Ano XXVI - 21 de novembro de 2024

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O PRÊMIO NOBEL DE ECONOMIA PARA KRUGMAN



O PRÊMIO NOBEL PARA KRUGMAN

PRÊMIO NA HORA CERTA PARA O HOMEM CERTO

São Paulo 13/10/2008 (Revisado em 21-03-2024)

Teoria de Keynes do Intervencionismo Governamental, Teoria Anárquica Neoliberal da Globalização e da Autorregulação dos Mercados Financeiros e de Commodities (Mercadorias).

"PRÊMIO NA HORA CERTA PARA O HOMEM CERTO"

Texto escrito por José Paulo Kupfer - Crônicas da Economia Brasileira - publicado em 13/10/2008 pelo site “colunistas.ig.com.br”. Kupfer em 2008 era chefe de redação do Departamento de Jornalismo da TV Gazeta [de São Paulo] e comentarista de economia do “Jornal da Gazeta” (Diariamente às 19:00). É graduado em economia pela USP e era membro do Grupo de Conjuntura da Fipe-USP. Texto com comentários e informações complementares de Américo G Parada Fº - Contador - Coordenador do COSIFE.

Paul Krugman acaba de ganhar o Premio Nobel de Economia deste ano. É mais uma demonstração de que o pêndulo, na economia mundial, virou de vez. Krugman, da Universidade de Princeton, escreve duas vezes por semana uma coluna no New York Times, em cujo portal de internet mantém um blog. O blog tem um nome que não deixa dúvidas sobre suas ideias: “The Conscience of a liberal” ["O Senso Moral de um Liberal" ou "O Escrúpulo de um Liberal" ou ainda "A Consciência de um Liberal"].

UM LIBERAL DIFERENTE DOS BRASILEIROS

Krugman é um liberal, do jeito que os americanos classificam um “liberal”: no sentido inverso do que damos aqui à expressão “liberal” [o liberal brasileiro na realidade é um anarquista], Krugman tem posições progressistas em política e, em economia, não joga toda a responsabilidade nas costas do mercado. É, como diriam alguns aqui no Brasil, em tom pejorativo, um intervencionista.

UMA DEFINIÇÃO PARA O INTERVENCIONISMO GOVERNAMENTAL

No caso em questão, quando o Governo intervêm diretamente na economia para impedir práticas abusivas e evitar o caos econômico e social.

Intervencionismo é, nos regimes federativos, o ato do poder central destinado a impor medidas necessárias a manter a integridade da União, quando algum dos seus membros está submetido a anormalidade grave e que prejudique o funcionamento da Federação - Dicionário Aurélio.

Embora o coordenador do COSIFE não concorde com a integra do texto escrito pelo médico Heitor de Paola - Algumas Falácias Liberais e a Importância do Federalismo no Brasil -, dele foi destacado a seguinte frase que sintetiza a realidade existente:

"Os liberais só são liberais até que se lhes pisem os calos - aí, pedem urgentemente regulamentação estatal. Assim, os empresários que se afirmam liberais, gostam mesmo é de viver num sistema mercantilista e se possível monopolista (deles!), sem o conteúdo principal do liberalismo: a livre competição".

NÃO SE PREOCUPANDO COM AS MAZELAS DO POVO

Nos últimos muitos anos, o Nobel de Economia tem sido concedido a “economistas matemáticos” ou a “economistas psicólogos”. Suas premissas [as dos economistas matemáticos] são as de que os mercados, no fim das contas, não falham e suas teorias [as dos economistas matemáticos], [são] desossadas [ou dissociadas] de preocupações sociais diretas.

O TIME DOS PREOCUPADOS COM O BEM-ESTAR SOCIAL DA COLETIVIDADE

Paul Krugman faz parte do outro time. O dos economistas que, embora não defendam uma economia planificada, entendem que o mercado não só precisa ser regulado, mas também, que é incapaz, pelo menos sozinho, de promover o bem-estar social.

BAJULANDO OS BANQUEIROS EM DETRIMENTO DO POVO

Nos tempos perplexos de hoje, em que governos perdem a cerimônia no socorro ao setor financeiro privado, promovendo a maior intervenção nos mercados [em benefício do grande capital] de que se tem notícia nos últimos 80 anos e a maior apropriação privada de recursos públicos da História [privatização dos lucros e socialização dos prejuízos], o Nobel de Economia foi dado ao homem certo na hora certa.

Em complementação, veja os texto:

  1. Verdades e Mentiras sobre a Crise Mundial Provocada pelos Neoliberais - Para Multinacionais, Capital Não Tem Pátria
  2. A Derrocada Financeira Norte-Americana - A Privatização dos Lucros e a Socialização dos Prejuízos.






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