Ano XXVI - 21 de novembro de 2024

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O BANCO CENTRAL AUTÔNOMO DE DELFIM NETTO



O BANCO CENTRAL AUTÔNOMO DE DELFIM NETTO

A AUTORIDADE MONETÁRIA GERANDO A INFLAÇÃO DE EXPECTATIVA

São Paulo, 09/11/2014 (Revisado em 16-03-2024)

Referências: Banco Central Independente, Absolutista, Governo Paralelo, Expectativa ou Metas de Inflação.

A AUTORIDADE MONETÁRIA GERANDO A INFLAÇÃO DE EXPECTATIVA

  1. O BANCO CENTRAL AUTÔNOMO DE DELFIM NETTO
  2. A INFLAÇÃO DE EXPECTATIVA OU GERADA PELA EXPECTATIVA
  3. O PATRIMÔNIO LÍQUIDO SEGUNDO OS PRINCÍPIOS DE CONTABILIDADE
  4. CONTESTANDO A ECONOMIA COMO CIÊNCIA
  5. O CONGELAMENTO DOS ALUGUÉIS RESIDENCIAIS
  6. INSTITUIÇÃO DO GATILHO SALARIAL EM 1987

Veja também:

  1. Cartel: O Poder das Agências Nacionais Reguladoras - Governo Paralelo Dificultando a Goveranbilidade - 15/02/2003
  2. O Fim do Governo Paralelo - Agências Nacionais Reguladoras - 15/01/2004
  3. Governo Paralelo #3 - A Incapacidade Administrativa dos Criadores das Agências Reguladoras - 03/09/2007
  4. Governando Contra o Brasil - Incentivo Fiscal à Exaustão das Reserva Minerais Brasileiras - 08/05/2010
  5. Governando Contra o Brasil #2 - A Produtividade e a Qualidade Imposta pelas Privatizações - 20/06/2010
  6. Governando Contra o Brasil #3 - Torcendo Contra a Seleção Brasileira - 04/06/2011
  7. Banco Central Independente como Governo Paralelo - Banco Central Independente é Patetada - 12/05/2012
  8. Banco Central Independente como Governo Paralelo #2 - Serve Apenas como Instrumento de Manipulação das Taxas de Juros - 04/09/2014
  9. Mais Uma Vez o Banco Central como Governo Paralelo - Por Um Banco Central Republicano - 19/09/2014
  10. O Absolutismo Ditatorial do Banco Central Europeu - Os Países Europeus São Reféns de Um Banco Central Independente - 12/10/2014
  11. Banco Central Bloqueia Participação do Brasil no Banco dos BRICS - O Absolutismo Ditatorial dos Dirigentes do BACEN - 09/05/2015

Escrito por Américo G Parada Fº com base no texto de Delfim Netto, intitulado Banco Central Autônomo, publicado em 09/10/2014 por Carta Capital

1. O BANCO CENTRAL AUTÔNOMO DE DELFIM NETTO

Nos primeiros parágrafos de seu texto, aqui apagados, Delfim Netto abusou do economês e divagou tanto que, se reler o que escreveu com os olhos de um leitor comum (99% da população realmente alfabetizada), nada vai entender.

Em seguida Delfim explica que:

No Brasil, os membros do Banco Central são escolhidos livremente pelo poder incumbente eleito e submetidos ao escrutínio do Senado, que, infelizmente, não leva a sério a sua missão.

De fato os senadores não levam a sério a sua missão porque não deveriam aceitar muitos dos indivíduos indicados que quase sempre foram impingidos pelos detentores do poderio econômico, no passado aqui representados pelo FMI - Fundo Monetário Internacional.

Adiante, Delfim escreveu:.

Mas por que um banco central autônomo ..., quando adquire credibilidade, é um instrumento útil no controle da taxa de inflação?

Obviamente não é útil, tal como o próprio Delfim respondeu a seguir.

Porque, outra vez, uma avalanche de segura comprovação empírica [baseada na prática ou na experiência vivida] nos últimos 30 anos sugere:

Traduzindo: Porque a propagação das Metas de Inflação pelos economistas de plantão nas décadas perdidas de 1980 e 1990 e também na primeira década deste século 21 sugerem:

  1. Que a “expectativa de inflação” formada na sociedade é fator importante na determinação da taxa de inflação posteriormente verificada.
  2. Que um banco central com credibilidade é fator determinante na construção daquela “expectativa”.

O aqui descrito por Delfim Netto é a máxima verdade, principalmente no que se refere as chamadas Metas de Inflação, porque sempre acontecem índices de inflação piores do que os economistas previram, mesmo que tenham previsto o dobro do seria verdadeiro, plausível ou admissível.

2. A INFLAÇÃO DE EXPECTATIVA OU GERADA PELA EXPECTATIVA

Na realidade a perda do poder aquisitivo da moeda com base em Metas de Inflação passa a gerar uma INFLAÇÃO DE EXPECTATIVA, que sempre é maior que a Meta prevista pelos técnicos do Banco Central. Parece que a intensão principal é a de justificar um futuro aumento da taxa de juros.

Sobre essa rotina, verificada nos últimos 40 anos e principalmente depois da criação das Metas de Inflação, durante o Governo FHC, quando Armínio Fraga era o presidente do Banco Central, o coordenador deste COSIFE mencionou o destacado termo em palestras ministradas no IBMEC quando falava sobre as Reavaliações de Bens expressas por meio das Demonstrações Contábeis, no curso de MBA em Finanças - Direito Econômico - Planejamento Tributário, antes da extinção da Correção Monetária em acontecida a partir de 1996.

Naquela época, para justificar a sua extinção, diziam os leigos que a correção monetária das demonstrações contábeis era alimentadora da inflação.

Em palestras foi dito que a correção monetária não podia ser alimentadora da inflação porque era calculada e contabilizada depois da inflação ocorrida.

3. O PATRIMÔNIO LÍQUIDO SEGUNDO OS PRINCÍPIOS DE CONTABILIDADE

A teoria contábil, com base no Princípio da Entidade, obriga que o Patrimônio Líquido exiba a verdadeira situação patrimonial da empresa. Ou seja, o Patrimônio Líquido, quando desprezado o Princípio da Prudência, deve espelhar o valor que a entidade empresarial valeria se fosse colocada à venda.

Por sua vez, o Princípio da Prudência recomenda menores valores para os Ativos e maiores valores para o Passivos. Isto significa que os Ativos devem estar contabilizados pelo seu preço de custo (preço de aquisição corrigido pela inflação) ou o de mercado, o que for menor. Já os Passivos devem estar adicionados de provisões mensuráveis (calculáveis) e eventuais contingências fiscais, trabalhistas ou contratuais (em discussão nas esferas judicial ou administrativa).

Assim sendo, no caso de desprezado o Princípio da Prudência, os Bens e os Direitos contabilizados no Ativo devem estar pelo seu Valor Justo, mesmo que o preço de mercado seja um pouco menor. Mas, os Passivos devem obedecer o descrito no Princípio da Prudência.

Afinal, opta-se pelo Valor Justo porque o preço de mercado pode ser manipulado para cima ou para baixo pelos especuladores. Isto acontece comumente nos pregões das Bolsas de Valores. Foi o que aconteceu com as ações da Petrobras às vésperas da Eleição Presidencial em 2014. Os profissionais do mercado, insatisfeitos com a justiça social patrocinada pela presidente da república, tentaram denegrir sua imagem manipulando o preço das ações da Petrobras, que em breve será a maior empresa do mundo.

Na prática, o pequeno investidor só consegue vender sua posição em ações por preço inferior ao valor patrimonial expressado no Balanço Patrimonial. Porém, quando o pequeno investidor quer comprar, deve pagar preço superior ao valor patrimonial das ações.

Vejo o texto denominado A Liquidez no Mercado de Ações. Veja também o que menciona a Lei 7.913/1989.

4. CONTESTANDO A ECONOMIA COMO CIÊNCIA

Então, Delfim escreveu:

Se um dia a economia vier a ser uma ciência, ...

Obviamente essa foi a mais importante frase escrita por Delfim Netto no seu texto em questão. Daqui para baixo tudo foi apagado. Verifique no texto original, se haveria a necessidade de ser aqui transcrito na íntegra.

A verdade é: se ninguém falasse em inflação, ela não existiria.

Então, para ajudar os economistas que de fato querem o aumento da taxa de juros para que seus patrões enriqueçam mais rapidamente, os controladores dos supermercados imediatamente promovem o aumento dos preços dos produtos mais consumidos pelo Povão.

Assim acontece a artificial Inflação de Expectativa e o COPOM - Comitê de Política Monetária apressa-se em aumentar a taxa de juros para que os ricos fiquem mais ricos, o mais rapidamente possível.

Consequentemente o Povo brasileiro fica mais pobre ou com o seu IDH - Índice de Desenvolvimento Humano diminuído por falta de verbas públicas para a saúde, para a educação e para o saneamento básico.

Para que a Teoria Econômica seja considerada verdadeira ou eficiente, os mais ricos controladores das grandes empresas diminuem os preços dos produtos mais consumidos pelo Povão, logo depois do aumento da taxa de juros.

Essa é a verdade da INFLAÇÃO POR EXPECTATIVA. Como todos já esperavam pela inflação prevista pelos adivinhões gestões de nossa política monetária, obviamente os empresários apressam-se em aumentar os preços de seus produtos.

Naquelas décadas perdidas de 1980 e 1990, os economistas de plantão faziam propaganda dizendo que a inflação do mês seguinte seria de 10%. Então, os bons entendedores empresários, aumentavam seus preços em 20%.

Quem ganhava e quem perdia com essa Propaganda Enganosa? Para que não se diga CRIMINOSA.

Quem mais ganhava já foi explicado acima. Ganhavam os investidores em Títulos Públicos, os supermercados e os demais grandes empresários.

Quem mais perdia era o principal consumidor, que é o trabalhador. Os trabalhadores perdiam principalmente no período em que seus salários estavam congelados. Essa foi a estratégia usada inicialmente pelos governos militares para redução do poder aquisitivo do salário-mínimo.

5. O CONGELAMENTO DOS ALUGUÉIS RESIDENCIAIS

Considerando que grande parte dos pequenos investidores construíam casinhas para depois da aposentadoria viverem também de aluguéis, Delfim Netto, durante sua gestão como Ministro, congelou os aluguéis residenciais, mas não congelou os aluguéis comerciais.

Assim, os pequenos comerciantes foram obrigados a gerar mais inflação porque seus custos foram aumentados e suas vendas foram artificialmente diminuídas.

6. INSTITUIÇÃO DO GATILHO SALARIAL EM 1987

A inflação de expectativa também acontecia por conta do Gatilho Salarial, instituído em 1987.

Toda vez que a inflação ultrapassava a casa dos 10%, automaticamente era concedido o aumento de salários que, segundo os teóricos, alimentava a inflação. Ou seja, a inflação nada tinha a ver com a desonestidade ou a safadeza dos patrões.

Os trabalhadores eram considerados os culpados pela inflação porque, para que seu salário não fosse corroído, no fim do dia do recebimento, saíam correndo para os supermercados, o que ainda acontece até os dias de hoje. Por isso nos primeiros dias de cada mês os preços estão sempre aumentados.

Porém, a regra dizia que ao ser acionado o Gatilho Salarial, os trabalhadores só receberiam o aumento no mês seguinte. Então, os patrões, no sentido de sacanear os sindicalistas, antes do dia do pagamento dos salários, novamente aumentavam os preços, para que os trabalhadores realmente não tivessem reajustes.

Assim, para os direitistas, ficou comprovado que os trabalhadores eram de fato os causadores da inflação.







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