Ano XXVI - 21 de novembro de 2024

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COMO NUM CASSINO, DIRIGENTES DO MERCADO FINANCEIRO FAZEM SUAS APOSTAS



COMO NUM CASSINO, DIRIGENTES DO MERCADO FINANCEIRO FAZEM SUAS APOSTAS

JOGO FEITO, O COPOM DETERMINA A NOVA TAXA DE JUROS

São Paulo, 18/10/2011 (Revisado em 28/10/2011)

Lobistas em Ação, O Verdadeiro Cassino, Mercado Financeiro e de Capitais, Bolsas de Valores, Falência do SFN - Sistema Financeiro Nacional e Internacional, Globalização, Teoria Anárquica Neoliberal da Autorregulação dos Mercados, Crise Mundial de 2008 e seus Reflexos, Bancarrota do Capitalismo Norte-Americano, Ciranda Financeira, Occupy (Intervir em) Wall Street - Movimento contra a Corrupção e a Especulação, Crimes Contra Investidores. Uma Reflexão Sobre o Ocupe Wall Street, Capitalismo Especulativo em Wall Street.

Por Américo G Parada Fº - Contador CRC-RJ 19750

LOBISTAS EM AÇÃO: INFLUENCIANDO AS DECISÕES DO COPOM

Notícias sobre as possíveis deliberações do COPOM nos levam a solicitar que os leitores deste site reflitam sobre o contido no texto especialmente publicado pelo COSIFe sobre as "apostas" dos dirigentes do mercado financeiro e de capitais no sentido de manipular ou de influenciar as decisões do COPOM - Comitê de Política Monetária.

COPOM APONTARÁ O PERDEDOR: OS CAPITALISTAS OU O BRASIL

O circo está formado. Os dirigentes e consultores do mercado financeiro na qualidade de ÓTIMOS LOBISTAS tentam influenciar, de forma positiva para si e negativamente para o Brasil, as decisões do COPOM.

Na decisão, é preciso que os servidores do Banco Central, membros do COPOM, levem em conta também as manifestações promovidas pelo movimento intitulado OCCUPY WALL STREET, que tenta mostrar ao Mundo a necessidade do Governo norte-americano INTERVIR nas Bolsas de Valores e nas demais instituições do sistema financeiro estabelecidas na Wall Street (Rua da Muralha, em Nova Iorque, EUA). Esse ato, popular ou não, talvez dos investidores lesados, fundamenta-se nos atos e fatos negativos acontecidos no Mercado de Financeiro e de Capitais daquele país, indiscutível símbolo do capitalismo neoliberal (selvagem, inescrupuloso e bandido), que conseguiu levar à falência econômica a principal potência mundial, impingindo o mesmo desastre econômico aos demais países desenvolvidos. Os membros do COPOM podem fazer o mesmo com o Brasil, se aumentarem a taxa de juros.

De olho no que vem acontecendo no mercado financeiro brasileiro e mundial, sob os aspectos contábeis, financeiros, administrativos e econômicos, desde 1999 o Site do COSIFe tem mostrado os malefícios do meramente especulativo e fraudulento mercado financeiro globalizado, engendrado pelos neoliberais anarquistas com a importante participação dos paraísos fiscais (as ilhas do inconfessável).

Tal "Ciranda Financeira" tem sido fielmente retratada neste site do COSIFe, que especialmente salienta os atos e fatos acontecidos como os das Fraudes Contábeis, Financeiras e Operacionais das Multinacionais e os dos atos e fatos relativos à Internacionalização do Capital Nacional (brasileiro e norte-americano).

CAPITALISMO ESPECULATIVO EM WALL STREET

Sobre o OCCUPY WALL STREET (Necessidade de Intervenção Governamental no Especulativo Mercado de Capitais Norte-Americano), Paulo Guilherme Hostin Sämy do Jornal Digital Monitor Mercantil em 17/10/2011 escreveu em seu texto denominado Capitalismo Especulativo em Wall Street:

Parcela da sociedade civil americana deflagrou, por um curto período de tempo, o movimento intitulado “Ocupe Wall Street”, - “Occupy Wall Street” - focando problemas econômicos e financeiros da sociedade americana oriundos, segundo os organizadores do movimento, de muitas das empresas que atuam a partir dos mercados especulativos situados nas bolsas de Wall Street ou que tenham seus ativos ali negociados. Empresas e bancos que integram não só o circuito do ainda vivo capitalismo financeiro, integrante da fase capitalista que atravessou o século XX, mas que integram também o emergente capitalismo especulativo, a terceira fase deste sistema, como a venho designando desde 2006 - através deste MM [Monitor Mercantil] - fase ainda não corretamente diagnosticada pelos acadêmicos e estudiosos.

Também como tem mencionado o coordenador do site do COSIFe, mais contundentemente desde 1984 em cursos ministrados na ESAF - Escola de Administração Fazendária para a Auditores-Fiscais da Receita Feral e neste site a partir de 2002, o citado articulista do Monitor Mercantil escreveu:

Os teóricos da economia [os economistas ortodoxos = de extrema-direita] nem chegaram a mencionar ainda que com o dinheiro recolhido através de impostos nos países ricos [e também no Brasil], subsidia-se todo o sistema financeiro anterior - o capitalismo financeiro - com muitos de seus bancos destruídos por especulações inadequadas em diversos ativos variáveis, sobretudo imóveis nos EUA [no Brasil mediante o desembolso de dinheiro público para assistência financeira a instituições falidas, PROER, PROES e incentivos fiscais] - enfrentando o nascente e agressivo sistema de fundos de hedge [como também aconteceu com os Fundos DL 157 brasileiros nas décadas de 1970 e 1980] - cujo crescente volume de recursos, engendrou dialeticamente este novo sistema, o capitalismo especulativo, de acordo com a singela lei dialética que diz que a quantidade - no caso o volume dos fundos hedge - altera a qualidade - do sistema financeiro, fazendo surgir, de dentro do capitalismo financeiro, o capitalismo especulativo, a partir justamente deste somatório de recursos disponíveis para o jogo (sic).

Com mais clareza, o site do Cosife tem afirmado que pelo menos a metade dos tributos arrecadados pelo governo brasileiro são devolvidos aos detentores do poderio econômico na forma de juros sobre os investimentos em títulos públicos efetuados pelas classes sociais dominantes.

Essa forma de restituição sub-reptícia dos impostos pagos pelos grandes capitalistas tem imensamente prejudicado os países desenvolvidos como também prejudicou o Brasil de outrora, quando as taxas de juros pagas pelo governo eram exorbitantes. Agora são apenas um pouco elevadas.

Exatamente em razão dessas elevadas as taxas de juros daquela época, era largamente praticada a chamada "CIRANDA FINANCEIRA".

O modelo operacional era simplório. Para aplicar seu capital de giro na ciranda financeira, os empresários deixavam de produzir. Dessa forma, sobrava dinheiro em caixa para ser  aplicado em títulos emitidos pelo governo. Então, como o povão não tinha à sua disposição os produtos que necessitava, acontecia a inflação, porque os bens de consumo necessários ao suprimento da demanda não eram produzidos.

Isto significa dizer que nas décadas de 1950 a 1980, o nosso governo foi o mais importante empresário brasileiro. E, para financiar seus empreendimentos, captava dinheiro no mercado de capitais através das suas empresas estatais e da emissão títulos públicos (governamentais), cujo numerário era investido na capitalização de novas empresas estatais que foram criadas a partir do Golpe Militar de 1964.

Aproveitando-se do crescimento do mercado de capitais na década de 1970, empresários inescrupulosos engaram muitos investidores. Veja os textos sobre os Crimes Contra Investidores.

Ao contrário do que dizem agora, as empresas estatais eram tão atrativas, em razão de suas possibilidades de monopolização e de lucros fartos, que os nossos governantes a partir de 1990, para agradar seus pares (os neoliberais anarquistas), imediatamente inventaram a desestatização por intermédio da privatização das empresas governamentais que, operando em setores estratégicos, possibilitaram desenvolvimento de nossa economia, que na década de 1970 foi chamado de "Milagre Brasileiro". Ou seja, o Brasil cresceu de forma espetacular apesar da falta de investimentos privados nacionais e internacionais.

No final de seu texto o articulista acrescenta:

O "establishment" [detentor do poder público e privado = MÁFIA ou CARTEL econômico-financeiro], de direita e de esquerda, sempre impede a divulgação de algumas ideias, censurando-as. Mas se esquece que no mundo mágico da internet, ideias fluem sem censura. O “Occupy New York” está aí, correndo mundo. Não alcança o Brasil na plenitude; seus “censores” não permitem. Mas já foram diversas vezes ultrapassados pela história. Não será diferente agora.

Isto significa dizer que agora o povão tem melhores condições de entrosamento e de manifestação. Por isso os detentores do poderio econômico tentam impedir que o sofrido povão tenha acesso às informações, inclusive pela internet. Portanto, aos detentores do poderio econômico só resta a tentativa de inibir a ideia de colocar a internet grátis para todos os brasileiros, conforme era o intento de alguns durante o Governo Lula. E tudo começou com a antena parabólica via Embratel, quando ainda era empresa estatal.

Veja no texto a seguir, publicado pelo Jornal O Estado de São Paulo, as manifestações dos Lobistas para que as taxas de juros não sejam reduzidas no Brasil.

MERCADO JÁ VÊ CORTE DE JUROS DE ATÉ 1 PONTO

Por FABIO GRANER, estadao.com.br, Publicado em 18/10/2011, com anotações, comentários e destaques em vermelho por Américo G Parada Fº.

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central se reúne hoje e amanhã para decidir a nova taxa básica de juros (Selic), atualmente em 12% ao ano. O mercado financeiro majoritariamente aposta em mais um corte de 0,5 ponto porcentual, como está expresso na pesquisa Focus, feita pelo Banco Central com analistas financeiros, e nas apostas (sic) de juros no mercado futuro.

Mas, diante dos dados da semana passada mostrando atividade econômica mais fraca do que se antecipava e do pior cenário externo - com aumento das preocupações com a China - apostas (sic) em cortes maiores começam a aparecer. E até quem prevê redução de 0,5 ponto reconhece que há chances de o BC ser mais agressivo.

COMENTÁRIOS DE LOBISTAS

Bancos como Credit Suisse, RBS e Itaú Unibanco estão prevendo um corte maior que a maior parte do mercado, a despeito do Copom ter dito que faria ajustes 'moderados' no juro. Os dois primeiros esperam corte de 1 ponto porcentual, o que levaria a Selic para 11% ao ano, próximo ao nível vigente no fim do ano passado, antes do início do ciclo de aperto monetário.

O Itaú Unibanco espera redução de 0,75 ponto porcentual. 'Reconhecemos a sinalização (do BC), mas isso não exclui passos mais rápidos, considerando o enfraquecimento da atividade doméstica no terceiro trimestre', avalia a instituição, lembrando que os dados recentemente divulgados mostrando atividade mais fraca no Brasil são anteriores ao impacto da desaceleração global. 'A demanda em desaceleração provocará um profundo ajuste monetário, levando a taxa de juros abaixo de 9% em meados de 2012'.

Para Marcelo Gazzano, economista do RBS Global, dados como o da queda de 0,4% das vendas do varejo em agosto, reforçam a aposta (sic) em um corte maior dos juros. Ele reconhece que as sinalizações do BC sobre promover ajustes moderados apontariam para mais um corte de 0,5 ponto, mas os números mostrando uma economia em desaceleração e a entrada da China no radar das preocupações do mundo são elementos que sustentariam uma redução maior. 'O BC pode dizer que o cenário externo piorou e que internamente houve desaceleração mais intensa do que se esperava', afirmou.

O economista da consultoria Rosemberg Associados Rafael Bistafa aposta (sic) em corte de 0,5 ponto porcentual, mas reconhece um aumento no risco de o Copom fazer um ajuste maior. 'A probabilidade de um corte maior aumentou por causa dos dados de atividade, como o IBC-Br (Índice de Atividade Econômica do BC), vendas do varejo e da indústria'.

Mas ele explicou que, se o Copom agir diferentemente do sinalizado nos seus documentos e também nos mais recentes discursos do presidente Alexandre Tombini, vai criar novos problemas na relação com o mercado, que tem criticado a comunicação da autoridade monetária. Ele lembra que o BC pecou na última reunião ao surpreender o mercado com um corte não sinalizado na Selic.

O economista-chefe do Banco Cooperativo Sicredi, Alexandre Barbosa, tem avaliação semelhante. Para ele, o BC sinalizou 0,5 ponto de corte e, apesar de os dados recentes poderem servir de pretexto para uma redução mais intensa, haveria um dano no processo de coordenação de expectativas. 'Será o segundo erro de comunicação em um espaço curto de tempo'.

NOTA DO COSIFE: Como foi possível perceber, todos querem uma redução da taxa de juros em apenas 0,5%. Porém, nada justifica que a taxa de juros seja praticada acima de 9%, que é a prevista para meados de 2012, conforme observaram aqueles que possuem uma "bola de cristal". Como foi mencionado pelo articulista, o problema é que os membros do COPOM não querem contrariar as "projeções" feitas pelos lobistas que representam os detentores do poderio econômico. Se fizerem diferente, os lobistas podem perder o emprego. É difícil de explicar como foram feitas as tais projeções, mas é fácil de entender por que são consideradas como acertadas. Foi o determinado pelos detentores dos Títulos emitidos pelo Tesouro Nacional.

CONCLUSÃO

Os funcionários do Banco Central, que compõem o COPOM - Comitê de Política Monetária, resolveram fazer exatamente aquilo que os LOBISTAS queriam que fizessem: reduziram a taxa de juros em apenas 0,5%. Podiam ter reduzido pelo menos em 1%, quando, então, seriam significativamente reduzidos os desembolsados pelo Tesouro Nacional para remuneração dos Títulos Públicos. Esse dinheiro, se fosse economizado, poderia ser utilizado na reforma de hospitais, por exemplo, sem necessidade de criação de um novo imposto, tal como a CPMF - Contribuição sobre as significativas Movimentações Financeiras dos mais ricos. Porém, os nossos profissionais do mercado financeiro, aqueles que opinaram, na verdade querem que o povão se dane. Aliás, é importante destacar que o novo tributo sobre as Movimentações Financeiras não é criado porque atinge particularmente os detentores do Poderio Econômico. Afinal, os partidos políticos que fazem oposição ao governo federal nada querem fazer para que seja reduzida a pobreza no Brasil. Veja o texto intitulado Torcendo contra a Seleção Brasileira - Governando contra o Brasil.

Veja as considerações sobre o OCCUPY WALL STREET (Intervenha em Wall Street)



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