DE TRABALHO PARA ASSISTÊNCIA À SAÚDE
PAS - Plano de Atendimento à Saúde
São Paulo, 28/10/2004 (Revisado em 21-02-2024)
Referências: Os Perigos da Privatização da Saúde Pública, OS - Organizações Sociais - Lei 9.637/1998.
Gestão de Maluf Desestruturou Sistema [de Saúde] DA CIDADE DE SÃO Paulo
Publicado por Folha de S. Paulo (só para assinantes) - em 28/10/2004 - Extraído do "clipping" do site do Ministério do Planejamento
A péssima situação da saúde no município [de São Paulo] tem uma história que remonta a anos anteriores à gestão da prefeita [Marta Suplicy] e foi agravada durante a administração do então prefeito Paulo Maluf (PP). Em 2004, aliado da prefeita [Marta Suplicy] na campanha pela reeleição, Maluf torna-se incômodo quando se fala de saúde.
Maluf criou um sistema de administração privada [municipal] por meio de cooperativas, o PAS (Plano de Atendimento à Saúde), em substituição ao Sistema Único de Saúde (SUS) [federal]. Legou o sistema a seu afilhado político, Celso Pitta [sucessor de Maluf na Prefeitura de São Paulo].
Em resumo, o plano deixou a área, na prática, sem uma secretaria da Saúde. A pasta simplesmente repassava dinheiro para as cooperativas. Também reduziu quadros administrativos que preparavam as compras via licitação - tudo era adquirido diretamente pelas entidades privadas.
Como o sistema tinha uma gestão privada, e sem o controle do SUS, a cidade deixou de receber verba federal - R$ 100 milhões a menos por ano.
A administração Marta calculou que o PAS foi responsável por desvios da ordem de R$ 1,5 bilhão.
Sobre as acusações ao PAS, o assessor de imprensa do ex-prefeito Paulo Maluf, Helio Mauro Armond, argumenta: "O melhor termômetro sobre o PAS no governo Paulo Maluf foi a pesquisa Datafolha, feita no final de 96, indicando que o sistema tinha 83% de aprovação popular".
NOTAS DO COSIFE: As observações [entre colchetes em negrito] são do Coordenador do Cosife.
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