Ano XXVI - 21 de novembro de 2024

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ANÁLISE FINANCEIRA - CAPACIDADE DE PAGAMENTO DE DÍVIDAS - FLUXO DE CAIXA


ANÁLISE DE BALANÇOS - DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

ÍNDICES CALCULADOS COM BASE EM BALANÇOS PATRIMONIAIS

ANÁLISE FINANCEIRA - CAPACIDADE DE PAGAMENTO DE DÍVIDAS - FLUXO DE CAIXA (Revisada em 13-10-2024)

Esse grupo de índices tem por objetivo a análise da liquidez da empresa em diversas situações.

  1. Consideração Sobre Índices de Liquidez
  2. Liquidez Geral
  3. Liquidez Corrente
  4. Liquidez Seca
  5. Liquidez Imediata

INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES - TEXTOS CORRELACIONADOS

  1. Contabilidade Financeira - Gerenciamento do Fluxo de Caixa
  2. Conclusão sobre o Cálculo de Índices de Liquidez - Advertências aos Acionistas Minoritários.
  3. Análise de Balanços - Ocorrências que Comprometem o Cálculo de Índices
  4. Contabilidade Gerencial - Contabilidade Administrativa - Contabilidade Geral
  5. Contabilidade de Custos - Formação de Preços ao Consumidor Final
  6. Contabilidade Forense - Perícia Contábil e Judicial - Código de Processo Civil de 2015
  7. Contabilidade Criativa = Fraudulenta - Decreto-Lei 1.598/1977 - Falsificação da Escrituração - Código Civil de 2002
  8. Sonegação Fiscal - CTN - Código Tributário Nacional - Lei 4.729/1965 e Lei 8.137/1990
  9. Fraudes e Crimes Contra Investidores - Lei 7.913/1989
  10. Planejamento Tributário Nacional e Internacional - Legal e Ilegal
  11. Planejamento Tributário - Criminoso - Lei 8.137/1990 - CTN - Código Tributário Nacional
  12. Combate à Evasão de Divisas e à Lavagem do Dinheiro do Caixa Dois - Lei 7.492/1986
  13. Contabilidade Nacional - Balanços de Pagamentos - Fraudes Cambiais e Evasão de Divisas - Lei 7.492/1986
  14. Internacionalização do Capital Nacional - CAIXA DOIS transformado em Capital Estrangeiro - Dívida Externa
  15. Operações Simuladas e Dissimuladas para Manipulação de Resultados - CAIXA DOIS
  16. OFFSHORE - Lavagem de Dinheiro do CAIXA DOIS em Paraíso Fiscal - Lei 9.613/1998
  17. Blindagem Fiscal e Patrimonial (Ocultação de Bens, Direitos e Valores) - Lei 9.613/1998
  18. Direito Econômico - Histórico de Fraudes - Legislação de Combate aos Crimes Financeiros

Por Américo G Parada Fº - Contador - Coordenador do COSIFE

1. CONSIDERAÇÕES SOBRE ÍNDICES DE LIQUIDEZ

Observação: A elaboração do presente esquema de índices, com informações complementares, baseou-se em publicação na internet da FIESP/SERASA.  Veja mais informações no final do índice geral deste tópico

É importante salientar que a simples aplicação das fórmulas apresentas não garante que os índices obtidos expressem a verdadeira liquidez da entidade cujo Balanço Patrimonial está sendo analisado. Nas observações contidas em cada índice estão os casos em que o índice apurado poderá sofrer bruscas alterações até o vencimento das obrigações passivas.

Outro detalhe importante é o de procurar saber se o Balanço Patrimonial que está sendo analisado é digno de fé pública. Nos textos sobre a Análise de Balanços foram apresentadas diversos tipos de ocorrências que podem comprometer as análises que são efetuadas mediante as fórmulas apresentadas.

Veja informações complementares em Conclusão sobre o Cálculo de Índices de Liquidez - Advertências aos Acionistas Minoritários.

2. LIQUIDEZ GERAL

Este índice tem a finalidade de refletir a capacidade de pagamento de dívidas da empresa a longo prazo. Indica quanto a empresa possui de ativos realizáveis no curto e longo prazos para cada unidade monetária da dívida assumida com terceiros também de curto e longo prazos.

Fórmula: (ATIVO CIRCULANTE + REALIZÁVEL DE LONGO PRAZO) / (PASSIVO CIRCULANTE + EXIGÍVEL DE LONGO PRAZO)

Interpretação do Índice:

  • Se o índice for igual ou maior que 1, significa que a entidade terá recursos financeiros suficientes para honrar seus compromissos.
  • Se o índice for menor que 1, significa que a entidade NÃO TERÁ recursos financeiros suficientes para honrar seus compromissos.

Observações:

Se o índice encontrado for menor que 1, pode indicar que a empresa está insolvente. Mas, nem sempre essa conclusão imediata será verdadeira. Então, será preciso analisar se existem bens do Ativo Permanente comprados a prazo e se esse financiamento do Permanente contabilizado no Passivo é de curto ou de longo prazo.

Se existir o financiamento de bens do Ativo Permanente é preciso levar em conta também se o resultado positivo da venda dos bens consumo produzidos será suficiente para pagamento do respectivo Passivo de curto ou de longo prazo.

Deve ser verificado também se o Ativo Circulante e o Realizável a Longo Prazo estão representados por investimentos que gerem resultados financeiros, enquanto que o Passivo seja estático até o seu vencimento. Caso existam investimentos geradores de renda, seria necessário calcular o valor das rendas a receber até a data de liquidação dos Passivos para que se tenha um índice mais preciso.

Também deve ser levado em consideração se o Passivo Circulante e o Exigível de Longo Prazo são crescentes mediante a acumulação de juros, variações monetárias e outros encargos até o seu vencimento.

Para reduzir diferenças drásticas entre os rendimentos gerados pelo Ativo e os custos acumulados no Passivo, muitas empresas efetuam Operações de Swap ou de Hedge no sistema financeiro. Essas operações visam garantir menor perda de capital se os encargos financeiros flexíveis e as variações monetárias do Passivo forem maiores que os recebidos pelos investimentos do Ativo.

3. LIQUIDEZ CORRENTE

Este índice reflete a capacidade de pagamento de dívidas da empresa no curto prazo. Indica quanto a empresa possui de ativos realizáveis no curto prazo para cada unidade monetária da dívida com terceiros também no curto prazo.

Fórmula: ATIVO CIRCULANTE / PASSIVO CIRCULANTE

Interpretação do Índice:

  • Se o índice for igual ou maior que 1, significa que a entidade tem ou terá recursos financeiros suficientes para honrar seus compromissos de curto prazo (até um ano).
  • Se o índice for menor que 1, significa que a entidade NÃO TEM ou NÃO TERÁ recursos financeiros suficientes para honrar seus compromissos de curto prazo (até um ano).

Observações:

Neste caso, tal como foi explicado no índice de Liquidez Geral, é preciso verificar a existência de bens do Ativo Permanente financiados a curto prazo e analisar a capacidade desses bens de produção de conseguirem o resultado financeiro líquido necessário à quitação do respectivo Passivo também a curto prazo.

Deve ser verificado também se o Ativo Circulante está representado por investimentos que gerem resultados financeiros, enquanto que o Passivo é estático até o seu vencimento. Caso existam investimentos geradores de renda, seria necessário calcular o valor das rendas a receber até a data de liquidação dos Passivos.

Também deve ser levado em consideração se o Passivo Circulante é crescente mediante a acumulação de juros, variações monetárias e outros encargos até o seu vencimento.

Para reduzir diferenças drásticas entre os rendimentos gerados pelo Ativo e os custos acumulados no Passivo, muitas empresas efetuam Operações de Swap ou de Hedge no sistema financeiro. Essas operações visam garantir menor perda de capital se os encargos financeiros flexíveis e as variações monetárias do Passivo forem maiores que os recebidos pelos investimentos do Ativo.

4. LIQUIDEZ SECA

Este índice tem a finalidade de refletir a capacidade de pagamento de obrigações passivas de curto prazo, considerando a hipótese da empresa não conseguir vender seus estoques.

Fórmula: (ATIVO CIRCULANTE - estoques) / PASSIVO CIRCULANTE

Interpretação do Índice:

  1. Se o índice for igual ou maior que 1, significa que a entidade tem ou terá recursos financeiros em curto prazo suficientes para honrar seus compromissos de curto prazo (até um ano), independentemente de conseguir vender seus Estoques
  2. Se o índice for menor que 1, significa que a entidade tem ou terá em curto prazo somente uma parte dos recursos financeiros necessários à liquidação do Passivo Circulante.

Observações:

Na análise ainda poderá ser levada em consideração a existência no Ativo de investimentos gerarão receitas em curto prazo.

Também deve ser levado em consideração se o Passivo Circulante é estático até o seu vencimento ou se é crescente mediante a acumulação de juros e outros encargos até o seu vencimento.

Para reduzir diferenças drásticas entre os rendimentos gerados pelo Ativo e os custos acumulados no Passivo, muitas empresas efetuam Operações de Swap ou de Hedge no sistema financeiro. Essas operações visam garantir menor perda de capital se os encargos financeiros flexíveis e as variações monetárias do Passivo forem maiores que os recebidos pelos investimentos do Ativo.

5. LIQUIDEZ IMEDIATA

Este índice tem a finalidade de refletir a capacidade de pagamento de dívidas no curto prazo, considerando a hipótese de que todo o Passivo Circulante da empresa vence no primeiro dia útil seguinte à data de encerramento do balanço.

Fórmula: Disponível / PASSIVO CIRCULANTE

Disponível = Caixa + Bancos Conta Movimento + Aplicações Financeiras (aplicações em ouro, títulos de liquidação imediata e moedas estrangeiras)

Interpretação do Índice:

  1. Se o índice for igual ou maior que 1, a empresa terá condições de pagar o seu Passivo Circulante no dia seguinte ao da apuração.
  2. Se o índice for menor que 1, a empresa terá condições de pagar parte de seu Passivo Circulante no dia seguinte ao da apuração.

Observações:

As cotações das aplicações em ouro e moedas estrangeiras constantes do grupo das disponibilidades são variáveis diariamente. Portanto, de um dia para outro essas aplicações podem sofrer perdas de capital, por desvalorização, ou obter ganhos de capital em razão de valorização de suas cotações no mercado de capitais.

Por sua vez, o Passivo Circulante tanto pode ser estático até o seu vencimento, como também podem sofrer variações monetárias negativas para a empresa devedora porque aumentem o seu valor de liquidação futura.

Para reduzir diferenças drásticas entre os rendimentos gerados pelo Ativo e os custos acumulados no Passivo, muitas empresas efetuam Operações de Swap ou de Hedge no sistema financeiro. Essas operações visam garantir menor perda de capital se os encargos financeiros flexíveis e as variações monetárias do Passivo forem maiores que os recebidos pelos investimentos do Ativo.



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