O BRASIL E O SEU ETERNO PIBINHO
OPOSITORES AO GOVERNO FEDERAL COMEMORAM O BAIXO PIB DE 2013
São Paulo, 01/03/2014 (Revisado em 22-03-2024)
Referências: Contabilidade Criativa, Máscara das Estatística, Manipulação do PIB - Produto Interno Bruto dos Países Desenvolvidos.
MAIS UMA VEZ A MÁSCARA DAS ESTATÍSTICAS
Por Américo G Parada Fº - Contador - Coordenador do COSIFE
Já que estamos em pleno carnaval, vamos novamente falar sobre a Máscara das Estatísticas.
O PIB - Produto Interno Bruto dos países desenvolvidos continua crescendo mesmo depois da eclosão da Crise Mundial de 2008. E essa não foi a primeira crise deste Século XXI. A primeira aconteceu logo depois da virada do Milênio. Em seguida, para combater a irresponsável atuação dos executivos e dos acionistas controladores das empresas de capital aberto, foi sancionado o SOX - Sarbanes Oxley Act nos Estados Unidos da América.
Resta-nos saber como aqueles países falidos por seus grandes empresários estão conseguindo a proeza de continuar crescendo, depois que suas antigas empresas passaram a produzir na Ásia e agora estão sediadas em paraísos fiscais, sonegando os tributos que anteriormente pagavam em seus países de origem.
Diante desses fatos, alguns consultores econômicos chegaram a dizer que o governo brasileiro também devia provocar uma recessão, para gerar alto índice de desemprego, para que assim fosse evitada a inflação causada pela falta de produção nas empresas cujos controladores se negam a vender para a classe média emergente, aquela que faz seu "rolezinho" pelos shopping centers.
Considerando-se a lógica mostrada pelos dados estatísticos e econômicos dos países desenvolvidos falidos, a recessão faria com que nosso país também crescesse.
Dilma rebateu tais afirmativas dizendo que não iria impor ao Povo brasileiro a mesma política econômica em prol da elite financeira que está levando à miséria os trabalhadores europeus e norte-americanos.
Parece piada, mas foi o que realmente disseram os economistas em defesa dos interesses particulares de seus patrões.
- Que teoria econômica é essa que proporciona índices de crescimento aos países que nitidamente estão regredindo?
- Que teoria é essa que nega crescimento aos países que de fato estão progredindo?
Os adversários políticos da Presidenta Dilma estão festejando o atual PIBinho tal como eles festejavam na época em governavam o Brasil.
Para os esquecidos é importante relembrar que até 2002 o crescimento brasileiro sempre foi muito baixo, exceto durante os governos militares, quanto o Brasil chegou à posição de 8ª potência mundial em PIB. A partir dali o Brasil foi regredindo até que chegou ao fundo do poço em 2002, quando chegamos à 15ª posição.
É fato que a Crise Financeira nos países desenvolvidos é antiga, pois começou com a progressiva fuga de suas grandes empresas para a Ásia a partir da década de 1970. Outro grande grupo de empresas importantes quebrou neste Século XXI em razão das fraudes praticadas por seus executivos que, em vez de bem administrarem a produção, preferiram apostar no grande Cassino Global que é o Mercado de Capitais praticado no pregão das Bolsas de Valores.
Como sempre acontece, os grandes prejudicados com essa jogatina foram os acionistas minoritários das empresas que quebraram. Os Fundos de Pensão também perderam grandes importâncias. Os grandes acionistas (os magnatas) trataram de esconder a sua parte em dinheiro nas empresas fantasmas por eles criadas em paraísos fiscais.
A DESGRAÇA ENFRENTADA PELO POVO NORTE-AMERICANO
Por Américo G Parada Fº - Contador - Coordenador do COSIFE
Nos Estados Unidos, por exemplo, com o fechamento de um enorme número de importantes empresas, parte dos trabalhadores guindou para a economia informal. Muitos estão morando em acampamentos (camping), em trailers e em casas flutuantes ancoradas em marinas, enseadas e baias, lagos e represas.
Essa derrocada financeira resultou em grande índice de desemprego, porque as grandes empresas e também significativa parcela das pequenas fecharam suas portas.
Os desempregados deixaram de pagar as prestações de suas supervalorizadas residências. A enorme inadimplência quebrou bancos de créditos imobiliário que não tiveram para quem vender as residências recuperadas.
Diante da falta de arrecadação tributária causada pela recessão, cidades têm solicitado a decretação de suas falências, especialmente nos Estados Unidos, porque não têm recursos financeiros para pagamento das aposentarias e pensões de seus servidores inativos. A mais importante dessas cidades é a de Detroit, que virou um cemitério de fábricas desativadas, de residências abandonadas e de prédios públicos em ruinas.
OS BRICS FORAM AFETADOS PELA CRISE MUNDIAL DE 2008
Por Américo G Parada Fº - Contador - Coordenador do COSIFE
Em síntese, nos países desenvolvidos instalou-se um caos econômico, financeiro e social que se tornou mais visível a partir de 2008. Em razão desse fato alguns países, como o Brasil (um dos BRICS), tiveram reduzidas suas exportações, visto que os países desenvolvidos eram os maiores compradores.
Os demais BRICS (Rússia, Índia, China e África do Sul) também tiveram suas exportações reduzidas. Por esse motivo o governo brasileiro incentivou o consumo interno para que as nossas empresas exportadoras não parassem de produzir.
Agora, estudiosos preveem que em 2016 nova crise assolará aqueles países (ainda tidos como hegemônicos e desenvolvidos). O grande problema por eles enfrentado é que seus déficits interno (orçamento nacional) e externo (balanço de pagamentos) continuam a aumentar (assustadoramente).
Em razão da derrocada financeira provocada pelos negócios especulativos dos pilantras que atuavam e ainda atuam em WALL STREET, o Brasil em 2010 chegou a ser 6ª potência mundial em PIB, porque a Inglaterra regrediu para a 7ª posição no senário mundial. A Rússia vinha logo atrás da Inglaterra. Na frente do Brasil estava a Alemanha, que é o menos pior de todos os países europeus.
No ano seguinte (2011), em plena recessão, a Inglaterra voltou à 6ª posição, enquanto o Brasil em plena expansão de suas atividades foi rebaixado para a 7ª posição. Em 2012 e 2013 aconteceu o mesmo fato estranho, visto que o Brasil continuou progredindo e a Inglaterra continua visivelmente em recessão e a Alemanha também.
A escolha do Brasil para sediar a Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada de 2016 deu-se exatamente porque naquela ocasião os países desenvolvidos já se encontravam a caminho de uma grandiosa bancarrota provocada pelo fracasso da teoria neoliberal de que o capital não tem pátria.
Traduzindo, com tal afirmativa os neoliberais disseram: que se danem os governantes e povos dos países desenvolvidos com seus elevados IDH - Índice de Desenvolvimento Humano. Vamos produzir onde seja possível a exploração do Trabalho Escravo para que se possa armazenar mais lucros. Agindo desse modo, apenas 80 famílias detêm por volta de 50% de todos os bens patrimoniais existentes no mundo.
Nota-se que, mesmo em recessão, todos os países desenvolvidos cresceram em percentual mais elevados que o Brasil, demonstrando que esta faltando lógica e racionalidade nos dados estatísticos. Enxerga-se sem-vergonhice.
Os métodos de apuração precisam ser revistos. Isto é, a teoria econômica precisa ser aperfeiçoada. Está completamente desfocada das recentes ocorrências e da realidade visível. Ou seja, os resultados das análises revelam-se divergentes dos verdadeiros fatos observados.
NO BRASIL FALTA INVESTIMENTO E A PRODUTIVIDADE É BAIXA
Por Américo G Parada Fº - Contador - Coordenador do COSIFE
Com essa afirmativa de que no Brasil está faltando investimentos na produção e que a produtividade é baixa, muitos tentam justificar o tal PIBINHO, apelido disseminado pelos oposicionistas ao Governo Federal.
Considerando-se a lógica, se não há investimento, obviamente a indústria e a lavoura não estão comprando bens de produção.
Mas, ao contrário do que dizem os opositores ao crescimento do Brasil, importantes investimentos foram efetuados. Não é a toa que grandes feiras de bens de produção tem sido realizadas no Brasil. Os exibidores deixaram de lado os antigos países que as sediavam justamente porque estão falidos.
Como de fato aconteceram os investimentos, os dados fornecidos por entidades empresariais nos mostram que em quase todos os segmentos operacionais a produção aumentou significativamente.
Assim sendo, a lógica nos obriga a dizer que houve sensível aumento da produtividade, porque na lavoura a mecanização de fato proporcionou um grande aumento da produtividade, gerando desemprego no campo, cujos colonos (boias-frias) foram procurar empregos nas grandes cidades, gerando favelas.
De outro lado, com os mesmos bens de produção de outrora, o parque industrial brasileiro está produzindo mais, razão pela qual o Brasil está chegando ao pleno emprego. Desse modo não há como negar que a produtividade aumentou significativamente. Isto é, com mais turnos de trabalho, as máquinas estão produzindo duas e até três vezes mais.
Mesmo assim ocorrendo, os calculadores do nosso PIB continuam dizendo que o Brasil não está crescendo tanto quanto aqueles países que vêm enfrentando nítida recessão.
Afinal, quem está mentindo? O Brasil, digo, o IBGE daqui ou os IBGEs daqueles países que estão em recessão?
Está parecendo que todos aqueles IBGEs espalhados pelo mundo desenvolvido estão utilizando a chamada de Contabilidade Criativa, sinônimo de Contabilidade Fraudulenta, geralmente usada pelos fraudadores e pelos sonegadores de tributos.
Por Américo G Parada Fº - Contador - Coordenador do COSIFE
Para se ter a resposta para essa grande interrogação basta que se ande pelas ruas, observando determinados detalhes. Vejamos: alguns deles.
Afinal, porque o Brasil não cresce?
Pergunta-se: Onde está a lógica do PIBinho?
Responda se tiver coragem.
É claro que estão manipulando as estatísticas.
OS LÍDERES EMPRESARIAIS ESTÃO MANIPULANDO AS ESTATÍSTICAS
Por Américo G Parada Fº - Contador - Coordenador do COSIFE
Como as estatísticas podem ser manipuladas?
Inicialmente o leitor precisa notar que o governo está dizendo que o Brasil está perto do "pleno emprego". Assim sendo, as empresas estão abarrotadas de trabalhadores e o empresariado deve estar produzindo perto de 100% da sua capacidade de produção.
O "pleno emprego" também fica evidente quando alguns empresários reclamam, por meio da MÍDIA, da falta de mão de obra especializada. Essa grande demanda por vagas na indústria valorizou algumas categorias profissionais, como na construção civil.
Considerando-se que todos os trabalhadores realmente qualificados estão empregados, está havendo falha administrativa no Sistema "S" em que estão SENAI, SENAC e outras instituições de ensino mantidas pelo empresariado. Isto significa que os líderes empresariais não estão trabalhando com o devido afinco.
Veja o texto intitulado Os Culpados pela Falta de Mão de Obra Especializada.
Então, torna-se lógico supor que os líderes empresariais não estão cumprindo a sua função de promover a especialização da mão de obra. Desse jeito, o empresariado, principalmente o de menor porte, tem por mais barato contratar o funcionário pronto, que se tornou raro (e obviamente mais caro, devido à maior procura) em razão da ineficiência do Sistema "S".
Portanto, se os líderes do empresariado dizem que as indústrias não estão produzindo e também não estão vendendo, obviamente deveriam estar demitindo seus funcionários. Porém, não é isto que está acontecendo.
Diante do exposto, presume-se que as empresas estão vendendo sem a total contabilização do produzido. Desse modo a totalidade da produção também não é computada pelo IBGE, nem a totalidade das vendas efetuadas. Por esse motivo a produtividade é baixa, porque a quantidade de trabalhadores é alta, mas quantidade declarada como produzida é baixa. Sinônimo de Sonegação Fiscal = Omissão de Receitas.
A bem da verdade, em defesa do IBGE, seria preciso dizer também que aquele órgão computa os dados com base nas informações obtidas junto as entidades que lideram os principais segmentos empresariais que são: indústria, comércio, serviços (incluindo os bancos) e produção rural.
Parece lógico que as entidades ou associações de classes empresariais que lideram tais setores produtivos não estão informando ao IBGE os verdadeiros dados estatísticos por elas obtidos.
Qual seria a razão dessa sonegação de informações?
A Lei 12.382/2011 instituiu como meta, modo ou modelo para a fixação do salário-mínimo do trabalhador de 2012 a 2015 o índice de inflação anual somado ao índice de crescimento do PIB.
Então, para que o salário-mínimo não seja aumentado como deveria ser, os líderes do empresariado se apressaram em dizer que a "Folha Pagamentos" e os encargos trabalhistas estavam crescendo mais rapidamente do que suas vendas, o que reduziria seus lucros. Foi assim que o Governo Dilma promoveu a Desoneração da Folha de Pagamentos, oferecendo incentivos fiscais a alguns segmentos operacionais supostamente menos lucrativos, provavelmente mais sonegadores de tributos, mediante a Omissão de Receitas, que sempre vão para o "CAIXA DOIS".
Logo, com essas manipulações dos dados estatísticos, o salário médio do trabalhador está crescendo em índice maior que o crescimento das vendas com emissão de Nota Fiscal. Desse fato, considerando-se que a produtividade é baixa, obviamente parte da produção está sendo vendida sem a contabilização dos bens de consumo fabricados pela grande massa trabalhadora.
Então, essa parcela das vendas e dos lucros, cuja produção não é contabilizada, não está sendo informada ao IBGE, porque os recursos financeiros devem ser escondidos no "CAIXA DOIS" das empresas remetido para Paraísos Fiscais, cujo montante é geralmente utilizado pelos Lobistas para financiar e convencer políticos e funcionários públicos a defenderem os interesses mesquinhos do empresariado inescrupuloso.
Os legisladores, desconfiados de que já estava acontecendo essa explicada manipulação, no artigo 5º da Lei 12.382/2011, estabeleceram:
Art. 5º O Poder Executivo constituirá grupo interministerial, sob coordenação do Ministério do Trabalho e Emprego, encarregado de definir e implementar sistemática de monitoramento e avaliação da política de valorização do salário mínimo.
Essa é uma das razões do nosso eterno PIBinho.
Por Paulo Moreira Leite - Diretor da Sucursal da ISTOÉ em Brasília, é autor de "A Outra História do Mensalão". Foi correspondente em Paris e Washington e ocupou postos de direção na VEJA e na Época. Também escreveu "A Mulher que Era o General da Casa". O texto a seguir foi publicado por Isto É - Colunas & Blogs sem data. Edição do texto original com a colocação de negritos e comentários em azul por Américo G Parada Fº - Contador - Coordenador do COSIFE
Três dias depois da notícia [veiculada no final de agosto de 2013], ainda estou chocado com a resposta de nossos analistas de economia diante da descoberta de que o PIB teve um crescimento espetacular no último trimestre [findo em junho de 2013], chegando a 1,5%.
Se você somar os últimos 12 meses, chega-se a um índice total de 3%, o melhor desde a posse de Dilma.
Este dado torna a previsão de 3% de crescimento anual de 2013 bastante realista. Claro que nada está assegurado nas apostas econômicas nos dias atuais, quando o cenário externo é um horror e o ambiente interno exibe fissuras e sinais de [falsa] desconfiança [veiculada por entidades empresariais opositoras ao governo federal].
Ainda assim, seria razoável imaginar que nossos analistas tivessem disposição para bater no peito e fazer autocrítica de forma clara e absoluta. Ninguém enxergou uma dinâmica que se movia na indústria, no comércio, nos serviços... [Preferem dizer que o Brasil não está crescendo e somente os países que enfrentam uma longa recessão neste Século XXI estão crescendo]
Ninguém precisa chegar às humilhações da escola stalinista, que formaram tantos analistas convertidos ao conservadorismo na idade adulta, mas seria razoável admitir que seus termômetros perderam a confiabilidade.
Nada disso. A reação padrão [desses analistas opositores ao governo central] é apresentar uma serie de poréns, mases, todavias, contudos, para o futuro.
Um deles chegou a escrever, como se fosse uma professorinha de primário segurando a palmatoria, que “finalmente” a economia cresce.
Finalmente? O pessoal passou os últimos meses anunciando que o país estava à beira do abismo e agora estamos no “até que enfim”?
É certo que esse ritmo de 1,5% não será mantido nos próximos meses. Ninguém imagina isso.
Isto não significa que o Brasil não tenha condições de crescer. O problema é que os principais clientes ou fregueses do Brasil, que são os países desenvolvidos, vão de mal a pior. Isto faz com que o Brasil exporte menos. Em razão dessa realidade, o Brasil tem exportado menos do que está sendo importado. Isto gera os chamados déficits em conta corrente. Se esses déficits perdurarem por muitos anos, o Brasil pode chegar à mesma condição enfrentada pelos países desenvolvidos neste Século XXI, que agora são países falidos.
Mas o esforço para transformar a economia num alvo fácil para o ataque da oposição em 2014 torna-se mais difícil.
Ao fazer uma aposta econômica errada, nossos analistas cumprem um papel complicado [digamos, impatriótico, como aquele defendido pelos neoliberais de que "O Capital Não Tem Pátria"].
Num universo em que a confiança cumpre uma função essencial, os maus profetas ajudam a transformar o bom em regular, o regular em ruim, o ruim em péssimo.
Criam um ambiente de desânimo, de falta de vontade, de descrédito. Isso é ruim para o País. Mas, que se dane o País, eles Não Têm Pátria.
Com tais boatos e práticas inconsequentes, a agenda muda. O sujeito que ia ao banco para fazer um empréstimo para ampliar seu investimento para no meio do caminho. Aquele que iria contratar uma nova leva de funcionários coloca as barbas de molho.
Os aumentos de salário ficam mais difíceis, as negociações sindicais se mostram mais difíceis e emperradas.
Este é o problema.
SUPERÁVIT PRIMÁRIO BRASILEIRO É UM DOS CINCO MAIORES DO MUNDO
Manchete: O país [Brasil] é o único, além da Arábia Saudita, que mantém, ao longo de toda a série, um primário positivo e superior a 1% do PIB.
Por Carlos Drummond — publicado 07/03/2014 por Carta Capital - Economia. Edição do texto original com a colocação de negritos e comentários em azul por Américo G Parada Fº - Contador - Coordenador do COSIFE
Ao contrário do que propala a maior parte das instituições financeiras e a grande mídia, o superávit primário brasileiro não é baixo. Comparado aos principais países da América Latina e aos do G20, está entre os cinco mais elevados, desde 2010, segundo levantamento feito pelo economista Daniel Keller de Almeida, sócio da Creta/Nobel Planejamento.
O superávit primário brasileiro é o mais alto da amostra no ano de 2010 (Em percentual sobre o PIB - Veja quadro abaixo).
Em 2011, o superávit primário brasileiro só era inferior ao da Arábia Saudita.
Em 2012, o Brasil foi o quinto maior e em 2013, o terceiro mais elevado.
“O Brasil apresenta uma grande constância deste resultado. É o único país, além da Arábia Saudita, que mantém, ao longo de toda a série, um primário positivo e superior a 1% do PIB”, diz Keller de Almeida.
O economista Keller de Almeida destaca que a combinação de superávit primário elevado com taxas de juros muito altas (as do Brasil são as maiores do mundo) resulta em um impacto negativo sobre o crescimento do PIB.
PAÍSES | SUPERÁVIT PRIMÁRIO | INFLAÇÃO 2013 (3) % |
PIB
2013 Em Milhões de US$ |
|||
2010 % |
2011 (1) % |
2012 (2) % |
2013 (3) % |
|||
AMÉRICA LATINA | ||||||
Argentina | 1,6 | -0,5 | -0,9 | -1,3 | 10,8 | 474.812 |
BRASIL | 2,5 | 3,2 | 2,2 | 1,9 | 5,9 | 2.673.580 |
Chile | -0,3 | 1,5 | 0,7 | -0,5 | 2,6 | 268.278 |
Colômbia | -1,6 | -0,1 | 1,8 | 0,7 | 2,4 | 365.402 |
México | -- | -- | -- | -- | 3,3 | 1.162.891 |
Peru | 0,9 | 3,0 | 3,0 | 1,1 | 2,8 | 200.292 |
Uruguai | 1,6 | 2,0 | -0,2 | 0,6 | 8,9 | 49.716 |
GRUPO G-20 | ||||||
África do Sul | -2,7 | -1,5 | -2,1 | -2,1 | 5,7 | 390.919 |
Arábia Saudita | 2,5 | 12,1 | 14,9 | 9,3 | 3,8 | 657.049 |
Austrália | -4,8 | -3,9 | -3,0 | -2,4 | 2,2 | 1.542.055 |
Canadá | -4,3 | -3,3 | -2,8 | -2,8 | 1,5 | 1.770.084 |
China | -- | -- | -- | -- | 3,0 | 8.250.241 |
Coreia do Sul | 0,9 | 1,0 | 1,2 | 0,5 | 1,8 | 1.151.271 |
Estados Unidos | -8,9 | -7,6 | -6,1 | -3,6 | 1,2 | 15.653.366 |
Índia | -4,2 | -4,2 | -3,6 | -3,8 | 9,0 | 1.946.765 |
Indonésia | -- | -- | -- | -- | 9,5 | 894.854 |
Japão | -8,6 | -9,1 | -9,3 | -8,8 | 0,7 | 5.984.390 |
Reino Unido | -7,4 | -5,0 | -5,6 | -4,7 | 2,7 | 2.585.779 |
Rússia | -3,1 | 1,9 | 0,8 | -0,2 | 6,2 | 1.953.555 |
Turquia | 0,7 | 2,0 | 1,2 | 0,7 | 8,0 | 783.064 |
Alemanha | -2,0 | 1,1 | 2,3 | 1,7 | 1,6 | 3.336.651 |
França | -4,8 | -2,8 | -2,5 | -2,0 | 1,0 | 2.875.000 |
Itália | 0,0 | 1,0 | 2,3 | 2,0 | 1,3 | 1.980.448 |
Fonte: FMI Legenda: (1) Estatística do FMI para Uruguai (2) Estatística do FMI para Uruguai, Japão e Índia (3) Estatística do FMI para todos os países |
NOTA DO COSIFE:
Diante da frase "a combinação de superávit primário elevado com taxas de juros muito altas resulta em um impacto negativo sobre o crescimento do PIB",seria necessário destacar que os juros pagos aos ricos detentores de títulos públicos brasileiros é tirado dos tributos arrecadados do nosso Povo.
Assim sendo, pelo menos em tese, os impostos pagos pelo Povo brasileiro vão em parte para os bolsos dos mais ricos capitalistas. Segundo as estatísticas, apenas 20 mil pessoas são detentoras de 80% dos títulos públicos emitidos pelo Brasil.
Explicando-se de outro jeito poderíamos dizer que esse indireto desfalque nos Cofres Públicos, legalmente proporcionado pelas altas taxas de juros, é entregue aos mais ricos investidores em Títulos Públicos.
Obviamente esse dinheiro desfalcado dos tributos fica faltando para população menos favorecida, que além de não ter emprego e salários dignos para plena sobrevivência, também deixa de ter as verbas que deveriam ser aplicadas na saúde pública, na educação elementar e de nível médio, deixando de ser destinada também para o saneamento básico e para a construção de moradias populares.
Conforme dizem os opositores ao Governo Central, pelo menos 35% do PIB brasileiro é arrecadado na forma de tributos. Por sua vez, uma planilha publicada pelo Banco Central menciona que em janeiro de 2014 a divida pública brasileira seria em valor correspondente a 33% do PIB.
Assim, a dívida pública brasileira equivale ao arrecadado em tributos durante um ano. Então, sendo a taxa básica de juros por volta de 10% ao ano, perto de 3% do nosso PIB anual está sendo entregue para os mais ricos de nossos capitalistas (cerca de 20.000 ou 0,001% da população).
Isto significa que, em razão do recebimento dos juros, essa extrema minoria privilegiada fica totalmente isenta de tributação sobre os seus outros negócios empresariais.
Em razão do dito pelo economista entrevistado pela Revista EXAME, poderíamos supor que as altas taxas de juros pagas pelo Brasil, além de tornarem legal um desfalque anualmente praticado nos nossos Cofres Públicos, também são um desfalque no nosso PIB - Produto Interno Bruto, que assim deixa de ser pelo menos 3% maior.
Entretanto, se o Governo deixar de pagar essa altíssima taxa de juros, os detentores do Grande Capital provocam uma artificial inflação nos produtos consumidos pelo Povo, como forma de pressionar o aumento da taxa de juros. Então, diante da repentina elevação da inflação, os Lobistas do Grande Capital passam a convencer os membros do COPOM - Comitê de Política Monetária de que o aumento da taxa de juros é a solução para todos os nossos problemas.
A verdadeira solução para os nossos problemas seria o confisco dos bens de todos esses falsários.
IBGE PROMETEU REVER O CÁLCULO DO PIBINHO
Por Américo G Parada Fº - Contador - Coordenador do COSIFE
Num jornal que não quer ser identificado, foi publicada em 22/04/2014 a matéria denominada "Ajuste de Cálculo do IBGE Deve Elevar PIB". Ou seja, depois de também conseguirem ver nas páginas deste COSIFE que de fato o Brasil cresceu proporcionalmente mais que os países desenvolvidos falidos a partir de 2008, o IBGE resolveu rever os seus cálculos.
O incógnito jornal explica ainda que o Ministro Guido Mandega no final de 2012 já havia reclamado do baixo PIB do 3º trimestre daquele ano. Continua explicando que em 2013 a presidenta Dilma reclamava de idêntico fato.
Por sua vez, os oposicionistas ao Governo brasileiro dizem que o IBGE está manipulando os índices para cima. Eles acham que mesmo com o visível crescimento em todas as áreas produtivas, o atual índice de crescimento brasileiro deve ser inferior aos verificados no final no Século XX, quando o Brasil enfrentava alto índice de desemprego (20%), ausência de reservas monetárias (a lavagem de dinheiro corria solta) e de superávits primários inexistiam. Naquela época, o Brasil tinha importações maiores que as exportações e o Risco Brasil (cálculado pelos investidores internacionais) era o maior do mundo. Isto é, o Brasil era o país com mais alto risco de chegar à falência, diante da negativa política econômica naquela época praticada.
Mas, diante das comparações feitas nesta página COSIFE, parece evidente que alguém está manipulando os índices para baixo. E as suspeitas recaem sobre os líderes do empresariado que estão entregando ao IBGE as estatísticas já manipuladas para baixo, para evitar que o salário-mínimo tenha alto índice de reajuste até 2015. Isto é, os representantes do nosso empresariado definitivamente não querem que o nosso Povo viva melhor.