Ano XXVI - 21 de novembro de 2024

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COMPREENSÃO DO GOODWILL AO LONGO DO TEMPO



Avaliação de Empresas

COMPREENSÃO DO GOODWILL AO LONGO DO TEMPO - ASPECTOS HISTÓRICOS (Revisada em 07/03/2024)

GOODWILL, FUNDO DE COMÉRCIO OU AVIAMENTOS

SUMÁRIO:

  1. CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES DO COSIFE
  2. DEFINIÇÕES
  3. ASPECTOS HISTÓRICOS DO GOODWILL

Veja também: TEXTOS CORRELACIONADOS

  1. Ajustes de Avaliação Patrimonial - NBC - Normas Brasileiras de Contabilidade
  2. Fundo de Comércio, Aviamento Goodwill com indicação de outros textos correlacionados
  3. A Avaliação Patrimonial e o Fundo de Comércio - Avaliação de Intangíveis
  4. Avaliação de Intangíveis: Tratamento Contábil do Goodwill no Contexto Mundial

Coletânea por Américo G Parada Fº - Contador - Coordenador do COSIFE

1. CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES DO COSIFE

Por Américo G Parada Fº - Contador - Coordenador do COSIFE

Os profissionais do Mercado de Capitais geralmente vêm o GOODWILL como a possibilidade da obtenção de LUCROS FUTUROS, mas, nunca pensam nos eventuais prejuízos especialmente provocados pela má administração de executivos megalomaníacos. Estes executivos, para engabelar investidores e para maximizar seus bônus (honorários, ordenados ou slários), em operações simuladas ou dissimulas de fusão, incorporação e cisão, fabricam resultados positivos que são contabilizados como Ajustes de Avaliação Patrimonial, assim aumentando o valor patrimonial das ações negociadas nas Bolsas de Valores ou que serão negociadas mediante o lançamento de AÇÕES NOVAS (Subscrição de Capital).

Esses mencionados AJUSTES (sejam eles falsos ou não), em tese, dão maior VALOR DE MERCADO às ações negociadas nas Bolsas de Valores. Isto foi o que mais aconteceu nos Estados Unidos da América na década de 1990. Havia um exorbitante crescimento patrimonial das empresas, sem que de fato tivessem LUCROS TRIBUTÁVEIS. Em razão de falcatruas em detrimento dos pequenos e médios incautos investidores, os maus executivos indiretamente obrigaram que fosse expedido o SOX - Sarbanes-Oxley Act, que preconizava a chamada de GOVERNANÇA CORPORATIVA, que no Brasil deveria ser efetuada pelo CONSELHO FISCAL desde a década de 1940.

Em razão do SOX não ter sido dignamente observado pelos maus executivos, nova crise surgiu com â bancarrota norte-americana de 2008. Foi a crise dos SUBPRIMES. A especulação do Mercado Imobiliário norte-americano criou um BOLHA insustentável porque os imóveis passaram artificialmente a valer muitas vezes mais que o valor da construção de imóveis novos. Quando a Bolha Especulativa estourou, devido ao desemprego em massa nos Estados Unidos, os trabalhadores inadimplentes devolveram seus imóveis que quase nada valiam em comparação com o VALOR DE MERCADO inflado pelos especuladores.

2. DEFINIÇÕES

 

3. ASPECTOS HISTÓRICOS DO GOODWILL

Autor: José Luiz dos Santos - Diretor da Faculdade São Francisco de Assis - Unifin - 20/05/2005

O GOODWILL NAS ANTIGAS CAUSAS JUDICIAIS

Encontram-se indícios na literatura da especialidade, que segundo Percy Dew Leake (apud Catiett, Olson, 1968), o problema da avaliação do goodwill é muito antigo e sua aplicação em decisões judiciais existe há tempo, sendo que o primeiro registro da utilização do termo data de 1571 na Inglaterra, "I gyve to Jonh Stephen... my whole interest and good will of my Quarrell (i.e. quarry)".

Essas primeiras avaliações referiam-se a terra. Segundo Preinreich (1936:316/329), que elaborou um estudo sobre as decisões judiciais no campo do goodwill, as decisões proferidas foram sofrendo uma mudança gradativa partindo do valor relativo as terras, incluindo progressivamente o valor referente a localização do negócio, a clientela formada, a marca, a continuidade da entidade e assim sucessivamente, até chegar ao conceito atual, que é o da tecnologia da informação.

 

Conforme Catlette Olson (1968:38), os primeiros trabalhos na área contábil foram elaborados ainda no século XIX, datando de 1884 a publicação na revista The Accountant de William Harris intitulada Goodwill, referindo-se ao crescimento significativo do mesmo com o surgimento das sociedades por ações. Também em 1888 foi publicado no mesmo periódico, com o mesmo título, o trabalho de J. H. Boume, referindo-se mais ao aspecto conceituai do goodwill.

Contudo, o primeiro trabalho sistemático tendo como tema central o goodwill, surgiu em 1891, por intermédio de Francis More, que escreveu um artigo publicado na revista The Accountant, relacionado a avaliação do goodwill, iniciando assim uma nova fase do goodwill. Em 1897, Lawrence R. Dicksee publicava em Londres, "goodwill and its treatment in ac'counts", enfocando o assunto mais do ponto de vista do seu tratamento contábil, ressaltando também os riscos de ativar o mesmo, propondo a imediata liquidação contra o património líquido nos casos em que ele obrigatoriamente tivesse que ser contabilizado. citando, além disso, a necessidade da inclusão da remuneração dos acionistas no cálculo.

Em 1898, Edwin Guthrie proferiu uma conferência, seguindo o pensamento de Dicksee, explicitando a forma adequada de ajustar o lucro líquido da entidade para se obter uma base apropriada para a avaliação do goodwill. Esse trabalho também foi publicado na The Accountant. Em 1909, Henry Rand Hatfield, professor de Contabilidade da Universidade da Califórnia e grande estudioso dos ativos intangíveis em geral, introduzia uma nova forma de cálculo do goodwill, em sua obra Modern Accounting, its principies and some ofits problems - publicada em Nova Iorque.

Em 1914, Percy Dew Leake apresentou um estudo que se constituiu em um grande esforço para a evolução do tratamento contábil do goodwill, também publicado na The Accountant. Cabe ainda destacar ainda, nessa breve revisão dos antecedentes históricos do goodwill, o trabalho que é considerado um marco no estudo contábil do goodwill, que é o de Catlett, Olson, publicado em 1968 pelo AICPA, sob o título de Accounting for Goodwill. Diante dessa breve exposição constata-se que a evolução do goodwill acompanhou os avanços da humanidade na área económica, tendo como base inicialmente a terra, o comércio, a indústria e atualmente consiste de informação, ou seja, do conhecimento aplicado ao trabalho para criar valor.

Encontram-se indícios na literatura da especialidade, que segundo Percy Dew Leake (apud Catiett, Olson, 1968), o problema da avaliação do goodwill é muito antigo e sua aplicação em decisões judiciais existe há tempo, sendo que o primeiro registro da utilização do termo data de 1571 na Inglaterra, "I gyve to Jonh Stephen... my whole interest and good will of my Quarrell (i.e. quarry)".

Essas primeiras avaliações referiam-se a terra. Segundo Preinreich (1936:316/329), que elaborou um estudo sobre as decisões judiciais no campo do goodwill, as decisões proferidas foram sofrendo uma mudança gradativa partindo do valor relativo as terras, incluindo progressivamente o valor referente a localização do negócio, a clientela formada, a marca, a continuidade da entidade e assim sucessivamente, até chegarao conceito atual, que é o da tecnologia da informação.

Conforme Catlette Olson (1968:38), os primeiros trabalhos na área contábil foram elaborados ainda no século XIX, datando de 1884 a publicação na revista The Accountant de William Harris intitulada Goodwill, referindo-se ao crescimento significativo do mesmo com o surgimento das sociedades por ações. Também em 1888 foi publicado no mesmo periódico, com o mesmo título, o trabalho de J. H. Boume, referindo-se mais ao aspecto conceituai do goodwill.

Contudo, o primeiro trabalho sistemático tendo como tema central o goodwill, surgiu em 1891, por intermédio de Francis More, que escreveu um artigo publicado na revista The Accountant, relacionado a avaliação do goodwill, iniciando assim uma nova fase do goodwill. Em 1897, Lawrence R. Dicksee publicava em Londres, "goodwill and its treatment in ac'counts", enfocando o assunto mais do ponto de vista do seu tratamento contábil, ressaltando também os riscos de ativar o mesmo, propondo a imediata liquidação contra o património líquido nos casos em que ele obrigatoriamente tivesse que ser contabilizado. citando, além disso, a necessidade da inclusão da remuneração dos acionistas no cálculo.

Em 1898, Edwin Guthrie proferiu uma conferência, seguindo o pensamento de Dicksee, explicitando a forma adequada de ajustar o lucro líquido da entidade para se obter uma base apropriada para a avaliação do goodwill. Esse trabalho também foi publicado na The Accountant. Em 1909, Henry Rand Hatfield, professor de Contabilidade da Universidade da Califórnia e grande estudioso dos ativos intangíveis em geral, introduzia uma nova forma de cálculo do goodwill, em sua obra Modern Accounting, its principies and some ofits problems - publicada em Nova Iorque.

Em 1914, Percy Dew Leake apresentou um estudo que se constituiu em um grande esforço para a evolução do tratamento contábil do goodwill, também publicado na The Accountant. Cabe ainda destacar, nessa breve revisão dos antecedentes históricos do goodwill, o trabalho que é considerado um marco no estudo contábil do goodwill, que é o de Catlett, Olson, publicado em 1968 pelo AICPA, sob o título de Accounting for Goodwill. Diante dessa breve exposição constata-se que a evolução do goodwill acompanhou os avanços da humanidade na área econômica, tendo como base inicialmente a terra, o comércio, a indústria e atualmente consiste de informação, ou seja, do conhecimento aplicado ao trabalho para criar valor.







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