Ano XXV - 20 de abril de 2024

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POLÍCIA FEDERAL APREENDE SUCATA DA REDE FERROVIÁRIA

CONTABILIDADE DE TRANSPORTES - AS FERROVIAS NO BRASIL

A QUALIDADE E A PRODUTIVIDADE IMPOSTAS PELAS PRIVATIZAÇÕES

São Paulo, 20/06/2010 (Revisado em 22-02-2024)

Coletânea por Américo G Parada Fº - Contador - Coordenador do COSIFe

POLÍCIA FEDERAL APREENDE SUCATA DA REDE FERROVIÁRIA

JORNAL NACIONAL de 26/11/2008 - somente texto.

Estima-se que, nos últimos dois anos, 210 locomotivas elétricas foram destruídas e mais de 3 mil vagões viraram matéria-prima para a siderúrgica.

Uma operação da Polícia Federal apreendeu, em São Paulo e no Paraná, sucatas de trilhos e vagões da rede ferroviária federal que teriam sido vendidas ilegalmente.

A ação policial foi simultânea em ferros-velhos e grandes siderúrgicas do interior de São Paulo e do Paraná. Peritos em informática e contabilidade recolheram documentos e arquivos de computador referentes à compra e venda de equipamentos que pertenceriam à extinta rede ferroviária. Também foram apreendidas toneladas de ferro, cobre e aço, sucatas de alto valor econômico encontradas em várias empresas.

Até um vagão de passageiros de aço inox estava em um ferro-velho em Piracicaba, São Paulo. “Se está havendo alguma apropriação do patrimônio público, nós desconhecemos totalmente esta situação”, afirma o advogado do ferro-velho, Mauro Merci.

A Polícia Federal investiga um esquema de apropriação do patrimônio público que movimentaria milhões de reais com a participação de várias empresas. Pelos levantamentos feitos por policiais ferroviários, estima-se que, nos últimos dois anos, 210 locomotivas elétricas foram destruídas e mais de 3 mil vagões viraram matéria-prima para a siderúrgica.

Nos últimos quatro anos, foram registrados flagrantes de destruição do patrimônio ferroviário em cinco cidades da malha paulista. A Polícia Federal aponta o envolvimento da empresa América Latina Logística (ALL), a maior concessionária de ferrovias do país.

A empresa teria um contrato com o ferro-velho de Piracicaba, que revendia o material da rede ferroviária para outras empresas, que também foram alvo da investigação desta quarta-feira.

A empresa ALL nega qualquer irregularidade e diz que o contrato para a venda de sucata é legal. “Nós somos uma empresa privada. Nós podemos ter contrato de venda, de prestação de serviço como qualquer outra empresa”, justifica Rodrigo Gomes, gerente de vagões da ALL.

Mas, segundo a Polícia Federal, esse contrato é ilegal porque fere a lei de concessões. “Eles têm conhecimento de que é um patrimônio público e que não pode ser vendido sem licitação", explica Carlos Fernando Abelha, delegado da Polícia Federal.

Em nota, a América Latina Logística reafirmou que a sucata pertence à empresa e que o contrato de concessão prevê que as peças substituídas na manutenção e recuperação dos vagões também são da concessionária.

A Agência Nacional de Transportes Terrestres, que regula o setor, declarou que não autorizou a ALL a desmontar nenhum vagão e que a empresa já foi multada em quase R$ 750 mil pelo desmanche.

A Dedini, que foi investigada pela Polícia Federal nesta quarta, informou que a última compra de sucata do ferro-velho de Piracicaba foi feita em 2003. A Policia Federal afirma que encontrou sucata da rede ferroviária federal na empresa Arcelor Mittal. A empresa nega.

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