ASPECTOS CONTÁBEIS E OPERACIONAIS
PADRON - PLANO DE CONTAS PADRONIZADO
SUMÁRIO:
Por Américo G Parada Fº - Contador - Coordenador do COSIFE
1. INTRODUÇÃO
Em qualquer tipo de atividade operacional ou objeto social, no Plano de Contas utilizado na escrituração contábil serão utilizadas basicamente as contas geralmente conhecidas por todo contabilista, que estão nos grupamentos do ATIVO CIRCULANTE, do ATIVO NÃO CIRCULANTE ( Realizável a Longo Prazo e Ativo Permanente), do PASSIVO CIRCULANTE, do PASSIVO NÃO CIRCULANTE (Exigível a Longo Prazo e Resultados de Exercícios Futuros) e do PATRIMÔNIO LÍQUIDO.
Essas contas genéricas podem ser obtidas em nosso Plano de Contas Padronizado - PADRON com os seus respectivos subtítulos.
Basicamente a real diferença entre a contabilidade dos diversos tipos de entidades, segundo as suas respectivas atividades, estará no detalhamento das contas a partir do quarto grau do plano contábil, principalmente nas contas representativas de custos, despesas e receitas, que serão subdivididas em centros de custeamento, a partir dos quais serão apurados os resultados por unidades produtivas da entidade e até por produto.
2. ESTRUTURAÇÃO DO PLANO DE CONTAS
Vejamos o exemplo da divisão do Plano de Contas em graus (ou níveis):
1º Grau: Ativo, Passivo
2º Grau: Ativo Circulante, Ativo Não Circulante (Realizável a Longo Prazo, Ativo Permanente), Passivo Circulante, Passivo Não Circulante (Exigível), Patrimônio Líquido e Contas de Resultado (Receitas, Custos e Despesas).
3º grau: no Ativo Circulante: Disponibilidades, Créditos, Estoques...
4º grau: nas Disponibilidades: Caixa, Bancos - Conta Movimento, Aplicações em Moedas Estrangeiras...
5º grau: em Bancos - Conta Movimento: Subtítulos com os nomes dos bancos
6º grau: em Bancos - Conta Movimento - Bancos - Diversas contas movimento em um mesmo banco.
As subdivisões até terceiro grau geralmente são utilizadas apenas na publicação de balancetes mensais e balanços patrimoniais. As subdivisões a partir do quarto grau são sempre utilizadas para detalhamento de uso interno.
Alguns autores usam como primeiro grau o Ativo e o Passivo e depois, como segundo grau, as subdivisões destes, que aqui classificamos como 1º grau.
Da mesma forma como devemos dividir as receitas, custos e despesas por centros de custeamento, também devemos proceder a subdivisão dos Estoques (no Ativo Circulante) por centro de custeamento e ainda a subdivisão do Imobilizado de Uso e do Diferido (no Ativo Permanente).
Veja no Esquema Básico para Estabelecimento dos Centros de Custeamento como podem ser alocados e controlados os demais Centros de Custeamento subalternos.
A subdivisão dos Estoques visa controlar as matérias primas, os insumos, as peças e os componentes de conformidade com a finalidade a que se destinam e também porque, devido às suas características, talvez devam ficar em almoxarifados separados.
Veja no PADRON o grupamento relativo aos ESTOQUES.
5. CONTROLE DO IMOBILIZADO DE USO
A subdivisão do Imobilizado de Uso será feita de forma a possibilitar a apropriação dos bens aos centros de custeamento onde estão instalados. Assim se procede também com os gastos pré-operacionais constantes do Diferido, como os pagos por Franquias e Fundos de Comércio, Benfeitorias em Imóveis de Terceiros e Ágios que serão amortizados por centro de custeamento.
Veja o texto O Controle do Ativo Fixo e a Contabilidade de Custos. Veja as Normas Técnicas - Gerais:
Sobre as recentes alteração na Classificação do Ativo Permanente, veja no PADRON o destino dos valores que eram lançados no DIFERIDO e passaram a ser contabilizados no INTANGÍVEL.
6. OUTROS CENTROS DE CUSTEAMENTO
Com a implantação dos citados centros de custeamento, os resultados poderão ser apurados por unidade fabris, comerciais ou prestadoras de serviços, por departamentos, por seções, por produto ou serviço, entre outros. Os custos fixos e os variáveis indiretos serão rateados, como por exemplo os de conservação, manutenção e limpeza das instalações e ainda os custos de lavanderia e rouparia, telefonia, energia elétrica, consumo de água, gás, entre muitos outros.
Exemplos de centros de custeamento podem ser observados no tópico correspondente à Implantação da Contabilidade de Custos.
Os primeiros procedimentos que a contabilidade de custos necessita são:
I - Auditoria analítica das operações por setores ou departamentos e seu relacionamento com os demais
II - Organograma geral das atividades e de cargos com os respectivos relacionamentos com departamentos, divisões e seções.
Ambos são necessários para que se saiba a quem está subordinado cada um dos setores operacionais e que tipo de serviço prestam ou obtêm dos demais.
7. ORGANOGRAMAS PROPORCIONADOS PELA AUDITORIA ANALÍTICA
Partindo-se desses organogramas será estabelecida a estrutura de custeamento e de receitas de cada setor operacional com a finalidade principal de se ter controles eficientes e de se obter o resultado (lucro ou prejuízo) de cada unidade operacional para servir de base para tomada de decisões administrativas e à fixação de preços de comercialização.
Dessa distribuição podemos perceber que as receitas terão a alocação facilitada. O grande problema está na alocação dos custos, principalmente os fixos e variáveis indiretos e das despesas, quando dependem do rateio entre outros setores operacionais.
Existem várias formas de se efetuar o rateio de despesas e custos indiretos. Os gastos com energia elétrica podem ser calculados com base na quantidade de watts consumidos por lâmpadas e pelos demais equipamentos utilizados em cada centro de custeamento. Outros gastos indiretos podem ser rateados proporcionalmente à energia consumida ou à receita obtida.