BRASIL É A SEXTA POTENCIAL MUNDIAL EM PIB
PIB BRASILEIRO EQUIVALE À FORTUNA DE APENAS 230 PESSOAS
São Paulo, 07/03/2012 (Revisado em 24/07/2012)
PIB - Produto Interno Bruto, Balanço de Pagamentos, Balança Comercial, Exportações versus Impostações, Reservas Monetárias ou Internacionais, Valorização e Desvalorização do Dólar e do Real, Política Econômica, Monetária e Cambial, Evasão de Divisas para Paraísos Fiscais, Empréstimos Fornecidos pelo FMI - Fundo Monetário Internacional, Dívida Externa Norte-Americana e Brasileira, Comparação entre os Governos FHC e LULA, Desigualdade e Segregação Social - Pobreza no Mundo. Combatendo a Inflação com Produção e Consumo Popular - Lei da Oferta e da Procura, Demanda Reprimida e Atendida.
1. BRASIL É A SEXTA POTENCIAL MUNDIAL EM PIB
1.1. INFORMAÇÕES PRELIMINARES
Com base em dados publicados pelo IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, em 06/03/2012 o Estadão publicou que o PIB - Produto Interno Brasileiro em 2011 eleva nosso país à categoria de 6ª potência mundial, conforme previa o Presidente Lula em 2010, ultrapassando o Reino Unido = Inglaterra + Escócia + Irlanda + Gales.
A Rússia está ali coladinha ao Brasil. Ambos disputando a 6ª colocação. Ou seja os BRICS estão chegando lá no topo. Os BRICS são Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Todos com grandes reservas minerais e monetárias. Veja no texto denominado Os Países e suas Reservas Minerais Estratégicas.
Agora, à frente do Brasil como maiores potências em PIB estão Estados Unidos, China, Japão, Índia e Alemanha nessa ordem de grandeza. Observe que entre as antigas potências mundiais, consideradas como países desenvolvidos, estão Estados Unidos, Japão e Alemanha. Dos citados países, somente o Japão e a Alemanha tem população inferior a do Brasil.
Diante do número de trabalhadores, se o salário mínimo no Brasil subisse para R$ 1 mil, provavelmente colocaria o nosso país como 5ª potência mundial, à frente da Alemanha. Os alemãs estão na frente do Brasil só em razão do salário médio dos trabalhadores, que lá é bem superior ao praticado no Brasil.
China e Índia estão a frente do Brasil justamente pelo tamanho de suas populações. A população da Índia é mais de 5 vezes a do Brasil e a da China é quase 7 vezes maior. Somente por tal motivo a China está à frente do Brasil, da Alemanha e do Japão. A Índia está à frente do Brasil e da Alemanha.
1.2. RESERVAS MONETÁRIAS
Relativamente à acumulação de Reservas Monetárias, o Brasil está na sexta colocação atrás de China, Japão, a soma das reservas internacionais dos países da zona do euro, Rússia, Arábia Saudita e Taiwan. Como o Brasil tem reservas monetárias superiores a de todos os países da Europa (individualmente), o Brasil pode ser considerado como na quinta colocação em reservas internacionais (Fonte: Wikipédia).
1.3. A AVALIAÇÃO DOS LEITORES
Porém, dos primeiros 35 leitores que avaliaram a notícia publicada no site do Estadão/MSN, 71% a consideraram como NEGATIVA. Somente 29% avaliaram a notícia como POSITIVA.
Por quê?
Porque o Estadão publicou a notícia com o seguinte título:
2. PIB BRASILEIRO EQUIVALE À FORTUNA DE APENAS 230 PESSOAS
Por Sílvio Guedes Crespo, estadao.com.br, publicado em 06/03/2012 [em itálico]. O texto originas foi editado para colocação de comentários, subtítulos e anotações por Américo G Parada Fº - Coordenador do COSIFE.
2.1. UM BRASIL NUNCA DANTES VISTO
O articulista do Estadão inicia seu texto mostrando os números do PIB - Produto Interno Brasileiro da seguinte forma:
Número do dia: R$ 4,1 trilhões
Foi o PIB brasileiro em 2011
O PIB brasileiro cresceu 2,7% no ano passado e, pelas contas da consultoria IHS Global Insight, tornou-se o sexto maior do mundo, desbancando a economia do Reino Unido.
A população ativa [trabalhadora] do Brasil - hoje de 99,5 milhões de pessoas - produziu bens e serviços no valor total de R$ 4,143 trilhões em 2011, ou US$ 2,48 trilhões, considerando a taxa de câmbio média usada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
2.2. AS PESSOAS MAIS RICAS DO MUNDO
Nesse ponto o articulista chama a atenção para um fato que nos explica o motivo da imensa pobreza existente em todo o mundo:
Os números [do PIB brasileiro] podem parecer altos - e são -, mas equivalem à riqueza de poucas famílias. Juntas, as 230 pessoas mais ricas do mundo detêm uma fortuna de exatamente US$ 2,48 trilhões, segundo o ranking mais recente da revista americana 'Forbes'.
2.3. DESIGUALDADE SOCIAL E CONCENTRAÇÃO DA RENDA
Esse grupo é encabeçado pelo magnata mexicano Carlos Slim, que tem um patrimônio de US$ 74 bilhões. O mais pobre dessa turma possui uma fortuna de US$ 4,5 bilhões. Em média, cada um desses 230 tem propriedades no valor de US$ 11 bilhões.
2.4. A IMPORTÂNCIA DAS COMPARAÇÕES
A comparação do PIB de um país com o patrimônio de algumas pessoas é meramente uma curiosidade, mas serve para dar uma ideia, bem de leve, da distribuição de riquezas do mundo.
2.5. A NEGATIVA AVALIAÇÃO DOS LEITORES
No parágrafo acima está a explicação para a avaliação negativa dos leitores do site do Estadão/MSN. Os leitores obviamente avaliaram a excessiva concentração da renda nas mãos de pouquíssimas pessoas não somente no Brasil como em todo o mundo.
Embora os pobres gostem de contemplar a riqueza, nada é mais absurdo que apenas 1% da população mundial detenha a quase totalidade das riquezas.
2.6. SOBRE A NATURAL VALORIZAÇÃO DO REAL
O articulista continua dizendo:
Vale lembrar, ainda, que o real tem se valorizado. Isso quer dizer que, por causa da variação do câmbio, e não só pelo aumento da produção nacional, é necessário juntar cada vez mais bilionários para alcançar uma fortuna somada igual ao do PIB brasileiro.
2.7. COMENTÁRIOS DO COSIFE
Torna-se importante analisar e comentar com mais profundidade o escrito pelo articulista do Estadão. Com base nessa última "DEIXA" (verdadeira sinopse aqui destacada em negrito) poderemos explicar o que não teve tempo ou espaço físico no site para melhor desenvolver o proposto.
Observe que o articulista mencionou que a comparação do PIB de um país com o patrimônio de algumas pessoas é meramente uma curiosidade. Essa mera curiosidade demonstrou a que ponto chega a desigualdade social em todo o mundo. Porém, a comparação deixa de ser mera curiosidade se, relativamente ao Brasil, compararmos o antes de 2003 com o depois de 2002. Para isso, seria necessária a comparação dos feitos do Governo Lula com os do Governo FHC.
Por que faz-se necessária essa comparação?
Porque muitas pessoas mal informadas andam dizendo por aí que a era PT é a continuação do que foi feito na era PSDB. Grande mentira.
No texto denominado Vivendo e Aprendendo, escrito por Pedro Malan (ex-presidente do Banco Central e ex-ministro de FHC), foram feitas várias dessas comparações entre Lula e FHC em que são demonstradas as inúmeras desigualdades de procedimentos nas Políticas Econômica, Monetária e Cambial adotadas pelos dois antagônicos governos, opostos em razão da prática de políticas completamente diferentes. Foram governos tão diferentes que o antigo (de FHC) faz ferrenha oposição ao novo (de Dilma), tal como fez ao modernismo de Lula.
Quem não consegue entender essa simplória verdade?
Só não conseguem entender os desatentos nefelibatas ("que vivem no mundo da lua"). Para estes, é importante a leitura do que segue.
Para os demais leitores, sempre atentos ao realmente acontecido, vale relembrar.
2.8. VALORIZAÇÃO DA NOSSA MOEDA - O REAL
Observe que o articulista cita a valorização da nossa moeda - o Real - que aconteceu durante o Governo LULA, assim como vem acontecendo no de Dilma. O Real tem valorizado principalmente em relação ao dólar.
Diante desse fato, parece claro que a nossa moeda tem valorizado em razão da falência econômica norte-americana que se tornou visível a partir de 2008, embora venha acontecendo desde o início da década de 1970 quando o dólar deixou de ser lastreado em ouro e reservas monetárias. A partir de 1970 o dólar tornou-se a única moeda sem lastro a circular livremente no nosso planeta.
Veja informações complementares no texto denominado Reviravolta na Globalização dos Mercados - A China Está Preocupada com a Fragilidade do Dólar como Padrão Monetário, escrito em 02/10/2010.
A valorização do Real a partir de 2003 aconteceu naturalmente, não foi necessária a venda de dólares das nossas reservas monetárias, como acontecia antes de 2003. Pelo contrário, a partir de 2006 o governo brasileiro tem comprado dólares na tentativa de desvalorizar nossa moeda.
Por quê?
Porque a desvalorização de nossa moeda incentiva as exportações e desestimula as importações. Durante o governo FHC era feito o contrário, o Real era valorizado artificialmente. Por esse motivo, naquela época as importações sempre foram maiores que as exportações. E, não havia investimentos externos porque os estrangeiros não acreditavam nos governantes brasileiros. Passaram a acreditar somente a partir de 2006.
2.9. A ARTIFICIAL VALORIZAÇÃO DO REAL NA ERA PSDB
Para manter o Real valorizado, naquela época anterior a 2003 eram vendidos os dólares de nossas reservas monetárias. Assim, eram indiretamente incentivadas as importações de bens supérfluos pelas classes mais endinheiradas. Ao mesmo tempo eram desestimuladas as exportações. E os dólares de nossas reservas eram vendidos para sonegadores e especuladores que o remetiam para paraísos fiscais (internacionalização do capital nacional).
2.10. DESEMPREGO E FÁBRICAS INATIVAS
Durante os dois mandatos de FHC, as exportações brasileiras tornaram-se menores que as importações porque o Real estava extremamente valorizado. Por isto foram fechadas muitas fábricas (empresas exportadoras), gerando desemprego em massa. O caos social foi agravado com o consequente aumento da criminalidade.
Ainda em razão do alto índice de desemprego, surgiu a gigantesca economia informal dos menos favorecidos especialmente praticada nas favelas e depois no comércio popular que se espalhou pelas grandes cidades.
Veja mais informações no texto A Economia Informal e a Autorregulação dos Mercados - A Verdadeira Livre Iniciativa Acontece nos Camelódromos, escrito em 10/08/2010.
2.11. A NATURAL VALORIZAÇÃO DO REAL NA ERA PT
Ao contrário do que acontecia durante o governo FHC, a partir de 2006 a valorização da nossa moeda aconteceu justamente porque o Brasil passou a ter reservas monetárias. Isto é, a partir do Governo Lula o Real está lastreado em ouro e reservas monetárias, por este motivo agora é moeda negociada e aceita no exterior. Antes de 2003, o Real era moeda sem lastro, tal como o dólar é desde 1970.
Segundo o Jornal da Band, de 07/03/2012, naquela data o real estava entre as três moedas mais valorizadas do mundo. Outras fontes de notícias afirmavam que o Real era segunda moeda mais negociada no mundo.
2.12. BALANÇO DA PAGAMENTOS DEFICITÁRIO
Naquela era do PSDB no governo central, a nossa Balança Comercial sempre esteve negativa (as importações eram maiores que as exportações). A falta de reservas monetárias era recomposta com a obtenção de empréstimos junto ao FMI - Fundo Monetário Internacional.
Quem tem mais de 30 anos de idade deve lembrar que os agentes do FMI vinham periodicamente ao Brasil para auditar as contas do nosso Balanço de Pagamentos sempre negativo (deficitário).
2.13. DESVALORIZAÇÃO DO REAL NO FINAL DO GOVERNO FHC
Durante o Governo Lula as exportações cresceram porque no final do Governo FHC o Real sofreu grande desvalorização. O dólar chegou a ser cotado a aproximadamente R$ 3,80. Devido a essa abrupta desvalorização, naquele ano de 2002 o Brasil passou a ser a 15ª potência mundial em PIB.
Porém, desvalorização do Real permitiu que a partir de 2003 exportássemos mais, gerando elevadas reservas monetárias que possibilitaram a quitação da dívida deixada pelo Governo FHC junto ao FMI, o que Lula comemorou e propagou com muito alarde, embora largamente criticado pelos partidos formados pelos dissidentes do PT, que pregavam o calote (o não pagamento da dívida deixada por FHC).
2.14. COMBATENDO A INFLAÇÃO COM PRODUÇÃO
Para desgosto dos opositores da "administração petista", ao contrário do que imaginavam os assessores de FHC, a desvalorização do Real no ano de 2002 facilitou o desenvolvimento nacional. Também ao contrário do que acreditavam os retrógrados e antiquados monetaristas, não houve inflação porque a demanda popular foi suprida pela vasta produção dos bens e demais produtos que o povo tinha necessidade de consumir.
2.15. A ELITE EMPRESARIAL E A SEGREGAÇÃO SOCIAL
É preciso alertar que antes de 2003, os industriais elitistas não queriam produzir para o consumo popular. Em razão dessa elitização do mercado interno, os pobres eram impedidos de comprar, embora tivessem dinheiro no bolso, principalmente obtido na economia informal. Logo, o excesso de procura e a falta de produção geravam a inflação. Foi assim que prosperou, e se tornou uma verdadeira febre contagiosa, o contrabando vindo principalmente do Paraguai.
2.16. CONCLAMANDO O POVO A COMPRAR
Ao contrário do que era feito no Governo FHC e nos anteriores, o presidente Lula conclamou o povo a comprar, principalmente a partir de 2009. E os empresários foram obrigados a produzir, pois estavam sujeitos à estatização de suas empresas, que quebrariam em razão da redução das exportações causada pela Crise Mundial de 2008. Então, para que não perdessem suas empresas, os industriais elitistas passaram a produzir para vender ao pequeno consumidor brasileiro.
Diante do exporto, ficou fácil perceber que agora a política econômica, monetária e cambial é totalmente diferente da anteriormente praticada.
2.17. A COTAÇÃO DO DÓLAR INFLUENCIANDO O MONTANTE DO PIB
Diante do escrito ficou possível perceber ainda que o valor do PIB, inicialmente estabelecido em moeda brasileira, é convertido em dólares mediante a aplicação do preço médio (cotação) do dólar no decorrer de cada ano. O FMI ainda considera o dólar como padrão monetário mundial.
Assim sendo, o PIB em dólares pode deixar de ser o verdadeiro. Isto é, a artificial cotação do dólar para mais ou para menos pode fazer com que o PIB deixe de expressar o verdadeiro valor da nossa produção na visão dos estrangeiros.
Vejamos as explicações para essa afirmação mediante a comparação do que ocorreu durante o Governo FHC em relação aos Governos Lula e Dilma.
Todos devem ter acompanhado o noticiário durante o ano de 2011, ocasião em que era dito que o Real estava valorizado, tendo como principal motivo a sua grande procura pelos investidores internacionais e pelos importadores de outros países.
A grande verdade é que boa parte dos exportadores brasileiros estão cotando seus produtos em reais em razão da fragilidade do dólar como padrão monetário.
Assim, diante da grande procura do Real no mercado internacional e do desprezo do dólar pelos nossos exportadores, o Real passou a ser a segunda moeda mais negociada no mundo. Afinal, o Brasil é um grande exportador e os produtores brasileiros não mais querem receber dólares em pagamento. Dessa forma, a maior oferta de dólares para venda em troca de reais, fez a nossa moeda valorizar. Ou melhor, a maior credibilidade do Real provocou a desvalorização do dólar.
Por sua vez, o Real só não está mais valorizado porque o governo brasileiro tem efetuado grandes compras de dólares para evitar que o real valorize mais ainda. A desvalorização do dólar significa a perda do poder aquisitivo de nossas reservas monetárias em dólares.
Sem essa ação do governo brasileiro e a de outros países credores da dívida externa norte-americana, haveria a perda das reservas monetárias em dólares.
Diante dessa nova conjuntura econômica e monetária mundial, no Brasil provavelmente um dólar estaria custando R$ 1,25. O motivo é óbvio: os Estados Unidos ainda estão em regime de bancarrota (falência econômica). Por isso o dólar está desacreditado no mundo inteiro. Também por esse mesmo motivo a cotação do ouro subiu rapidamente no mercado internacional a partir de 2008. Está 100% mais caro.
Então, se de fato o governo brasileiro tivesse deixado o dólar custar em média R$ 1,25, o nosso PIB de 2011 em reais corresponderia à US$ 3,28 trilhões e não aos US$ 2,48 trilhões mencionados pelo IBGE.
O inverso aconteceu durante o Governo FHC. Durante os primeiros quatro anos daquele "governo" o dólar foi mantido entre R$ 1,00 e R$1,25. Porém, em 1999, não conseguindo manter essa irreal valorização da nossa moeda, depois de reeleito, o presidente FHC concordou com uma maxidesvalorização do Real em 100%. Dessa forma, de um dia para outro o dólar passou a ser cotado a R$, 2,50.
Veja os comentários de Luís Nassif dias antes de efetuada a maxidesvalorização de 1999, no texto por ele intitulado como Xiitas da Globalização, publicado pelo Jornal Folha de São Paulo.
Em 2002, não mais conseguindo empréstimos de dólares do FMI para manutenção da artificial valorização do Real, o preço do dólar disparou, chegando a R$ 3,80. Então, se considerarmos que essa deveria ser a verdadeira cotação do dólar durante aqueles 8 anos do Governo FHC, o PIB em dólares naquela época seria bem menor do que o tido como oficial pelo IBGE.
Portanto, aí estão as grandes diferenças entre as políticas econômicas, monetárias e cambais dos Governos LULA e FHC.
3. BRASIL É O 2º PAÍS MAIS ATRATIVO PARA INVESTIDOR ESTRANGEIRO
País perde apenas para os EUA e é seguido pela China e por Israel.
Pesquisa ouviu fundos de venture capital, private equity e equity investors.
Publicado em 17/07/2012 por G1.Globo.com/Economia.
O Brasil é o segundo país mais atrativo para investidores estrangeiros, segundo pesquisa da Deloitte e da Associação Brasileira de Private Equity e Venture Capital (ABVCAP), divulgada na noite de segunda-feira (16). Com 3,56 pontos, numa escala de 1 a 5, o Brasil é seguido pela China (3,46) e por Israel (3,37). Os Estados Unidos lideram a lista com 3,64 pontos.
A pesquisa foi realizada de abril a maio de 2012, com 440 fundos de venture capital, private equity e equity investors de 36 países. Os pesquisados indicaram seus níveis de confiança de acordo com variáveis que podem causar impactos em investimentos financeiros globais, como geografia, indústrias e fatores de mercado. No Brasil, segundo a pesquisa, os setores de destaque para realizar investimentos em venture capital são healthcare IT and services (4,6); em growth rquity, o setor de consumer business (4,7); e em private equity, infraestrutura (4,4).
De forma geral segundo a pesquisa, os entrevistados expressaram níveis médios e baixos em relação a fatores externos que impactam seus negócios como economia, mercados de capitais, políticas públicas e iniciativas de arrecadação de recursos. Mas sobre as oportunidades de investimento, o nível de confiança foi elevado, segundo a pesquisa. Os investidores também mostraram disposição de fazer aportes em seus países de origem.
“Apesar de alguns países já mostrarem sinais de recuperação econômica, os dados revelam que ainda há bastante ceticismo e espaço para uma melhora considerável nos níveis globais de confiança. Os mercados internos voltam a ter atratividade e surgem oportunidades localizadas geograficamente e também em setores econômicos, como os de tecnologia da informação, bens de consumo e serviços”, disse Ricardo de Carvalho, sócio da área de Transaction Services da Deloitte.
Segundo a pesquisa, os brasileiros foram os que apresentaram maior nível de confiança na condução de políticas a favor do investimento em seu próprio país, com uma média de 3,58. Em seguida, ficaram Canadá (3,30), Holanda e Israel (ambos com 3). Os países com menor atratividade no mesmo quesito foram Índia (1,89), Austrália (2) e Japão (2,26).
“O Brasil vem se destacando economicamente de forma positiva em relação a outros países globais, prova disso é que país encerrou 2011 como a 6ª maior economia do planeta e vem atraindo cada vez mais a atenção de investidores estrangeiros, que veem o Brasil como opção viável para alocação de seus recursos. O país se destaca por apresentar cenário econômico consistente, políticas de governo direcionadas ao crescimento sustentável, grande demanda doméstica com oportunidades diversificadas de investimentos na área de private equity e venture capital”, declarou Clovis Meurer, presidente da ABVCAP.