Ano XXVI - 24 de novembro de 2024

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A INDÚSTRIA FERROVIÁRIA ANIQUILADA


CONTABILIDADE DE TRANSPORTES - AS FERROVIAS NO BRASIL

A QUALIDADE E A PRODUTIVIDADE IMPOSTAS PELAS PRIVATIZAÇÕES

São Paulo, 20/06/2010 (Revisado em 22-02-2024)

Coletânea por Américo G Parada Fº - Contador - Coordenador do COSIFe

A INDÚSTRIA FERROVIÁRIA ANIQUILADA

Esta é a primeira parte sobre As Ferrovias no Brasil, mencionadas no texto Governando Contra o Brasil II.

De antemão devemos confessar que as nossas "estradas de ferro" com seus trens e vagões especializados em diversos tipos de cargas e para passageiros sempre foram a melhor alternativa de transporte. O custo por tonelada de carga transportada pelos trens é bem mais barato que a mesma tonelagem transportada pelos caminhões.

Podemos dizer ainda que a indústria ferroviária brasileira paralisou suas atividades tão logo as ferrovias foram desativadas pelos PRIVATAS (os corsários das privatizações), ainda durante o Governo FHC, que as privatizou.

Desse modo, as multinacionais fabricantes de caminhões serão eternamente gratas aos mentores das privatizações, especialmente das ferroviárias, porque antes existiam no Brasil 38 mil quilômetros com possibilidade de uso e, poucos anos depois das privatizações, ainda no Governo FHC, aquela malha ferroviária, interligada do nordeste ao sul do Brasil, foi totalmente destruída. No final de 2002 restavam pouco mais de 3 mil quilômetros em operação.

No Rio de Janeiro, em São Paulo e Minas Gerais tinha gente muito bem organizada roubando trilhos e dormentes para vender às companhias siderúrgicas privatizadas. Os dormentes eram vendidos para serem queimados nas fornalhas e os trilhos parem fundidos para uso em outros produtos.

Os trens de passageiros foram abandonados em plena ferrovia pelos PRIVATAS. Abandonados é a palavra certa, conforme demonstram as cenas em vídeo que podem ser vistas no transcorrer desta página. Para encobrir os danos causados, mandaram desmontar as locomotivas e os vagões abandonados a ermo. Tem-se a impressão que os maquinistas receberam ordens para abandonar os trens no caminho que deveria ser percorrido.

Somente a Companhia Vale do Rio Doce continua explorando o transporte ferroviário de passageiros de Minas Gerais para o Espírito Santo. As demais ferrovias que transportavam passageiros foram totalmente desativadas, até algumas que transportavam trabalhadores nas grandes cidades.

Restou-nos somente o Metrô e os trens de passageiros nas metrópoles como São Paulo e Rio de Janeiro. Os trens que atendem os trabalhadores residentes nos bairros mais longínquos da cidade de São Paulo, como são estatais, são satisfatórios, mas os do Rio de Janeiro (privatizados) são bem ruinzinhos.

Como a grande maioria dos ramais ferroviários foram extintos, a indústria ferroviária brasileira também foi obrigada a fechar suas portas, deixando grande massa de desempregados. Muitos desses trabalhadores receberam como indenização trabalhista a empresa falida e tentaram reativá-la. Um dos casos foi o da MAFERSA. É importante ler os comentários dos internautas (no site endereçado) sobre a qualidade dos trens da MAFERSA e da  COBRASMA que ainda circulam em pelo menos uma das linhas do metro de São Paulo desde a década de 1970, ainda com a aparência de trens novos.

Veja também o texto sobre a MAFERSA no site Wikipédia. No Wkipédia veja ainda Transporte Ferroviário no Brasil.

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