paraísos fiscais.

LEGISLAÇÃO PARA CONVERSÃO OU NACIONALIZAÇÃO DA DÍVIDA EXTERNA

  • Capitais de Brasileiros no Exterior Versus Capitais Estrangeiros no Brasil
  • Conversão da Dívida durante o Governo Sarney
  • Fundos de Investimentos com cotas negociáveis ao Portador, sem identificação dos seus titulares.
  • Anistia ao Sonegadores de Tributos - Lei 13.254/2016 e Instrução Normativa RFB 1.627/2106 - Em busca do chamado de Capital Estrangeiro, com o intuito de trazer de volta ao Brasil o "Dinheiro Sujo" de sonegadores de tributos que foi "Lavado" e ficou escondido em paraísos fiscais.
  • Anistia a Sonegadores de Tributos II - Medida Provisória 727/2016 - Cria o Programa de Parcerias de Investimentos - PPI para Internacionalização do Patrimônio Nacional mediante a captação do "Dinheiro Sujo" escondido em paraísos fiscais, o qual pertence a sonegadores de tributos brasileiros.

A INTERNACIONALIZAÇÃO DO PATRIMÔNIO NACIONAL BRASILEIRO

Então, se as nossas reservas naturais também forem privatizadas, conforme pretende especialmente o nosso interino Ministro das Relações Exteriores, José Serra, o nosso Patrimônio Nacional (pertencente ao Povo) será entregue aos falsos e aos verdadeiros estrangeiros que têm trilhões de dólares escondidos em paraísos fiscais.

Isto significa que será utilizado para compra do nosso Patrimônio Nacional, tal como já foi na década de 1990 durante as privatizações, todo aquele dinheiro sujo oriundo da corrupção, das fraudes em licitações públicas, do contrabando, do narcotráfico, dos terroristas e de outros tipos de sonegadores de tributos.

Desse jeito, o Brasil definitivamente voltará à condição de colônia, mas agora será dominado, espoliado e escravizado por cartéis organizados naquelas chamadas de "ilhas do inconfessável".







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