A ELITE É CONTRA O ROLEZINHO DOS SUBURBANOS
MANDELA LUTOU PELO FIM DO APARTHEID, MAS ELE CONTINUA
São Paulo, 15/01/2014 (Revisado em 20-02-2024)
Referências: Segregação Social, Preconceito e Discriminação, Escravidão e Semiescravidão dos guetos, favelas e comunidades da periferia das Metrópoles, a Ação da Extrema-Direita Oposicionista aos Governos Populares, Socialismo Participativo versus Capitalismo Excludente.
O BRASIL É O PAÍS ONDE O APARTHEID DEU CERTO
Sobre o tema destacado neste título, um professor universitário, num comentário feito na Internet escreveu algo parecido ao seguir descrito pelo coordenador do COSIFe.
É fato que todos diferenciam as pessoas que passam a sua frente com um simples olhar. Todos observam a maneira como se vestem, a cor de sua pele, o seu modo de se locomover, como dominam a língua nativa. É assim que todos definem imediatamente o grupo social a que pertence a pessoa observada.
Pessoas não entendem que esta cultura é dirigida. Tem um objetivo quase sempre discriminador, preconceituoso, segregador.
Hoje, os recém emergentes à classe média (C) e as duas classes superiores (A e B), estão curtindo o samba que antigamente era uma cultura marginalizada assim como é o funk atualmente.
Porém, é fácil observar que a elite brasileira está impondo seu consenso de que a cultura deve ser elegante (elitista), enquanto a do gueto é meramente popular (inferior). Até a Revista "E" editada pelo SESC - São Paulo, age dessa forma, embora os comerciários de modo geral sejam pessoas pobres. Realmente ricos são alguns poucos comerciantes de grande porte e, naturalmente, os dirigentes do SESC e SENAC, dentre as demais instituições assemelhadas como SESI, SENAI, todas administradas pelos líderes do empresariado que também são gestores da FIESP, CNI e outras.
Sobre a atuação dessas instituições do chamado SISTEMA "S", veja o texto intitulado Os Culpados pela Falta de Mão de Obra Qualificada.
Acontece que aos moradores dos guetos é possibilitada somente a cultura tradicional daqueles mesmos guetos e nada mais. Poucos são os meios de comunicação que a divulgam. Essa cultura, tal como a tradição indígena, ainda é propagada pela mídia como sinônimo de alegria, ligada às raízes daquele grupo etnológico menos favorecido, embora muitas vezes tal grupo seja maioria quantitativa na população local.
Essa é a forma mais simples de se manter determinado grupo marginalizado, separado dos demais. Mesmo que o Grupo seja a maioria populacional, será sufocado pela ideia de ser economicamente "menor" ou cultural e tradicionalmente inferior que a abastada elite intelectual, financeira ou empresarial.
O que mais choca é ver que as pessoas, que se dizem intelectuais e conhecedoras das questões sociais e econômicas, não entendam que essa é uma forma de determinar que tipo de escravo é o indivíduo que está sendo visualmente analisado.
Assim previa ainda na década de 1930 o escritor Aldous Huxley em sua obra "Brave New World" (Admirável Mundo Novo).
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