PAÍSES DESENVOLVIDOS SÃO OS MAIS PREJUDICADOS PELA AÇÃO DANOSA DOS PARAÍSOS FISCAIS
ARQUIVOS SECRETOS EXPÕEM IMPACTO MUNDIAL DE PARAÍSOS FISCAIS
São Paulo, 04/04/2013 (Revisado em 20-02-2024)
Referências: Evasão Cambial ou de Divisas, Lavagem de Dinheiro, Sonegação Fiscal, Ocultação de Bens Direitos e Valore em Paraísos Fiscais - Offshore, Blindagem Fiscal e Patrimonial, Internacionalização do Capital, Fatos que levaram os países desenvolvidos à Bancarrota, Falência Econômica, Teoria Anarquista Neoliberal da Autorregulação dos Mercados Globais - Globalização, Especulação Financeira, Atuação dos Mercenários da Mídia, Contabilidade Criativa - Fraudulenta.
7. ZONA DE IMPUNIDADE - PARAÍSOS FISCAIS - AS ILHAS DO INCONFESSÁVEL
Por Américo G Parada Fº - Contador - Coordenador do COSIFE
7.1. AS GUERRAS PROVOCADAS PELOS ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA
É importante observar que os Estados Unidos da América também há décadas vem invadindo países como Coreia, Vietname, Cambodja, Laos, Afeganistão e Iraque (que perdeu a guerra fomentada pelos ianques contra o Irã apoiado pela Rússia).
Além desse lado nebuloso, os governantes norte-americanos, direta ou indiretamente, têm colocado ditadores fiéis aos interesses dos magnatas em diversos países africanos, asiáticos e latino-americanos.
E, como resultado, muito dinheiro sujo desviado das verbas utilizadas nessas guerras foi escondido em paraísos fiscais.
7.2. OS ELEVADOS GASTOS PÚBLICOS NORTE-AMERICANOS
Foram muitos trilhões, talvez dezenas de trilhões de dólares os gastos públicos norte-americanos com tais empreendimentos imperialistas.
Em tese, todo esse gasto público com as guerras e outras intervenções em países não tenham sido capazes de quebrar, levar à bancarrota ou falir economicamente os Estados Unidos.
7.3. OS PARAÍSOS FISCAIS DERROTARAM OS IANQUES
Por incrível que pareça a façanha de terem quebrado os Estados Unidos pode ser atribuída às pequenas ilhas que são chamadas de Paraísos Fiscais.
Mas, essas Ilhas do Inconfessável não foram instituídas em razão da inteligência dos antigos e subdesenvolvidos moradores locais. As pequenas ilhas não eram habitadas por grandes economistas, contadores, advogados ou magnatas.
As empresas existentes nesses pequenos países no máximo seriam como as microempresas e as empresas de pequeno porte brasileiras.
7.4. OS ECONOMISTAS FORAM OS MENTORES DA GLOBALIZAÇÃO
Então, pergunta-se:
De quem foi a grande ideia de transformar pequenas ilhas com poucas condições de sobrevivência da condição de paraísos ecológicos em paraísos fiscais?
Obviamente foram os magnatas neoliberais com seus instintos anarquistas e megalomaníacos que engendraram a Globalização, com o grandioso auxílio de renomados economistas, advogados e contadores (auditores independentes), entre outros profissionais ligados aos negócios internacionais.
7.5. AS ILHAS DO INCONFESSÁVEL COMO VÍTIMAS DOS MAGNATAS SONEGADORES
E dessa forma os magnatas colocaram em prática as teorias anarquistas daqueles já conhecidos economistas ortodoxos (escravocratas) que apenas defendem os interesses mesquinhos dos detentores do Poderio Econômico.
A teoria básica é a de que os detentores do "grande capital", associados como cartel ou máfia, deveriam destituir governos verdadeiramente democráticos para que pudessem comandar o mundo na forma de colônias econômicas (neocolonialismo), governadas por ditadores subjugados aos interesses de empresas chamadas de multinacionais ou transnacionais falsamente estabelecidas nessas ilhas do inconfessável.
7.6. OS LOBISTAS DO GRANDE CAPITAL SUBORNANDO GOVERNANTES E POLÍTICOS
Foi assim, por intermédio de lobistas, que os magnatas reunidos em cartel ou quaisquer outros tipos de organizações criminosas subornaram governantes para que implantassem a nova teoria de alteração da ordem econômica e tributária mundial (globalização), que versa especificamente sobre a autorregulação dos mercados financeiros e de commodities.
Em complementação, para que fosse possível o pleno comando da economia pelos magnatas neoliberais, a tal teoria anarquista versa sobre a privatização das empresas estatais de países que ainda tinham algum controle sobre suas economias.
7.7. A CORRUPÇÃO NOS ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA
Como os governantes norte-americanos eram os mais bem influenciados pelos LOBISTAS dos magnatas corruptores, aquele país símbolo do capitalismo anárquico foi o primeiro a chegar à bancarrota fatal (ainda na década de 1970 e depois em 2008).
Neste último ano, de roldão levou à falência outras economias desenvolvidas que acreditavam no falacioso "sonho americano" de riqueza fácil e rápida sem nada produzir. Foi com essa mesma finalidade que a União Europeia criou a sua própria moeda.
Assim, os agentes do mercado financeiro e de capitais deixaram de investir na produção. Apenas queriam apostar no grande cassino global que são as Bolsas de Valores e nos demais mercados mobiliários e imobiliários meramente especulativos.
Pergunta-se: Se é importante o salvamento das economias dos países desenvolvidos, por que não sequestram os bens e demais investimentos em seus países originários de paraísos fiscais?
A resposta é simples. Porque os governantes e demais políticos daqueles países seriam obrigados a sequestrarem em nome do Estado as suas próprias fortunas obtidas ilegalmente, que também estão escondidas naqueles mesmos Paraísos Fiscais.
7.8. A HISTÓRIA FALACIOSA POR ELES CONTADA É OUTRA
Nos anos 90, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) começou a pressionar os centros offshore para que atenuassem suas normas de sigilo e combatessem com mais rigor a lavagem de dinheiro, mas esse esforço perdeu o vigor na década de 2000, quando o governo Bush retirou o apoio norte-americano à campanha, de acordo com Robert Goulder, antigo editor chefe do "Tax Notes International".
Parece clara a razão pela qual BUSH retirou o apoio ao combate aos Paraísos Fiscais.
A dinheirama dele mesmo e de seus financiadores e apoiadores também estava e ainda está nos Paraísos Fiscais.
Uma segunda "grande cruzada" contra os paraísos fiscais, escreve Goulder, começou quando as autoridades dos Estados Unidos decidiram [tardiamente, só para inglês ver], confrontar o UBS, forçando o banco suíço a pagar US$ 780 milhões, em 2009, para encerrar em acordo extrajudicial um processo no qual o banco era acusado de ajudar cidadãos norte-americanos a sonegar impostos.
Sonegadores de Tributos não podem ser chamados de cidadãos.
Isto é uma afronta aos verdadeiros cidadãos e às empresas cidadãs que são cumpridores dos seus deveres para com o Estado.
As autoridades norte-americanas e alemãs estão pressionando os bancos e governos a compartilhar informações sobre clientes e contas offshore.
No Brasil, para evitar a livre lavagem de dinheiro, as primeiras providências que surtiram o efeito desejado aconteceram em 2003 e culminaram com a extinção do Mercado de Câmbio de taxas Flutuantes em 2005 que extremamente facilitava a Evasão de Divisas para Paraísos Fiscais.
Em razão dessas medidas, o Brasil passou a acumular Reservas Monetárias.
Comparando-se as datas dos fatos ocorridos e combatidos no Brasil e no exterior, podemos ver que o nosso País foi o pioneiro no combate ao Paraísos Fiscais.
Por isso, o Brasil não faliu ao contrário do que ocorreu com os norte-americanos e europeus.
O primeiro-ministro britânico David Cameron prometeu usar sua liderança do G8, o fórum dos países mais ricos do mundo, para ajudar a reprimir a sonegação de impostos e a lavagem de dinheiro.
Promessas como essa costumam ser recebidas com ceticismo, dado o papel que importantes membros do G8 - Estados Unidos, Reino Unido e Rússia - desempenham como origem e destino de dinheiro sujo. A despeito dos novos esforços, o mundo offshore continua a ser "uma zona de impunidade" para qualquer pessoa determinada a cometer crimes financeiros, disse Jack Blum, ex-investigador do Senado norte-americano e hoje advogado especializado em casos de lavagem de dinheiro e fraude tributária.
"O fedor periodicamente fica tão forte que alguém precisa se aproximar e recolocar a tampa na lata de lixo, deixando-a fechada por algum tempo", diz Blum. "Houve algum progresso, mas ainda resta muito a avançar".
7.9. A RADICAL SOLUÇÃO PARA OS FALIDOS PAÍSES DESENVOLVIDOS
A única solução viável para os países desenvolvidos é a de seus governantes confiscarem todos os bens e investimentos pertencentes a pessoas físicas e jurídicas de paraísos fiscais.
O segundo passo seria o de encampar e colocar em operação as fábricas desativadas em seus países e proibindo a importação de produtos fabricados no exterior pelas empresas evadidas.
PRÓXIMO TEXTO: AUTOR DE 'TRABALHO INTERNO' DEBATE CAUSAS E EFEITOS DA CRISE DE 2008