Ano XXV - 28 de março de 2024

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AÇÃO SOCIAL E TRABALHO VOLUNTÁRIO


AÇÃO SOCIAL E TRABALHO VOLUNTÁRIO

INCENTIVO AO DESENVOLVIMENTO CIENTÍFICO E TECNOLÓGICO

São Paulo, 06/06/2011

Referências: Incentivos Fiscais à Cultura e à Educação só para Ricos, Despesas de Formação Profissional do Trabalhador somente no Interesse do Empregador, Parca Bolsa de Estudos para Mestrandos e Doutorandos. Prescrição das Medidas Provisórias 520 e 521 de 2010 – Ajuda de Custos para Médicos-Residentes e criação de Empresa Pública Federal para resolver as deficiências administrativas na área da saúde nas esferas estadual e municipal, Desemprego Estrutural, Mecanização, Automação e Robótica. Incentivos Fiscais aos mais ricos empresários do Norte e Nordeste, Sudene, Sudam.

Por AMERICO G PARADA Fº – Contador CRC-RJ 19750

A QUESTÃO

Em 13/04/2011 usuário do Cosife escreveu:

Represento a Mecatron, empresa júnior da Unicamp. Estamos buscando meios de divulgação e patrocinadores para o evento Projeção M.

RESPOSTA DO COSIFE

Por Americo G Parada Fº - Contador CRC-RJ 19750

PRELIMINARES

No site do Projeto M da Mecatron, lê-se, com comentários em vermelho pelo coordenador do COSIFe:

Aconteceu no dia 08/10/2010, na Faculdade de Engenharia Mecânica [da UNICAMP – Universidade Estadual de Campinas], a final da primeira edição do mais novo evento da Mecatron: O Projeção M. O evento consiste numa grande competição de propostas de projetos de automação, sendo um dos quesitos principais a ser avaliado a sustentabilidade do mesmo. Além disso, todo o dinheiro arrecadado com as inscrições do Projeção M será convertido em cestas básicas [para os trabalhadores desempregados em razão da automação, da mecanização e da robótica]. Tal evento contou com patrocínio de grandes empresas ... [obviamente interessadas em diminuir a quantidade de trabalhadores em seus respectivos parques industriais]. Além da apresentação dos projetos, o evento contou também com as palestras das empresas [com denominações estrangeiras], patrocinadoras do evento.

Observe o que pretende apresentar o referido Projeto M. Trata do desenvolvimento de projetos de automação para empresas que, assim, contarão com menor número de empregados. Trata-se portanto, de uma tentativa de geração do desemprego estrutural.

No site do COSIFe existem vários textos em que se critica a forma como foram utilizados os incentivos fiscais fornecidos aos mais ricos empresários das Regiões Norte e Nordeste, os quais não geraram os empregos que Celso Furtado pretendia que gerassem.

O economista e ex-ministro Celso Furtado, no Governo João Goulart, esperava que os incentivos fiscais gerassem os empregos que pudessem dar melhores condições de sobrevivência àquelas populações carentes.

Por que os empregos não foram gerados?

Em suma, os empregos não foram gerados porque os empresários do norte e nordeste não fizeram exatamente aquilo que pretende o Projeto M. A sustentabilidade proposta pelo Projeto M visa exatamente evitar o que aconteceu com os Incentivos Fiscais fornecidos aos mais ricos empresários das regiões Norte e Nordeste.

Explicando: Os ricos empresários incentivados compraram máquinas para substituir os trabalhadores. Por falta de mão-de-obra especializada, os trabalhadores necessários para que as máquinas funcionassem foram buscados na Região Sudeste.

Tendo com principal motivo o explicado, a população daquelas regiões carentes continuam sem emprego, mesmo porque os governadores e os prefeitos daquelas regiões não deram àquelas populações carentes a educação e os conhecimentos técnicos necessários para que pudessem assumir tais postos de trabalho.

Em complementação, veja os textos em que se discorre sobre o A Crise do Desemprego - Estrutural e Conjuntural e sobre A Síndrome do Primeiro Emprego - A Geração Perdida.

O PROBLEMA A ENFRENTAR

Em “Referências”, no início deste texto está um resumo das dificuldades a serem enfrentadas para obtenção patrocínios ou incentivos fiscais e subsídios para o bem-estar da coletividade.

É difícil conseguir patrocinadores para coisas sérias. Como exemplo pode ser citado o próprio site do COSIFe, que está indiretamente ligado a educação técnica e científica nas áreas administrativa e contábil.

O site está no ar desde 1999 totalmente gratuito em razão de ação social ou de trabalho voluntário de seu idealizador e coordenador.

Mesmo tendo por volta de 15 mil visitantes por dia com mais de 12 milhões de páginas visitadas por ano, o site não consegue patrocinadores institucionais. Consegue apenas anúncios intermediados pelo Google, que paga muito pouco pelos cliques efetuados pelos usuários do COSIFe.

Nem as empresas agraciadas pelo Conselho Federal de Contabilidade com o título de Empresas Cidadãs querem patrocinar eventos educativos, técnicos ou científicos nas áreas de administração e contabilidade.

As empresas estatais ou de economia mista não patrocinam por causa da burocracia e também da corrupção.

As empresas privatizadas não patrocinam por sem-vergonhice, afinal, elas não estão aí para fazer algo pelo povo. Dedicam-se apenas a tirar do povo o que for possível tirar.

As demais empresas também não querem patrocinar eventos destinados ao povão, mesmo que esta parcela da população tenha curso técnico ou superior. Os incentivos à cultura são utilizados pelas grandes empresas apenas para eventos destinados à parcela mais rica da população.

Exatamente pela falta de patrocínio, o site do COSIFe passará a cobrar pela navegação, para que possa continuar no ar.

Estes são os problemas a serem enfrentados.

Veja também o texto denominado Responsabilidade Social e Trabalho Voluntário - A Responsabilidade Social do Contabilista.







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