BLINDAGEM FISCAL E PATRIMONIAL - ARTIFÍCIOS UTILIZADOS POR SONEGADORES 2 - ASPECTOS CONTÁBEIS MICROECONÔMICOS 2.1 - FORMAÇÃO DE "CAIXA DOIS" <-- clique para voltar 2.1.2 - Realização de Operações Dissimuladas 2.1.2.2 - OPERAÇÃO "ESQUENTA / ESFRIA" - BM&F - COM SCALPER No esquema em questão o Cliente "A" vende e recompra o bem objeto por intermédio de Corretoras de Valores diferentes ("A" e "D") e coloca como intermediário no negócio um "Scalper" (Operador Especial) que em tese opera apenas por conta própria. Isto é, não deveria realizar operações para terceiros. Neste caso, para aumentar a dissimulação, o Scalper poderia comprar um lote do bem objeto e vendê-lo de forma fracionada com a intervenção de outras pessoas físicas ou jurídicas. Com essa operação o Cliente "A" estaria conseguindo o dinheiro necessário para justificar os seus Sinais Exteriores de Riqueza. Por sua vez, o Cliente "B" que também usa duas Corretoras de Valores ("B" e "C") estaria gerando recursos financeiros para o seu CAIXA DOIS provavelmente depositado no exterior e controlado por uma empresa offshore de paraíso fiscal. Segundo artigo publicado em 2003 pela Revista "Isto é Dinheiro", os Scalpers movimentariam em compras e vendas (Day-Trade) mais de R$ 2,5 bilhões por dia. Se o dinheiro desviado fosse de apenas 1% ao dia, no final de um ano seriam mais de R$ 6 bilhões. As empresas Corretoras de Valores recebem pelos serviços de corretagem. O título patrimonial da Bolsa para o Scalper custava R$ 700 mil. |
Por Américo G Parada Fº - Contador - Coordenador dos COSIFE