CFC - EXAME DE SUFICIÊNCIA
BACHAREL EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS
EXAME DE SUFICIÊNCIA DE 2015 - 2ª EDIÇÃO
QUESTÕES E RESPOSTAS COMENTADAS (Revisada em 18-11-2016)
Referências: QUESTÃO 50 - Introdução à Economia, Conhecimentos de Língua Portuguesa
Por Américo G Parada Fº - Contador - Coordenador do COSIFE
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QUESTÃO 50:
Leia o texto a seguir para responder às próximas perguntas.
Em Roma, faça como os brasileiros
Os romanos vivem a primeira hiperinflação da história. Os alemães batem a marca de 1.000% ao mês. Os húngaros, a de 1.000.000%. Mesmo assim, só existe um Pelé no mundo da inflação: o Brasil.
1 A economia é burra. Ou, pelo menos, mais simples do que parece. Tão simples quanto um aquário de um peixe só. Se você jogar ração de menos ali, o bichinho morre de fome; se der de mais, a ração rouba oxigênio da água, e o peixe sufoca. 5 O dinheiro é a ração da economia. Se o governo imprimir de menos, ela morre de fome - ninguém produz mais nada, porque ninguém vai ter dinheiro para comprar mais nada. Só que, se você dá de mais, ela afoga de tanta moeda. A inflação sufoca a economia. Na Grécia Antiga, souberam manter o peixinho da economia saudável. 10 Na hora em que a economia deu sinais de fome, eles aumentaram a quantidade de dinheiro. E o Estado cortou um pouco a quantidade de prata em cada moeda para ter como produzir mais moeda. Se exagerassem na dose, o remédio seria tão ruim quanto a doença. Mas souberam segurar as pontas. Em Roma, porém, a história foi diferente. 15 Quando tentaram a mesma solução por lá, o peixe da economia acabou sufocado, e a consequência desse assassinato foi trágica: um período de estagnação econômica que você conhece como Idade Média. E tudo tinha começado tão bem... Roma nasceu no século VIII a.C. como uma aldeiazinha. Em 500 a.C. já era uma república, com senado e tudo. 20 Mas ainda não usavam moedas por lá. O dinheiro ainda eram barras de cobre, sacas de trigo, pepitas de sal grosso. A ideia de cunhar discos de metal só chegaria por volta de 300 a.C. Foi mais uma coisa que eles copiaram dos gregos, além do Panteão divino e da ideia de ter um governo mais ou menos democrático. Era natural: cidades bem próximas de Roma, como Nápoles e 25 outras do sul da Península Itálica, eram gregas antes de serem anexadas pelos romanos. Então já usavam dracmas, a moeda helênica. Como ideia boa pega, não deu outra: Roma começou a cunhar seu próprio dinheiro. Foi a melhor atitude que poderiam ter tomado. A introdução do dinheiro serviu de combustível para a expansão das fronteiras do futuro império mais 30 importante da história. [...] Alexandre Versignassi. Crash: uma breve história da economia -
da Grécia Antiga ao século XXI. São Paulo: Leya, 2011. p. 49.
50. A respeito das justificativas para o emprego de sinais de pontuação, identifique o item INCORRETO.
a) O uso do ponto-e vírgula, na linha 3, indica a oposição entre as ideias por ele separadas.
b) Na linha 6, o emprego do travessão contribui para a construção dos sentidos de efeito e causa que culminam no segundo enunciado.
c) Na linha 18, o uso de reticências marca enumeração inconclusa.
d) O emprego dos dois-pontos na linha 24 introduz o esclarecimento ou a explicação do que se disse na oração anterior.
JUSTIFICATIVA: