Ano XXVI - 21 de novembro de 2024

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A VITÓRIA DAS ELITES BURGUESAS



A VITÓRIA DAS ELITES BURGUESAS

ECONOMISTAS ORTODOXOS DE PLANTÃO COMO CEGOS NUM TIROTEIO

São Paulo, 21/01/1999 (Revisado em 18/02/2024)

O Infeliz Futuro de Nosso Filhos, Netos e Demais Descendentes, Sonegação fiscal, Loteamento das Empresas Estatais, Malandragens da Extrema Direita.

  1. OS TRABALHADORES CONTRÁRIOS AOS MOVIMENTOS REIVINDICATÓRIOS
  2. A FESTANÇA DAS ELITES BURGUESAS
  3. A EXTINÇÃO DOS EMPREGOS E DOS MOVIMENTOS SINDICAIS
  4. O LOTEAMENTO AS EMPRESAS ESTATAIS
  5. A IMPOSSIBILIDADE DE SE FAZER UM AJUSTE FISCAL
  6. AS MALANDRAGENS DA EXTREMA-DIREITA
  7. O PROBLEMA DA SONEGAÇÃO FISCAL POR PARTE DO EMPRESARIADO
  8. COMPLACÊNCIA DOS ESQUERDISTAS
  9. A PROFECIA DA FALTA DE EMPREGOS E SALÁRIOS
  10. EXTINGUINDO OS DIREITOS SOCIAIS DOS TRABALHADORES

Por Américo G Parada Fº - Contador - Coordenador deste COSIFE

Veja também:

  1. O Infeliz Futuro de Nosso Filhos, Netos e Demais Descendentes
  2. O Infeliz Futuro de Nosso Filhos, Netos e Demais Descendentes 2
  3. A Geração Perdida - a Síndrome do Primeiro Emprego
  4. Queremos a Redução dos Gastos Públicos - Gasto Público é Sinônimo de Investimento = Aumento do PIB
  5. Reforma Trabalhista e Previdenciária
  6. A Crise do Emprego - Desemprego Estrutura e Conjuntural

1. OS TRABALHADORES CONTRÁRIOS AOS MOVIMENTOS REIVINDICATÓRIOS

Na década de 80, ainda no Regime Militar, durante uma daquelas manifestações sindicais pela manutenção dos níveis salariais dos trabalhadores, num pequeno aglomerado de funcionários do Banco Central do Brasil, um deles disse que não ia participar do movimento grevista porque tinha que pensar no futuro de seus filhos.

O atual coordenador do COSIFE disse a ele e aos demais (que meio titubeantes o apoiaram), que se não participássemos dos movimentos reivindicatórios, quando nossos filhos tivessem a nossa idade não haveria mais emprego e nem salários. Seríamos todos biscateiros. É o que tem-se observado principalmente a partir do desgoverno proposital de MICHEL TEMER.

Veja em:

  1. O Infeliz Futuro de Nosso Filhos, Netos e Demais Descendentes
  2. O Infeliz Futuro de Nosso Filhos, Netos e Demais Descendentes 2

Disse ainda que nossos netos fatalmente não teriam a oportunidade de estudar em escolas gratuitas, como nós tivemos (e por isso não ficamos analfabetos). Em razão desse estudo de nível superior em universidades públicas, conseguimos aprovação em concurso público.

Pois é, a "profecia" está se realizando antes do esperado, antes mesmo de nossos filhos chegarem aos 30 anos de idade. À época tínhamos pouco menos de 35 anos de idade.

Veja o texto intitulado A Geração Perdida - a Síndrome do Primeiro Emprego.

2. A FESTANÇA DAS ELITES BURGUESAS

E, na era do REAL, durante a festança das verdadeiras elites burguesas, no lugar de pensar em seus filhos, eles, naquela época com pouco mais de 50 anos de idade, desandaram a comprar carros importados e telefone celular, entre outras "modernidades" importadas ou falsificadas no Paraguai, para tornar mais evidente a sua superioridade perante os demais brasileiros, menos favorecidos.

No final do ano de 1996 ou 1997, numa das manifestações patrocinadas pelo SINAL - Sindicato Nacional do Funcionário do Banco Central, pessoas que passavam pela Av. Paulista comentavam:

  • Eles estão reclamando de quê? Veja a quantidade de carros novos e importados saindo da garagem do prédio do Banco Central.

Depois, no final do primeiro governo Governo FHC, essas falsas elites burguesas, tal como as da zona sul carioca, que achavam um absurdo construir CIEPs para suburbanos, e foram vítimas do NAYA e da ENCOL.

3. A EXTINÇÃO DOS EMPREGOS E DOS MOVIMENTOS SINDICAIS

Assim, por falta de apoio dos trabalhadores às manifestações reivindicatórias dos sindicalistas, os extremistas de direita estão conseguindo derrubar os demais funcionários públicos, aí incluídos os das estatais, que depois das privatizações foram demitidos e nunca mais conseguiram emprego.

Para as funções exercidas pelos aprovados em concursos públicos foram convocados por empresas terceirizadas os trabalhadores que as elites burguesas taxavam de suburbanos, bem  mais baratos.

Por sua vez, os cabos eleitorais dos políticos de extrema direta, que indiretamente adquiriram as estatais, tornaram-se donos das empresas terceirizadas, que foram transformadas em "cabide de emprego" para apadrinhados.

Agora, os cabos eleitorais dos políticos de extrema-direita com suas empresas terceirizadas são as verdadeiras elites burguesas do Brasil.

4. O LOTEAMENTO AS EMPRESAS ESTATAIS

Depois de dividir o país entre si e seus testas de ferro, tal como fizeram Gorbachev e Ieltsin na Rússia e também os dirigentes da Indonésia, Malásia, Taiwan, Coreia do Sul, Tailândia, Malasia e Filipinas, essas verdadeiras elites burguesas agora necessitam reduzir os gastos públicos para que possam continuar sem pagar impostos e contribuições e para que possam receber altos juros sobre o dinheiro emprestado para o governo na qualidade de estrangeiros, devidamente abrigados em paraísos fiscais, também para evitar os impostos.

5. A IMPOSSIBILIDADE DE SE FAZER UM AJUSTE FISCAL

Diante disso, incessantemente perguntamos:

  • Como fazer o AJUSTE FISCAL se, em dois terços dos Estados brasileiros, os empresários, que são os políticos locais, tem incentivos fiscais federais, estaduais e municipais?

Torna-se impossível o Ajuste Fiscal porque, ao mesmo tempo, os políticos empresários têm sob seu controle dois terços do Congresso Nacional.

É isso mesmo. Se um verdadeiro Ajuste Fiscal fosse feito, com o aumento de tributos, os políticos empresários deveriam pagar a conta.

Logo, tal como foi feito na Europa a partir de 2011, o sacrifício deve ser feito pelo povo, para que este seja incumbido de sustentar os seus todo-poderosos Senhores Feudais. Seria um verdadeiro retorno ao regime escravocrata.

Em 18 Estados brasileiros os políticos, que são os empresários locais, estão totalmente livres do pagamento de impostos. Logo, os tributos necessários ao Ajuste Fiscal seriam cobrados apenas do povo, tal como está sendo feito na Europa.

6. AS MALANDRAGENS DA EXTREMA-DIREITA

Os "governos da situação" (oposicionistas a partir de 2003), derrotados nas eleições de 1998, no outro terço dos Estados brasileiros (do Sul, Sudeste e Centro-Oeste), criaram incentivos fiscais e isenções para determinados grupos que financiaram suas campanhas eleitorais, entre eles o grupo das empresas montadoras de veículos.

Outros fizeram o mesmo pensando que iam ser derrotados e não foram. Então, durante o seu novo mandato passaram a amargar o déficit fiscal criado por eles mesmos na gestão anterior. Tudo pela reeleição.

E agora? Alguém perguntou.

Os políticos da situação responderam durante o Governo FHC:

Agora nós tiramos do povo a CPMF e dos funcionários públicos e dos aposentados também a contribuição previdenciária e dizemos para os "bobos da corte" que estamos fazendo o AJUSTE FISCAL.

7. O PROBLEMA DA SONEGAÇÃO FISCAL POR PARTE DO EMPRESARIADO

O grande problema do Brasil não é o gasto público, mas a falta de arrecadação.

Veja o texto denominado Queremos a Redução dos Gastos Públicos - Gasto Público é Sinônimo de Investimento.

O principal problema do Brasil é a Sonegação Fiscal, os incentivos fiscais, as isenções, os subsídios e as anistias dos quais só beneficiam os "donos do poderio econômico".

Nenhum deles quer que a fiscalização funcione (trabalhe) e, por isso, tratam de incentivar a corrupção, a inércia e os "lobbies" no Congresso. Para quem não sabe, o Lobby é a principal forma de corrupção.

No serviço público são perseguidos aqueles que querem trabalhar. Claro: se a fiscalização funcionar vai cobrar do empresariado os impostos sonegados.

8. COMPLACÊNCIA DOS ESQUERDISTAS

Nem as esquerdas apregoam tal fato. Até a senadora Marina Silva, eleita pelo Estado do Acre, defendia o aumento dos incentivos fiscais para a Amazônia, cujo dinheiro indiscutivelmente ia cair nas mãos de seus opositores e beneficiar exclusivamente a eles (como sempre: Nada para o Povo).

O mesmo ocorria com os parlamentares da esquerda nordestina. Queriam mais incentivos para os empresários, não para o povo.

É a tal "unanimidade burra", à qual se referia o escritor e dramaturgo Nelson Rodriguesna década de 1960.

Pergunta-se: Por que acabaram tão facilmente com as estatais e não acabaram com os incentivos fiscais, com os subsídios e com as isenções fiscais?

Resposta: Porque em ambos os casos os únicos beneficiados são eles, os "donos do poderio econômico".

Na qualidade de beneficiários dos subsídios e das isenções também estão incluídas as rádios, as televisões e os órgãos de imprensa ("os fazedores de opinião"), também direta ou indiretamente dominados pelos mesmos políticos empresários citados.

9. A PROFECIA DA FALTA DE EMPREGOS E SALÁRIOS

Em tempo: a tal "profecia", citada no início deste texto foi proferida pelo médico Cristian Barnard (precursor dos transplantes de coração).

Durante sua estada no Brasil para ensinar os médicos brasileiros a fazer transplantes do coração, um repórter ou jornalista perguntou o que ele achava do "apartheid" na África do Sul.

Disse ele que lá o problema não era tão grave como no Brasil. E explicou mais ou menos assim:

Lá são dois milhões de brancos subjugando 20 milhões de negros. No Brasil é um milhão de ricos subjugando mais de cem milhões de pobres. Lá era um contra 5. Aqui, no ano 2000, era um rico contra 169 pobres. Isto significa dizer que a segregação social no Brasil é bem superior que na África do Sul.

Conclusão: os negros sul-africanos eram ou são bem mais fortes do que nós. Lá os negros não liam jornais, não ouviam rádios e não viam televisão por isso era menor a manipulação da Opinião Pública. Ou seja, os negros sul-africanos não eram doutrinados ou induzidos a fazer exclusivamente somente o que poder dominante quer.

Na África do Sul o "apartheid" oficialmente acabou. Aqui ele continua firme e cada vez mais forte. E logo se tornará oficial. Esta é a nova "profecia".

10. EXTINGUINDO OS DIREITOS SOCIAIS DOS TRABALHADORES

Para que seja aumentada a segregação social no Brasil basta uma pequena emenda na Constituição Federal. Para isso basta que os detentores do poderio econômico contratem lobistas para convencimento dos falsos representantes do povo no Congresso Nacional. Assim, seria feita uma Reforma Trabalhista e Previdenciária para acabar com os Direitos Sociais dos trabalhadores brasileiros.

Veja também A Crise do Emprego - Desemprego Estrutura e Conjuntural







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