USA - CORTES DE IMPOSTOS PARA OS RICOS NÃO AUMENTOU A RENDA PER CAPITA
BRASIL - AUMENTARAM OS TRIBUTOS INDIRETOS PAGOS PELOS CONSUMIDORES
São Paulo, 01/01/2022 (Revisada em 16/03/2024)
Cenário Político Econômico. Manipulação da Opinião Pública. Propaganda Enganosa (Fake News). Desemprego, Inadimplência, Desigualdade Social, Supremacia do Capital Vadio - Financeirização, Canibalismo Econômico, Extinção dos Direitos Sociais dos Trabalhadores. Miséria, Camelódromo, Economia Informal, MEI - Micro-Empreendedorismo Individual.
Coletânea por Américo G Parada Fº - Contador - Coordenador do COSIFE
1. CORTES DE IMPOSTOS PARA RICOS NÃO AUMENTARAM A RENDA PER CAPITA
Autor: Aimee Picchi. Publicado por CBS NEWS em 17/12/2020. Extraído 01/01/2022. Com a edição do texto original [traduzido pelo GOOGLE] para adequação ao nosso idioma e para colocação de destaques em negrito por Américo G Parada Fº - Contador - Coordenador do COSIFE.
1.1. INVESTIDORES SEM TRIBUTOS NÃO GERAM DESENVOLVIMENTO
Os cortes de impostos para os ricos há muito atraem o apoio de legisladores e economistas conservadores [ORTODOXOS], os quais argumentam que tais medidas [AUMENTAM O PIB E A RENDA PER CAPITA] e, eventualmente, aumentam os empregos e a renda dos trabalhadores. Mas um estudo da London School of Economics diz que 50 anos de cortes de impostos apenas enriqueceram ainda mais o grupo dos ricos.
O artigo, de David Hope da London School of Economics e Julian Limberg do King's College London, examinou 18 países desenvolvidos - da Austrália aos Estados Unidos - em um período de 50 anos de 1965 a 2015.
O estudo comparou países em que foram aprovados cortes de impostos com aqueles que não o fizeram. Então, foram examinados os seus respectivos resultados econômicos. Essa comparação foi feita em um ano específico, tendo como exemplo os EUA em 1982, quando o presidente Ronald Reagan cortou impostos para os ricos (Tributação em Bases Universais), assim estimulando a transferência de empresas para paraísos fiscais.
1.2. REDUÇÃO DA CARGA TRIBUTÁRIA NÃO GERA DESENVOLVIMENTO NACIONAL
O [PIB] produto interno bruto per capita [por pessoa] e as taxas de desemprego foram quase idênticos depois de cinco anos em países que reduziram os impostos sobre os ricos e [também] naqueles que não o fizeram, concluiu o estudo.
Mas a análise descobriu uma mudança importante: a renda dos ricos cresceu muito mais rápido em países onde as taxas de impostos foram reduzidas. Em vez de [AUMENTAR A RENDA] da classe média, os cortes de impostos para os ricos os ajudaram a acumular mais riquezas e, assim, agravaram a desigualdade social, indica a pesquisa.
"Com base em nossa pesquisa, argumentaríamos que é fraca a justificativa econômica de redução dos impostos sobre os ricos", disse Julian Limberg, co-autor do estudo e professor de políticas públicas no King's College London, em um e-mail para CBS MoneyWatch. "Na verdade, se olharmos para trás na história, o período com os maiores impostos sobre os ricos - o pós-guerra - também foi um período de alto crescimento econômico e baixo desemprego".
1.3. REDUÇÃO DE TRIBUTOS PARA SI E PARA AMIGOS - PELO PATO DONALD TRUMP
Como a análise termina em 2015, a pesquisa não inclui a grande reforma tributária do presidente Donald Trump, que foi sancionada no final de 2017 e que cortou impostos para os ricos e corporações, ao mesmo tempo que proporcionou um corte moderado para a classe média.
Mas Limberg, que foi coautor do estudo com David Hope, um pesquisador visitante do Instituto de Desigualdades Internacionais da London School of Economics, disse que não esperava resultados muito diferentes para essa redução de impostos.
Os cortes de impostos de Trump aumentaram a sorte dos ultra-ricos, de acordo com uma pesquisa de 2019 de dois economistas proeminentes, Emmanuel Saez e Gabriel Zucman, da Universidade da Califórnia em Berkeley.
Pela primeira vez em um século os economistas descobriram que em 2018 as 400 famílias norte-americanas mais ricas pagaram impostos mais baixos do que as famílias de classe média.
A nova pesquisa "mais cuidadosa" da London School Economics "sugere de fato que os aumentos de impostos sobre os ricos devem ser considerados pós-COVID", disse Zucman de Berkeley em um e-mail para a CBS MoneyWatch.
1.4. A MÁQUINA GERADORA DO CRESCIMENTO ECONÔMICO
Qual o motor para um crescimento econômico mais forte?
Com certeza, bem antes que a pandemia atingisse os STATES em março de 2020, a economia estava funcionando com uma taxa de desemprego que atingiu o nível mais baixo em cerca de meio século.
Grupos de reflexão conservadora [ortodoxa], como o American Enterprise Institute, apontaram os cortes de impostos de Trump como um acelerador para um crescimento econômico mais forte.
Mesmo assim, milhões de famílias ianques lutaram para encontrar empregos que pagassem salários justos, enquanto o custo de itens essenciais como saúde, moradia e educação aumentava a taxas [índices de inflação] muito mais rápidas do que a renda normal. Mesmo antes da pandemia, a desigualdade [social] de renda atingiu seu ponto mais alto em 50 anos, de acordo com dados do Censo.
1.5. O AUMENTO DA DESIGUALDADE SOCIAL NO MUNDO INTEIRO
Em 2020, a pandemia agravou as desigualdades [sociais] em todos os espectros, afetando as diferenças raciais, de gênero e educacionais. Quando a economia fechou em março de 2020, os trabalhadores que não conseguiram fazer a transição para o trabalho remoto foram os mais atingidos.
Esses mais atingidos eram empregados com salários mais baixos envolvidos em empregos de varejo, serviços e hotelaria.
Ao mesmo tempo, os trabalhadores de colarinho branco geralmente se saíam melhor, pois eram mais propensos a manter seus empregos quando mudavam para o trabalho remoto.
Os investidores também se beneficiaram com a recuperação do mercado de ações com a esperança de uma recuperação econômica - um desenvolvimento que não ajuda a maioria dos trabalhadores de classe baixa e média.
Cerca de metade da população dos Estados Unidos investe no mercado de ações (por meio de seus fundos de pensão) e em contas de poupança. Mesmo assim, mais de 80% de todas as ações [negociáveis] pertencem aos 10% mais ricos.
1.6. A CONTÍNUA CONCENTRAÇÃO DA RIQUEZA NAS MÃOS DE POUCOS
Desde o início da pandemia [18/03/2020], o montante da riqueza pertencente aos 651 bilionários da América aumentou em mais de US$ 1 trilhão, chegando a US$ 4 trilhões no início de dezembro de 2020, disse o Americans for Tax Fairness. Esse trilhão de dólares seria suficiente para enviar um cheque de estímulo de US $ 3.000 para cada pessoa na América.
No Twitter, os "Americanos pela Justiça Fiscal" escreveram: O aumento da riqueza dos 651 bilionários da América nos últimos nove meses [de março a dezembro de 2020] é ainda mais do que o custo provável de $ 908 bilhões do pacote de ajuda COVID que o Partido Republicano estagnou por ser muito caro. Outra pessoa escreveu: Riqueza extrema, ganância ≠ Pobreza extrema, sofrimento. Estou cansado disso.
1.7. QUASE DEZ MILHÕES DE NORTE-AMERICANOS CAÍRAM NA POBREZA
Enquanto isso, quase 8 milhões de americanos caíram na pobreza desde o início da pandemia até novembro de 2020, segundo dados divulgados pela Universidade de Chicago e pela Universidade de Notre Dame.
Reconstruir a economia e a riqueza das famílias [ianques] das classes baixa e média estão entre as questões que o presidente eleito Joe Biden vem enfrentando depois de sua posse em janeiro de 2021.
Aumentar os impostos sobre os ricos e as empresas pode fornecer trilhões de dólares em recursos para ajudar na recuperação econômica, disse Zucman à CBS MoneyWatch.
“Esta não é apenas uma opção viável, mas também uma opção justa, porque alguns dos contribuintes mais ricos se beneficiaram com a pandemia - por exemplo, grandes corporações como a Amazon e seus acionistas”, observou ele. “Esses contribuintes poderiam ser razoavelmente solicitados a pagar mais para compensar as perdas da pandemia”.
2. BRASIL - AUMENTARAM OS TRIBUTOS INDIRETOS PAGOS PELOS CONSUMIDORES
Por Américo G Parada Fº - Contador - Coordenador do COSIFE
A dolarização dos preços de produtos mais consumidos pelos 95% da população brasileira menos endinheirada, além de ser uma forma de CANIBALISMO ECONÔMICO (neocolonialismo escravocrata), também é uma forma de aumentar a tributação indireta sobre os consumidores.
Em 2021, os dirigentes do Banco Central do Brasil chegaram a festejar o LUCRO obtido em 2019 pela nossa Autarquia Federal (gestora da nossa Política Monetária). Esse LUCRO ocorreu com a venda de dólares das nossa Reservas Monetárias em troca de Reais Desvalorizados por especuladores, que também causaram ao BACEN grande perda com a colocação dos chamados de SWAPS CAMBIAIS.
Em síntese, para que haja LUCRO com as vendas de dólares, é preciso que o BACEN tenha PREJUÍZO com os SWAPS CAMBIAIS. Assim sendo, só os especuladores do MERCADO CAMBIAL ganharam com essa JOGATINA (APOSTA). Ou seja, os SWAPS CAMBIAIS são transformados em bilhetes de loteria em que os especuladores podem determinar seus ganhos.