Ano XXV - 27 de abril de 2024

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A INFLAÇÃO PROVOCADA PELO DESEMPREGO EM MASSA


A INFLAÇÃO PROVOCADA PELO DESEMPREGO EM MASSA

PRODUÇÃO EM LARGA ESCALA X PRODUÇÃO EM BAIXA ESCALA

São Paulo, 04/11/2022 (Revisado em 13/03/2024)

Referências: CONTABILIDADE DE CUSTOS - Desemprego em Massa Gera Inflação, Indústria enfrenta alta dos CUSTOS FIXOS de produção e tem dificuldade em repassar para preços. Crimes contra a economia popular, contra as relações de consumo e contra a ordem econômica e tributária. Sem Produção, Sem Emprego e Sem Consumo não há PIB - Produto Interno Bruto. Falta de Emprego gera a Inadimplência quebra o Sistema Financeiro. Lucros dos Bancos é Oriundo da Repactuação de Dívidas de Inadimplentes.

1. CUSTO BRASIL - CARGA TRIBUTÁRIA PAGA PELO CONSUMIDOR FINAL

Pelos meios de comunicação ouve-se falar (ou lê-se) insistentemente manifestações equivocadas sobre o chamado de CUSTO BRASIL. Dizem os enganadores que o termo CUSTO BRASIL refere-se à CARGA TRIBUTÁRIA paga pelo empresariado de modo geral. Até muitos contadores, auditores e peritos contábil  referem-se a essa Carga Tributária, dizendo que deve ser reduzida porque ela recai pelas empresas e pesa no bolso de seus controladores. Leigos representantes do POVO no Congresso Nacional repetem esses mesmos tipos de balela.

Então, em certa oportunidade, no facebook do CFC - Conselho Federal de Contabilidade o coordenador deste COSIFE escreveu, para surpresa de muitos dos seus colegas de profissão, que a carga tributária na realidade é paga somente pelo CONSUMIDOR FINAL.

Assim sendo, o empresariado de modo geral só é vítima dessa CARGA TRIBUTÁRIA quando ele está na condição de CONSUMIDOR FINAL.

2. EXTREMISTAS DE DIREITA REDUZIRAM O SALÁRIO DOS TRABALHADORES

Primeiramente é preciso deixar claro que os salários não podem ser reduzidos unilateralmente pelo empregador. A redução artificial ocorre quando o empregador aumenta os percentuais de descontos dos "Benefícios a Empregados" (Plano de Saúde, Previdência Privada, entre outros), principalmente quando os salários deixaram de ser reajustados com base nos índices oficiais de inflação.

Considerando-se que os trabalhadores são os principais consumidores, enriquecedores de seus PATRÕES, obviamente a economia ficou estagnada naquelas décadas perdidas de 1970, 1980 e 1990. e o mesmo veio acontecendo durante os Governos de Temer e de Bolsonaro.

Observe que Michel Temer (com Henrique Meirelles no Ministério da Fazenda ou da Economia) voltou a utilizar a DOLARIZAÇÃO como forma de evitar a inflação. Mas, obviamente, tal como no Governo FHC, assim como em outros países, a dolarização foi um enorme desastre e só serviu para a artificial redução dos PROVENTOS dos trabalhadores, assim gerando extrema MISÉRIA.

Em 2024 a Argentina, com um governo extremista de direita eleito pelo Povo para governar aquele país, tende a continuar enfrentando o aumento da MISÉRIA naquele país. A falsa premissa é a de que a dolarização da economia obrigará que os mais ricos tragam para dentro do país os recursos financeiros do CAIXA DOIS que foi internacionalizado em Paraísos Fiscais. Muitas vezes, esse CAIXA DOIS lavado em empresa fantasma (OFFSHORE), volta ao país de origem como Capital Estrangeiro, assim prejudicam o Balanço de Pagamento, transformando-o em deficitário, quando o FMI - Fundo Monetário Internacional obriga que o país obtenha Empréstimos externos, vindos daquele CAIXA DOIS internacionalizado.

No Brasil, no Governo Bolsonaro (com Paulo Guedes no Ministério da Economia - não sabendo o que fazer), simplesmente foi adotada aquela retrógada tese dos escravocratas que foram laureados com o Prêmio Nobel de Economia em 2010. Isto é, tais economistas defenderam a tese da total extinção dos Direitos Sociais dos Trabalhadores, sob a premissa de que os Trabalhadores são os causadores das mazelas empresariais. Na realidade, desde a Antiguidade os trabalhadores são os enriquecedores de seus patrões.

Por sua vez, os contabilistas diuturnamente observam que os problemas existentes nas empresas estão nos megalomaníacos gastos empresariais em mordomias e em desvio de recursos financeiros para o chamado de CAIXA DOIS.que é abastecido mediante operações simuladas ou dissimuladas que geram artificiais prejuízos operacionais, exatamente com o intuito da redução dos tributos que devem ser recolhidos aos cofres públicos. Esses FALSOS Prejuízos obviamente resultam em aumento dos custos operacionais com o consequente aumento de preços ao consumidor. Assim acontece a inflação que também é alimentada pelo especuladores que criam falsos preços de mecado por meio das Bolsas de Valores.

Este é um dos verdadeiros motivos da existência do CUSTO BRASIL, além do Subfaturamento das Exportações e do Superfaturamento das Importações de matérias primas. Em ambos os casos, esses valores são desviados para o referido CAIXA DOIS que é administrado por empresa fantasma (offshore) constituída em paraíso fiscal.i

Veja um resumo (sinopse) da tese defendida pelos referidos economistas escravocratas no texto denominado Reforma Trabalhista - Caminhando para o Trabalho Escravo.

3. CUSTO BRASIL - IMPORTAÇÃO DE BENS DE PRODUÇÃO SUPERFATURADOS

Para geração de mais recursos financeiros no referido CAIXA DOIS remetido para o exterior, muitas empresas, tidas como multinacionais, importam bens de produção e matérias primas superfaturadas para assim gerarem mais recursos financeiros para o seu CAIXA DOIS que será transformado em Capital Estrangeiro.

Esses valores desviados para paraísos fiscais passam a ser os verdadeiros causadores do chamado de CUSTO BRASIL, assim gerando um artificialmente aumento do CUSTO DE PRODUÇÃO de bens de consumo no Brasil.

Dessa forma, os mais abastados consumidores passam a comprar produtos fabricados no exterior, gerando emprego lá. De outro lado, esse aumento do CUSTO BRASIL impede que produtos fabricados no Brasil possam concorrer com semelhantes bens de consumo fabricados no exterior.

Mas, os especialistas (ortodoxos), contratados pelas empresas sonegadoras de tributos para se manifestem nos meios de comunicação, dizem que a Carga Tributária Brasileira é muito alta. Entretanto, não dizem que essa Carga Tributária NÃO É PAGA\pelas empresas. A verdade é que somente os CONSUMIDORES FINAIS desembolsam toso os tributos que têm as empresas como agentes de arrecadação tributárias, cujos valores são recolhidos ao ESTADO pelas instituições do Sistema Financeiro Brasileiro (SFN).

Esse aumento CUSTO BRASIL é operacionalizado por meio do aumento dos CUSTOS FIXOS de produção, mediante o sensível aumento das DEPRECIAÇÕES aqui no Brasil contabilizadas sobre bens vindos do exterior por preços exorbitantes (superfaturados).

De outro lado, a PRODUÇÃO EM BAIXA ESCALA resulta no desemprego em massa, causador da inadimplência, assim impede o pleno consumo popular.

Essa PRODUÇÃO EM BAIXA ESCALA  também resulta no artificial aumento do CUSTO FINAL de cada unidade produzida. Se a linha de produção (em parte ociosa) for utilizada, por exemplo, pela metade da sua capacidade de produção, obviamente o seu CUSTO FIXO de manutenção será dobrado.

A PRODUÇÃO EM BAIXA ESCALA resulta ainda em menor oferta de emprego, menor arrecadação tributária e menor PIB - Produto Interno Bruto.

4. COMBATE Á FRAUDES E CRIMES CONTRA INVESTIDORES

A partir de 1984 a ESAF - Escola de Administração Fazendária (de ordem superior, no Governo João Figueiredo) começou a organizar cursos de reciclagem para Auditores Fiscais da Receita Federal, para que eles tivessem condições técnico-científicas para fiscalizar os Mercados Financeiro e de Capitais.

Foi por tais motivos que o coordenador deste COSIFE foi convidado (pelos dirigentes da FIPE e da FIPECAFI) para ministrar cursos que aconteceram de 1984 a 1998 (durante 14 anos). Daqueles aprendizados resultaram várias leis agora existentes. Vejamos algumas delas.

A Lei 7.913/1989 foi sancionada para punir os manipuladores das cotações nas Bolsas de Valores (especuladores).

O Código Civil de 2002 passou a definir como fraudulentas as OPERAÇÕES SIMULADAS. Por sua vez, a Lei Complementar 104/2001, que alterou o CTN - Código Tributário Nacional passou a definir como fraudulentas as OPERAÇÕES DISSIMULADAS.

Todas essas operações fraudulentas são utilizadas como formas de SONEGAÇÃO FISCAL (Lei 4.729/1965 e Lei 8.137/1990).

Muitas dessas operações fraudulentas também resultam em FRAUDES CAMBIAIS para EVASÃO DE DIVISAS (artigo 21 e 22 da Lei 7.492/1986 - Lei do Colarinho Branco).

A Lei 8.021/1990 e o artigo 19 da Lei 8.088/1990 extinguiram as operações ao portador e a emissão de títulos ao portador.

O SELIC e depois a CETIP passaram a registrar títulos escriturais em substituição aos antigamente emitidos em papel com requisitos de segurança para evitar as falsificações. o que saía tão caro com a emissão de dinheiro (meio circulante).

O DINHEIRO é um espécie de título da dívida pública que não paga juros e não tem data de vencimento. Portanto, trata-se de um Bônus Perpétuos. Mas, os verdadeiros Bônus Perpétuos pagam Juros sobre o Capital. Esses BÔNUS podem ser considerados como Ações Preferenciais Cumulativas.

Ainda com a mesma finalidade de combater a sonegação fiscal, oriunda do Caixa Dois e a lavagem desse dinheiro sujo em paraísos fiscais (entre outras possibilidade da prática de fraudes cambiais e de evasão de divisas), foi sancionada a Lei 9.613/1998 e foram promulgadas as Lei Complementares 104 e 105 de 2001 no sentido da flexibilização dos sigilos bancário e fiscal que fossem punidos os FRAUDADORES (sonegadores de tributos).

5. A INFLAÇÃO IMPEDINDO A APLICAÇÃO DA CONTABILIDADE DE CUSTOS

Como a hiperinflação vivida nas décadas de 1970 e 1980 impedia a perfeita utilização da CONTABILIDADE DE CUSTOS, ninguém a praticava. Afinal, era trabalho inútil. Naquela época era mais praticado o chamado de Custo Padrão baseado em estimativas corrigidas mensalmente com base nos índices inflacionários oficiais.

Para corrigir os preços a serem cobrados dos consumidores bastava que os empresários (PATRÕES) corrigissem as suas tabelas de preços com base na cotação do dólar ou com base nas previsões de inflação veiculadas pelos economistas ortodoxos meios de comunicação. Essa constante prática alimentava a inflação e às vezes até aceleravam a subida dos índices inflacionários.

Ou seja, para as suas respectivas seguranças, os empresários usavam o dobro do percentual de inflação veiculado pelos economistas ortodoxos para remarcação dos preços a ser cobrados dos consumidores. Assim, no início da década de 1990 os altos índices de inflação continuavam a ocorrer. Quando Collor de Melo assumiu o Governo em março de 1990, a inflação estava em 80% ao mês. Utilizando-se de tais índices estimados pelos sabichões, nas lojas do comércio varejista frequentadas pelo povão, os preços eram reajustados semanalmente.

Os consultores econômicos de modo geral diziam (e ainda dizem) que a principal razão da existência da inflação (sempre repetindo) é o salário do trabalhador e os encargos sociais patronais (trabalhistas e previdenciários).

Mas, a CONTABILIDADE DE CUSTOS nos ensina que todos os custos empresariais devem ser repassados ao consumidor final. Portanto, é mentira (falácia) quando os PATRÕES dizem que as empresas pagam muitos impostos. As empresas são meras agentes arrecadadoras de tributos pagos pelo consumidor final. Assim sendo, os empresários (os PATRÕES) só pagam tributos quando estão na condição de consumidores.

Justamente por ainda pensarem da mesma forma, os indiretos patrões desses consultores econômicos queriam uma Reforma Trabalhista, com redução ou eliminação dos DIREITOS SOCIAIS DOS TRABALHADORES para transformá-los em escravos ou semi-escravos.

É preciso salientar que escravo não recebe salário para consumir. Por isso houve a estagnação da economia mundial durante a IDADE MÉDIA, quando prevalecia o REGIME FEUDAL. Naquela época os VASSALOS produziam apenas para deleite de seus senhorios.

No Brasil os Senhores Feudais eram chamados de CORONÉIS, enquanto na Inglaterra já existia a Revolução Industrial. A Independência do Brasil foi reconhecia pela Inglaterra para que eles pudessem levar daqui as matérias-primas necessárias à sua Segunda Revolução Industrial.

Então, por aqui a inflação sempre existiu, porque tornou-se rotina estabelecer os preços internos com base nos produtos importados ou na cotação especulativa estabelecida nos pregões das Bolsas de Valores. São esses os preços adotados como lógicos pelos nossos economistas ortodoxos (arcaicos). É o que vinha acontecendo paulatinamente e chegou novamente ao seu ápice com Michel Temer, que deixou  para Jair Bolsonaro essa honraria (neste caso, distinção que enobrece um escravocrata).

A bem da verdade é preciso deixar claro que na terra dos antecedentes de MICHEL TEMER, 75% da população vive na extrema miséria, o que também acontece na Síria. E quando os mais ricos daquelas bandas ficam doente, eles têm no Brasil os hospitais que lá não têm.

Veja o texto Queremos os Ricos no Governo.

Entre os defensores de tais teses esdrúxulas (escravocratas) estão os citados economistas que receberam o Prêmio Nobel de Economia em 2010. Eles defenderam claramente a diminuição dos direitos sociais dos trabalhadores, dizendo que estes abusam desses direitos. Donde se depreende que, adotando como normais as práticas escravagistas de seus patrões (os mais ricos extremistas de direita), querem de fato transformar os trabalhadores em escravos.

Veja o texto Reforma Trabalhista - Caminhando para o Trabalho Escravo.

6. OS PROBLEMAS CAUSADOS PELA HIPERINFLAÇÃO

NBC-TG-42 - Contabilidade em Economia com Hiperinflação

Como nada dava resultado no combate à inflação, os gestores de nossa política econômica simplesmente adotaram uma tática suicida. Acabaram com a produção e com o consumo no Brasil. Para isso, como anunciou o Ministro Rubens Recúpero ("pela parabólica") na TV Globo, criaram uma nova moeda e incentivaram a importação pela classe social mais rica mediante a supervalorização de nossa moeda.

Em razão dessa supervalorização da nossa moeda (US$ 1,00 era igual a R$ 1,00), durante o Governo FHC, as empresas exportadoras fecharam suas portas e demitiram seus funcionários. Assim, houve o desemprego em massa, cuja taxa chegou a 20% com a consequente redução do consumo, o que gerou mais desemprego ainda.

Obviamente, sem produção e sem consumo, o caos econômico e social provocado pelas medidas de combate, acabou com a inflação. Mas, quebrou o Brasil, que ficou extremamente endividado. Como as exportações eram menores que as importações, aconteceu o déficit externo (déficit no Balanço de Pagamentos) contrabalançado pela contratação de empréstimos externos.

É o que vem acontecendo com os países do Hemisfério Norte Ocidental (filiados à OTAN) tidos como ricos e desenvolvidos. Estes, desde a década de 1980, a partir da implantação do NEOLIBERALISMO de Ronald Reagan e Margaret Thatcher, têm suas importações superiores às exportações, com elevados déficits em seus Balanços de Pagamentos, porque os empresários partidários daquele neoliberalismo foram explorar o trabalho escravo em países asiáticos, especialmente nas antigas colônias inglesas, cujos territórios foram devolvidos à China.

Em tese, a inflação verdadeiramente só existirá quando a oferta de produtos ao consumidor não for suficiente para atender à demanda (ao consumo). Por isso os gestores de nossa política econômica, daquela década perdida, dizimaram a galinha dos ovos de ouro do capitalismo, ou seja, exterminaram o consumidor brasileiro, criando alto índice de miséria que pôde ser observado com o aumento das favelas, da criminalidade e da economia informal.

Veja o texto A Economia Informal e a Autorregulação dos Mercados

Em 2011, um grupo de desafetos da política governamental, adotada para tirar os trabalhadores da miséria, tentou e  novamente conseguir justificar a volta da inflação sob a alegação de que os salários e o pleno emprego eram os vilões.

7. CUSTO FIXO - PRODUÇÃO EM LARGA ESCALA X PRODUÇÃO EM BAIXA ESCALA

Se um produto fabricado em larga escala (100% da capacidade de produto) tiver essa escala de produção reduzida 20%  em razão do desemprego em massa e ainda em razão da inadimplência dos consumidores desempregados, obviamente os CUSTOS FIXOS por unidade fabricada serão cinco vezes maiores.

O simples fato de ter sido reduzida a quantidade produzida já resulta em potencial inflação porque o empresário produtor será obrigado a aumentar o preço a ser cobrado do consumidor final, para que não acumule prejuízos. Quanto maior for o período de baixa produção, maior será o acumulo de prejuízos, se não forem reajustados (aumentados) os preços cobrados do consumidor final.

Assim sendo, podemos afirmar (sem medo de errar) que o menor consumo popular, causado pelos economistas ortodoxos, também é altamente gerador de inflação. Ou seja, o desemprego em massa e a inadimplência, provocada pelas políticas econômicas ortodoxas, inegavelmente são as grande causadoras e alimentadoras da inflação.

8. OS CUSTOS OPERACIONAIS E A CONTABILIDADE DE CUSTOS

Num texto obtido na Internet em 2011, podemos observar claramente que os executivos (verdadeiros capatazes dos acionistas controladores das empresas), ou os seus patrões, nunca mencionam a utilização da contabilidade de custos em suas empresas.

Na verdade são poucas as empresas que verdadeiramente a adotam. Por esse motivo não conseguem enfrentar a concorrência e ficam sem saber quais dos seus produtos estão de fato apresentando prejuízos e não os lucros desejados.

Tais empresários na realidade querem aumentar seus preços simplesmente porque alguns foram de fato aumentados. Então, como alguma matéria-prima aumentou 20%, acham que os preços de venda de seus produtos também devem aumentar em 20%.

Não é bem assim que os custos de manifestam na prática, como pode mostrar a contabilidade de custos, se científica e tecnicamente for adotada.

Exemplo simplório:

Se o preço de venda ao consumidor de determinado produto for igual a R$ 100,00 (100%) e determinada matéria-prima utilizada consome 5% (R$ 5,00) de seu preço final (ao consumidor), significa que aquele aumento de preço da matéria-prima influenciou com um aumento de 1% no preço final.

Por quê?

Porque, sendo o consumo daquela matéria-prima correspondente a 5% do preço ao consumidor (100%), os 20% de acréscimo na matéria-prima corresponderão a 20% sobre 5% = 1% do preço final.

De forma semelhante é calculado o índice de inflação oficial. Ele é calculado pela média dos reajustes de preços ocorridos. E, cada um daqueles produtos com seus preços reajustados têm um índice de consumo popular nunca cesta de produtos pré-determinados, como por exemplo os da "Cesta Básica".

Supondo-se que para fabricação daquele determinado produto só houve aquele mencionado aumento de preço, o seu preço final só deve ser aumentado em 1%, ou seja, em vez de vendido por R$ 100,00, o produto deve ser vendido por R$ 101,00.

Mas, por ignorância técnica e científica, os despreparados empresários (sem estudos) querem aumentar aquele produto em 20%. Isto é, querem passar a vender aquele mesmo produto por R$ 120,00 com ganho extra de R$ 19,00.

Talvez os empresários ajam dessa forma não por mera burrice (ignorância técnico-científica) ou por simples esperteza (inescrupulosidade). Afinal, usando tal raciocínio logicamente equivocado, os empresários e suas empresas passam a ter mais lucros (rendimentos). Então, a publicação obtida na internet em 2011 serve como uma falsa justificativa para o aumento de preço pretendido.

No caso do aumento do preço dos combustíveis, durante o Governo Bolsonaro, é alegado que a escolha dos preços meramente especulativo praticado no pregão das Bolsas de Valores, baseou em método implantado durante o Governo de Dilma Russeff. Ou seja, foram buscar no Governo Dilma justamente o malfeito por seu economista empossado como Ministro da Fazenda (Joaquim Levy), que substituiu o ex-ministro Guido Mantega.

Ainda, a bem da verdade, o que mais pressiona o preço final de um produto não é a matéria-prima. No caso dos combustíveis, a matéria-prima é o petróleo bruto. O que mais interfere no preço final de qualquer produto é o lucro dos fabricantes dos derivados daquela matéria prima, com a soma dos lucros obtidos (ou desfrutados) pelos empresários intermediadores.

Quanto maior for o número de intermediadores até a chegada do produto ao consumidor final, maior será o seu preço cobrado do povo (do trabalhador e de seus dependentes). Esse custo de intermediação, incluindo-se os tributos incidentes, geralmente chega a mais de 80% do preço final do produto em si, que é o preço pelo qual foi colocado no almoxarifado do fabricante, antes da sua venda aos mencionados intermediadores.

Isto significa que no momento em que o produto sai da linha de fabricação (industrialização) e é colocado no estoque para venda (comercialização), ele tinha o custo de produção de R$ 20,00 e depois poderá chegar ao consumidor por R$ 100,00 (cinco vezes mais). Então, ainda podem ser adicionados a esse produto outros valores como os gastos com propaganda, transporte, embalagens, estocagem e ainda os elevados custos das mordomias dos controladores das empresas e de seus executivos (CEO).

Essa simbólica proporção não acontece com todos os produtos, alguns podem ter carga inflacionária menor, quando houver alta rotatividade dos estoques. Porém, existem alguns que chegam ao consumidor até 10 vezes mais caros que o seu efetivo custo de produção. Geralmente são produtos com baixa rotatividade de seus estoques ou mais rapidamente perecíveis. Isto é, são produtos que ficam na prateleira por longo espaço de tempo, além de ocuparem maior espaço para armazenamento e nas empresas varejistas para exposição ao consumidor final.

Veja as "mentiras" (falsas alegações) dos empresários, comentadas no texto publicado em 22/03/2011com base em outro publicado pelo jornal O Estado de São Paulo.em 19/03/2011.







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