COMÉRCIO EXTERIOR - IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO
7.3 - GESTÃO DE LOGÍSTICA EM TRANSPORTE E ARMAZENAMENTO (Revisado em 28-03-2024)
Veja também:
Por Américo G Parada Fº - Contador - Coordenador do COSIFE
7.3.1 - INTERNATIONAL BUSINESS PLAN - PLANO DE NEGÓCIOS INTERNACIONAIS
Os Planos de Negócios Internacionais são efetuados por executivos especializados na analise ou no descobrimento de possibilidades de exportação.
A análise comparativa dos negócios disponíveis deve ser feita levando-se em consideração diferentes mercados internacionais para o mesmo produto, levando em consideração também as características econômico-financeiras dos mercados importadores, com o intuito de se definir quais teriam maior potencial para aquisição dos produtos a serem exportados.
Em segundo estágio, o executivo deve tentar exportar para os demais mercados, que foram considerados à primeira vista como menos satisfatórios.
Em caso de exportação de produtos populares (de grande consumo), seria melhor a procura de um sócio no país importador, para constituição de uma "joint venture", que no Brasil é conhecida como "sociedade em conta de participação", descrita no Código Civil Brasileiro, ou como "empreendimento controlado em conjunto", conforme define a pertinente NBC - Norma Brasileira de Contabilidade.
No site do SEBRAE estão disponíveis informações complementares para elaboração do Plano de Negócios Internacionais, especialmente dedicados às microempresas ou empresas de pequeno porte.
7.3.2 - GESTÃO DE LOGÍSTICA NO COMÉRCIO EXTERIOR
Na gestão da logística no comércio exterior entram diversos fatores começando pelo preço do produto, que depende da forma e do meio de entrega que será utilizado pelo exportador até chegar ao importador.
Na já mencionada tabela, denominada como INCOTREMS, estão as siglas e os significados de como as mercadorias podem ser exportadas ou importadas. De conformidade com os meios de transporte do produto a ser exportado, o custo de todo esse processo de exportação deve ser perfeitamente planejado e mensurado, para evitar eventuais prejuízos.
Os contadores podem se tornar experientes consultores nessa área (contabilidade de custos da logística nas importações e exportações).
É importante lembrar ou relembrar que a logística é uma das mais antigas técnicas de abastecimento e distribuição, usado pelas forças armadas em campos de batalha desde a antiguidade. Os destacamentos nas frentes de batalha deviam ser perfeitamente abastecidos não somente de armas e munições como também de alimentos, medicamentos e muitas outras necessidades primárias e secundárias.
Portanto, o exportador deve agir como o intendente (militar) que não pode deixar a guerra ser perdida por falta de abastecimento da tropa em tempo hábil.
A tropa, neste exemplo, é o importador lá no exterior. O simples fato de a mercadoria ir fora das especificações pode resultar na sua devolução. Assim, todo o custo (prejuízo) desse processo de ida e volta ficará para o exportador.
Isto também acontece nas vendas internas, quando a empresa despreza o seu setor de armazenamento e distribuição.
Neste COSIFE existe um roteiro de pesquisa e estudo sobre Armazéns Gerais. São utilizados por exportadores, especialmente os Armazéns Alfandegados ou Alfandegários (Porto Seco), que são credenciados pela Receita Federal.
Aos exportadores inexperientes é recomendada a leitura da página deste COSIFE intitulada Comércio Exterior - Aspectos Operacionais - Aprendendo a Exportar.
No site da Receita Federal existe página destinada ao Despachante Aduaneiro, que poderá ser utilizado pelos exportadores e importadores para elucidação, relativamente aos serviços que podem ser realizados por tais profissionais.
7.3.3 - GESTÃO DE PESSOAS EM AMBIENTE MULTICULTURAL
Os métodos de Gestão de Pessoas em Ambientes Multiculturais torna-se importante quando a empresa exportadora resolve fazer investimentos no país importador.
Este seria o caso específico da contratação de representante comercial que no mercado internacional é feito mediante a constituição de Joint Venture (sociedade em conta de participação).
Outra hipótese seria a associação com empresário do país importador para que o produto final seja montado em seu território, pois a remessa das pertinentes peças seria menos onerosa que o envio do produto acabado.
Outro caso típico seria a fusão de duas empresas para fabricação de produto que teria tecnologias desenvolvidas individualmente pelas empresas fusionadas.
Estudos de casos concluíram que é grande a complexidade do processo de integração cultural em alianças estratégicas, quando as empresas em associação são originárias de países com costumes e tradições completamente diferentes.
Por isso tornam-se difíceis não somente a contratação de representantes comerciais como também e principalmente as fusões e incorporações que envolvem o relacionamento multiracial ou multicultural.