BANCOS PRIVADOS ASFIXIAM A PRODUÇÃO
ANFAVEA DEIXOU CLARO QUE SÓ RESTA DECRETAÇÃO DE INTERVENÇÃO NO SFN
São Paulo, 07/04/2020 (Revisada em 13/03/2024)
Referências: ESTATIZAÇÃO - Lobistas Apadrinhados na Administração do BACEN, Incapacidade para Governar = Privatização, Terceirização, Concessão, Trabalho Escravo = Reformas Trabalhista e Previdenciária, Risco Sistêmico = Desemprego, Inadimplência, Pobreza, Miséria, Criminalidade. Sonegação de Tributos = Caixa Dois, Lavagem de Dinheiro em Paraísos Fiscais, Cartel = Multinacionais, Auditores Independentes em Paraísos fiscais, Crise de Credibilidade da Governança Corporativa. Lei 13.874/2019 - Declaração de Direitos de Liberdade Econômica. Neoliberalismo = Neocolonialismo Privado = Canibalismo Econômico. Dando dinheiro aos Bancos, BACEN quer a Privatização dos Lucros e Socialização dos Prejuízos. "É Dando que se Recebe".
Por Américo G Parada Fº - Contador - Coordenador do COSIFE
1. PARA OS DIRIGENTES DA ANFAVEA, BANCOS PRIVADOS ASFIXIAM A PRODUÇÃO
Segundo clipping do Banco Central do Brasil distribuído em 07/04/2020 para seus servidores ativos e inativos, em 07/04/2020 o Jornal Valor Econômico (em Chamada de Capa para o artigo de autoria de Marli Olmos, de São Paulo) mencionou:
O presidente da associação que representa as fábricas de veículos (Anfavea), ... , disse que os “os bancos estão asfixiando o sistema produtivo”. Ele revelou que as vendas de veículos caíram 85,6% no fim de março [de 2020] e que os estoques [chegaram a ter] 266,6 mil veículos, suficientes para dois meses de vendas.
O executivo reclamou de “custos absurdos” de empréstimos que, segundo ele, ocorrem porque o sistema tem “medo de calote”. Para ele, o BC e o BNDES deveriam criar mecanismos “para que o banco se sinta obrigado” a emprestar a juros razoáveis e “evitar uma quebradeira”.
2. NEOLIBERALISMO = NEOCOLONIALISMO PRIVADO = CANIBALISMO ECONÔMICO
O DESESPERO DOS RENTISTAS, SENHORES FEUDAIS DA FINANCEIRIZAÇÃO
TODO BATEDOR DE CARTEIRAS TEM MÃO INVISÍVEL
3. CONSIDERAÇÕES SOBRE O CANIBALISMO ECONÔMICO
3.1. DEFINIÇÕES
A tese da ANTROPOFAGIA ECONÔMICA ou do CANIBALISMO ECONÔMICO surgiu em 1931, aproximadamente um ano depois da posse de Getúlio Vargas como governante brasileiro e dois anos antes de Franklin Roosevelt como presidente dos Estados Unidos da América. Os dois aplicaram as Teorias de Keynes e assim recuperaram seus países que estavam falidos em razão do que foi chamado de "CRISE DE 1929" a qual foi criada pelos ESPECULADORES DE WALL STREET.
Isto significa que os rentistas (especuladores) enganaram os verdadeiros investidores, o Povão, tal como fez o presidente Collor de Melo ao confiscar a poupança popular, sem nada fazer contra os ricos (os PATRÕES), que eram os verdadeiros culpados pela alta inflação reinante.
Veja s definição de FINANCEIRIZAÇÃO.
3.2. A TEORIA ECONÔMICA ORTODOXA VERSUS A TEORIA ECONÔMICA PROGRESSISTA
Em síntese os ortodoxos apenas pensam nos ganhos ou rendimentos dos seus inescrupulosos PATRÕES e os progressistas pensam no bem-estar da população (99% menos favorecida).
No livro Tratado sobre a Moeda, Keynes estabeleceu uma distinção entre poupança e investimento, argumentando que quando a poupança excede o investimento ocorrerá a RECESSÃO.
Assim, Keynes justificou que durante uma DEPRESSÃO a melhor política seria promover as despesas (GASTOS PÚBLICOS) e desencorajar a poupança popular. Foi o feito pelo torneiro mecânico Luiz Inácio Lula da Silva.
Em razão dessa nova e inédita política de bem-estar social, o povo passou a comprar tudo aquilo que lhe pudesse dar conforto e os bancos (interessados nos altos juros que poderiam cobrar) passaram a financiar a longo prazo o consumo popular.
Então, os INIMIGOS DOS TRABALHADORES tomaram o PODER e resolveram tirar do POVO o conforto que tinha adquirido. Foi artificialmente gerado o desemprego em massa.
3.3. DESEMPREGO GERA INADIMPLÊNCIA
Sabendo-se que os economistas ortodoxos brasileiros pregam o desemprego em massa para combater a inflação, obviamente eles geraram a grande INADIMPLÊNCIA que tem causado a falência do sistema financeiro brasileiro.
Porém, essa falência do sistema financeiro não está acontecendo somente no Brasil; está acontecendo no mundo inteiro, desde 2008.
Contrariamente a essa SUICIDA política econômica do desemprego em massa, usada por Temer e Bolsonaro, está a política econômica para combate a recessão, utilizada durante o Governo Lula, que possibilitou o Brasil a chegar ao Pleno Emprego durante o Governo de Dilma Russeff.
Porém, com SEDE DE TOMAR O PODER (o governo), sempre com intuito contrário ao bem-estar dos trabalhadores, os nossos industriais escravocratas, liderados pela CNI - Confederação da Indústria e pela FIESP de Paulo Skaf, passaram a importar da China o consumido pelo nosso Povão (ou seja, os nossos industriais deixaram de produzir aqui). Por isso, aconteceu o desemprego em massa, que foi alimentado pelo Governo Temer, cuja política econômica suicida foi fielmente seguida no Governo Bolsonaro. E os Patrões de modo geral estão indignados com os prejuízos que essa política econômica suicida está gerando.
3.4. NOS ESTADOS UNIDOS NÃO FOI DIFERENTE DO BRASIL E DO RESTO DO MUNDO
Tudo isto também vem acontecendo nos Estados Unidos desde a década de 1980. Os industriais norte-americanos também passaram a produzir na China. E agora, TRUMP quer que eles voltem a produzir nos STATES para gerar empregos e assim tirar seu país da crescente bancarrota (= DÍVIDA EXTERNA).
Um dos credores dos STATES é o Brasil, além da China e de outros países asiáticos, incluindo o Japão. Até a Rússia é credora dos USA.
3.5. A PANDEMIA MOSTRANDO O QUE HÁ DE ERRADO NO MUNDO
Então, a Pandemia do Coronavírus passou a demonstrar a todos nós que o Liberalismo ou Neoliberalismo GLOBALIZADO, defendido pelos Anarquistas Institucionais (que têm como lema: Se há governo, sou contra!!!"), é totalmente incapaz de gerir a Autorregulação dos Mercados.
Portanto, essa Regulação dos Mercados deve ser unificada e diretamente administrada com a mão de ferro do ESTADO, tal como fez Getúlio Vargas a partir de 1930 e também fez Franklin Roosevelt a partir de 1933.
3.6. AS TEORIAS DE KEYNES APLICADAS DEPOIS DA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
Depois da Segunda Guerra Mundial, todos os países chamados de hegemônicos adotaram as Teorias de Keynes, exceto os Estados Unidos, razão pela qual na década de 1970 os ianques foram obrigados a extinguir o Padrão Ouro para o Dólar, porque não mais existia OURO suficiente para resgatar os dólares colocados em circulação para financiamento de guerras imperialistas.
Isto significa que os países credores dos STATES financiaram essas guerras.
Foi a partir dali (década de 1970) que os Militares Brasileiros (golpistas de 1964 = sem o apoio financeiro dos STATES, tão falido como agora) passaram a constituir as nossas Empresas Estatais que se revelaram como as Molas Mestras do MILAGRE BRASILEIRO de crescer sem precisar de CAPITAL ESTRANGEIRO.
Eram tão importantes essas Empresas Estatais que foram entregues aos correligionários do Presidente FHC mediante PRIVATIZAÇÃO em que os cidadãos comuns não podiam participar. Ao contrário do que foi feito na Inglaterra, por exemplo, em que somente o Povo podia comprar as ações das Empresas Estatais, tal como foi feito no Brasil durante o Governo Militar.
Assim, parece que ficou claro que os nossos milicos de 1964 também adotaram as Teorias de Keynes, utilizadas por Getúlio Vargas e por João Goulart (este, deposto em 1964). A bem da verdade, essas Teorias de Keynes também foram adotadas no Governo Lula e no de Dilma Russeff.
Por isso, naquelas épocas o Brasil crescia. Agora, principalmente depois da fatídica DECLARAÇÃO DE LIBERDADE ECONÔMICA (só para os PATRÕES), tudo acontece ao contrário.
3.7. CONCLUSÃO
Para que se possa salvar o mundo do invisível ataque do CORONAVÍRUS, só nos resta voltar a adotar as Teorias de Keynes, inicialmente decretando a MORATÓRIA DA DÍVIDA PÚBLICA e ainda mediante a Administração Temporária (Intervenção) nos Bancos Privados (conforme indiretamente sugere o Presidente da ANFAVEA).
Essa INTERVENÇÃO pode ser feita de conformidade com o disposto no Decreto-Lei 2.321/1987, sancionado durante o Governo Sarney.
Sobre o citado Canibalismo Econômico, veja o contido em ANTROPOFAGIA E CANIBALISMO NO JORNAL O HOMEM DO POVO - Por Aurora Cardoso de Quadros - Doutora - UNIMONTES. Publicado na Revista Fronteira Z, da PUC-SP, em 08/07/2012. Baseia-se em um ponto da pesquisa que gerou a tese “Oswald de Andrade no jornal O Homem do Povo”, selecionando pontos de comparação entre a expressão do crítico Astrojildo Pereira, protegido por pseudônimos, e do modernista Oswald de Andrade, no jornal subversivo O Homem do Povo (março-abril de 1931). A descoberta que revela a colaboração substancial do articulista Astrojildo Pereira propicia uma comparação entre o protesto de Oswald de Andrade e o do crítico de literatura, que também é fundador do Partido Comunista no Brasil. Suas elaborações, principalmente sob o pseudônimo “Aurelinio Corvo”, são abordadas em destaque em relação aos outros colaboradores do escritor.