REI REINA, MAS NÃO GOVERNA
NOVO GOLPE INSTITUCIONAL - COISA ANTIGA COM NOVA FORMA DE FAZER
São Paulo, 08/04/2020 (Revisada em 16/03/2024)
Referências: Monarquia, Parlamentarismo.
É PRECISO RIR, PARA NÃO CHORAR
No Brasil, a sua Constituição Federal de 1988 indiretamente implantou um SISTEMA PARLAMENTARISTA em que o Presidente da República precisa ser efetivamente aceito pelo Congresso Nacional, independentemente da vontade de seus respectivos eleitores. Isto seria ótimo se todos os parlamentares fossem exemplares Representantes do Povo, assim como, o Presidente da República.
Mas, muitos desses eleitos são FALSOS REPRESENTANTES DO POVO. Eles apenas representam grupos econômicos, famílias e amigos que financiaram ou apoiaram suas campanhas eletivas.
Seria algo parecido com a função dos meios de comunicação, vulgarmente chamados de MÍDIA. Os dirigentes desse setor (da comunicação falada, impressa e televisada) apenas publicam aquilo que seus ANUNCIANTES permitem publicar.
Portanto, quem de fato manda (governa) é o Poderio Econômico daquele grupo chamado de 1% mais rico. No Brasil seriam aproximadamente 2 milhões de pessoas. Essas pessoas, sozinhas, não têm condições de eleger ninguém. Então, optam pela contratação de LOBISTAS para convencimento dos Falsos Representantes do Povo.
Esses DETENTORES DO PODERIO ECONÔMICO preferem um sistema institucional anárquico do tipo: SE HÁ GOVERNO, SOU CONTRA! Por isso querem a privatização do Patrimônio Nacional para que o País seja transformado num grandioso FEUDO em que os restantes 99% membros populacionais sejam os seus VASSALOS (únicos obrigados ao pagamento de tributos).
Por isso, passou a existir a tal DECLARAÇÃO DOS DIREITOS DE LIBERDADE ECONÔMICA. Ou seja, a Lei 13.874/2019 em tese anulou as primordiais funções do CADE - Conselho Administrativo de Defesa Econômica e também anulou a ação fiscalizadora das Agências Nacionais Reguladoras, entre elas o Banco Central do Brasil.
Com base no descrito, é possível observar que muitos parlamentares, durante os seus respectivos mandatos, revelam-se como FALSOS REPRESENTANTES DO POVO, o que também acontece com alguns nossos governantes nas nossas três esferas de governo (federal, estadual e municipal, neste rol incluindo-se o Distrito Federal).
Diante desses incontestáveis fatos, podemos afirmar que o Presidente da República é uma espécie de REI QUE REINA, MAS NÃO GOVERNA. Quem de fato governa é o PARLAMENTO (Congresso Nacional). O Povo não pode discordar da escolha de um Primeiro Ministro (o governante).
Então, conclui-se que, nesse indireto SISTEMA MONÁRQUICO PARLAMENTARISTA, o Presidente da República apenas tem a FUNÇÃO de representar o nosso PAÍS em suas relações com os demais PAÍSES.
Contudo, desde a deposição a Presidenta Dilma Russeff, essa função de Representante da Nação (nas suas relações exteriores) não vem sendo plenamente exercida pelo Presidente da República, nem pelo Ministro das Relações Exteriores. Muito pelo contrário, eles vêm criando grandes problemas a serem enfrentados pelos 99% menos favorecidos.
Então, diante dessa INÉPCIA (4. Ação absurda, fora de propósito ou incoerente), o nosso Ministério das Relações Exteriores até poderia ser EXTINTO, sabendo-se que em sua campanha eletiva o principal propósito do nosso presidente (de 2019 a 2022) era o da REDUÇÃO DA QUANTIDADE DE MINISTÉRIOS. Essa redução causou grandes transtornos. A confusa reestruturação causou grandes dificuldades administrativas, principalmente com a criação do super ministério da economia, totalmente atabalhoado. Diante disto, o presidente chegou a dizer que, até o final de seu mandato, o Brasil poderia ter mais ministérios do que os existentes na sua posse.
Em razão desse impedimento de livremente governar, os extremistas de direita (absolutistas e escravocratas) querem o fechamento do Congresso Nacional, com a consequente extinção da Suprema Corte, não somente no Brasil como também nos demais países que têm regimes presidencialistas. Nos sistemas parlamentaristas, o primeiro ministro (quem realmente governa) é escolhido pelo PARLAMENTO (Congresso Nacional).
Repetindo, com a adoção do sistema parlamentarista, o Presidente da República (assim como o monarca) apenas representa o País em suas relações com os demais Países, o que não vem acontecendo no Brasil desde a deposição da Presidenta Dilma Russeff.