Ano XXV - 29 de março de 2024

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RELATÓRIO PARALELO AO DA CPMI DOS CORREIOS


RELATÓRIO PARALELO AO DA CPMI DOS CORREIOS

São Paulo, 30/03/2006

Transcrição de correspondência enviada pelo SINAL - Sindicato dos Funcionários do Banco Central ao semanário Veja, a respeito da nota desta semana, na seção Radar, sobre os três colegas do BC ora prestando serviços à CPMI dos Correios.

O SINAL enviou também ao JB on line correspondência tratando do mesmo assunto, dada uma outra notícia, de teor semelhante, divulgada na versão impressa daquele jornal, no dia de hoje (30/03/2006), na coluna de Marcia Peltier.

"À

Revista Veja

Diretoria de Redação

Senhor Diretor,

A última edição da revista Veja (nº 1949, de 29.03.2006), na seção Radar, de Lauro Jardim, traz, sob o título CPI dos Correios - Relatório Paralelo, uma falsa afirmação envolvendo três funcionários do Banco Central, filiados a este Sindicato.

O titular da coluna diz que Abraão Patruni, Maurício Furtado e Paulo Eduardo de Freitas estariam sendo acusados de elaborar um relatório paralelo, que seguiria uma linha na contramão do oficial, em parceria com o deputado Maurício Rands (PT-PE).

A informação é inteiramente inverídica - os três colegas o afirmam taxativamente, e o próprio deputado acaba de fazer uma declaração pública de falsidade. Foi publicada sem o conhecimento dos três colegas, que, de há muito, prestam subsídios técnicos junto ao Congresso, indicados pelo próprio BC, servindo, portanto, à sociedade brasileira, e não a interesses particulares seus ou de qualquer parlamentar.

É uma pequena nota, porém cheia de categóricas afirmações, bastante adjetivadas. Sem propósito explícito e de forma irresponsável, denigre o trabalho sério dos servidores referidos, e, por extensão, a ética do funcionalismo do Banco Central, cujos préstimos, nos bastidores das CPIs, são de longa data conhecidos e elogiados pelo Congresso Nacional.

Quase como num passe de mágica, uma informação como essa, surgida do nada e plantada em um veículo informativo como essa revista, pode destruir carreiras e honras alheias, construídas com seriedade e caráter durante toda uma vida. Vimos manifestar, portanto, em nome dos três servidores envolvidos e dos servidores do Banco Central, que orgulhosamente representamos, nosso repúdio a essa prática jornalística espúria.

David Falcão

Presidente do Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central - SINAL

Carta dos servidores do BC atingidos pelas notas na imprensa, e dirigida ao funcionalismo do BC e a seus colegas na CPMI dos Correios

"Aos Colegas do Banco Central e da CPMI-Correios.

Parte da imprensa - revista Veja, Veja on-line, JB on line - vem divulgando notícia plantada, na qual anuncia que três servidores do Banco Central - Paulo Eduardo de Freitas, Abrahão Patruni e Maurício Furtado - estariam elaborando relatório paralelo na CPMI-Correios.

Isso é falso e por isso inaceitável por nós, pois só participamos dos relatórios elaborados pelos sub-relatores eleitos pela própria CPMI-Correios. Resta entretanto perceber que, caso fosse o fato verdadeiro, não haveria ilegalidade nem imoralidade. Os servidores em trabalho na CPMI não escolhem deputados, senadores ou partidos políticos a quem atender, pois atendem a processo de trabalho, não a pessoas. O suposto relatório paralelo seria de deputados participantes da CPMI e poderia receber ajuda de todos que nela trabalham, inclusive dos servidores do Banco Central.

Não haveria falta de ética, porque ética é falar a verdade, não importando a quem. Relatório paralelo é legítimo, porque tem previsão regimental. Caso tivéssemos participado de um suposto relatório paralelo e falado a verdade do mesmo modo que falamos a verdade nos relatórios dos sub-relatores eleitos, nossa conduta seria plenamente ética.

Algumas pessoas poderiam eventualmente aventar o conceito de deslealdade. Ora, o servidor público, em sua função, não deve lealdade a pessoas, a partidos políticos, a parlamentares, ou seja lá a quem for. Servidor público deve observância aos princípios da Constituição Federal - impessoalidade, moralidade, legalidade, entre outros - o que, às vezes, frustra muita gente.

Assim, não haveria, na hipótese de nossa participação no suposto relatório alternativo, caso fosse verdadeira, qualquer ilegalidade, imoralidade ou deslealdade. Em suma, não haveria qualquer erro ou impropriedade nessa conduta.

O problema é o inverso. Somos vítimas de pessoas desonestas. Estão usando o nosso nome em um suposto relatório do qual não participamos. Estão atribuindo a nós palavras que não escrevemos. É contra essa farsa, contra essa enorme mentira, contra essa canalhice que nos insurgimos, como é de nossa história.

Abraços dos colegas:

Paulo Eduardo de Freitas, Abrahão Patruni, Maurício Furtado"

Veja também o texto intitulado OS ANARQUISTAS







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