Ano XXV - 23 de abril de 2024

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O DÓLAR, AS CRISES INFLACIONÁRIAS E OS PLANOS ECONÔMICOS BRASILEIROS


IMPACTOS NO BALANÇO DE PAGAMENTOS

O DÓLAR, AS CRISES INFLACIONÁRIAS E OS PLANOS ECONÔMICOS (Revisada em 20/02/2024)

1. PLANO COLLOR

Em 1990, quando foi iniciado o Governo Collor, quem tinha dinheiro investido perdeu parte significativa dele porque foi retido pelo governo por 6 meses, desvalorizando significativamente durante o período em que ficou confiscado, porque a inflação que deveria ser extinta voltou firme e forte. Ao contrário dos que tiveram o seu dinheiro retido, quem tinha dívidas pode comprar com deságio a moeda antiga para saldá-las, inclusive pagando com a Moeda Podre os eventuais impostos devidos.

Antes da posse de Collor ninguém mais pagava impostos porque era lucrativo investir o dinheiro em títulos públicos (especulação financeira) e ficar devendo para o governo. As multas e juros de mora sobre o impostos devidos eram inferiores aos juros pagos pelo governo aos detentores de títulos públicos. Foi a época da chamada "ciranda financeira", que foi quebrada por Collor e talvez por isso tenha sido destituído de seu cargo.

2. PLANO FUNARO

A crise inflacionária herdada por Collor, tinha sido combatida com o Plano Funaro em 1986 (Governo Sarney - Ministro Dilson Funaro). Naquela época foi implantada a “Tablita” que deflacionava os créditos e débitos. Então, quem tinha investimento perdeu parte do mesmo (ou recebeu menos do que investiu) e quem tinha dívida pagou menos do que devia pagar. Fato idêntico pode acontecer internacionalmente os norte-americanos quebrarem (o dólar virar pó), tal como aconteceu quando a Alemanha quebrou.

Aliás, a Tablita do Ministro Funaro foi o grande oásis para os banqueiros falidos daquela época (veja o texto A Sangria nos Cofres Públicos).

Além de terem conseguido empréstimos de longo prazo no Banco Central a juros baixíssimos e sem correção monetária, os banqueiros falidos ainda tiveram essas dívidas deflacionadas com base numa alta taxa de inflação passada e também projetada para o futuro. Por isso aqueles banqueiros falidos saldaram suas dívidas com grande facilidade e com o dispêndio de pouquíssimo dinheiro.

3. O PLANO REAL E A ESTABILIZAÇÃO DO PREÇO DO DÓLAR PARA EVITAR A INFLAÇÃO

A principal finalidade dos planos econômicos brasileiros era a de estabilizar a inflação (reduzindo os absurdos índices de inflação brasileiros) para que fosse estabilizado o preço do dólar.

Por tal motivo, durante o Governo FHC, pelo menos até o início do ano de 1999, quando houve uma maxidesvalorização de 100%, o Real foi mantido artificialmente com poder aquisitivo igual ao do Dólar. Por quê?

Porque os empresários brasileiros costumavam aumentar os preços de seus produtos vendidos no mercado interno na mesma proporção da desvalorização da nossa moeda em relação ao dólar. Ou seja, os empresários brasileiros desprezavam a Contabilidade de Custos, mesmo porque, com a inflação galopante provocada por eles mesmos e pelos "consultores econômicos de plantão", não havia como usar as teorias inerentes à Contabilidade de Custos.

Portanto, somente depois de ter acontecido a verdadeira estabilização da economia brasileira, a partir de 2005, os empresários brasileiros passaram a utilizar em suas empresas a Contabilidade de Custos.







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