Ano XXVI - 22 de novembro de 2024

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AS CHUVAS E O RACIONAMENTO DE ENERGIA



AS CHUVAS E O RACIONAMENTO DE ENERGIA

Com o elevado índice de chuvas de dezembro de 2001 e janeiro de 2002 as represas das hidrelétricas do Rio Paraná chegaram aos níveis satisfatórios. Porém, a má administração dos recursos hídricos e energéticos continua como antes. Segundo foi apurado e veiculado pela televisão, no lugar de voltar a produzir energia elétrica em sua capacidade máxima as hidrelétricas do citado rio estão liberando perto de 10 milhões de litros de água por segundo sem que essa água passe pelas turbinas que estão paradas. É água suficiente para abastecer diariamente mais de 800 milhões de lares que gastem mil litros por dia (mais de dez vezes o número de lares brasileiros).

A energia que poderia ser gerada por essa água está sendo gerada por termoelétricas com custo quatro vezes maior. Essas termoelétricas, segundo o noticiário, são subsidiadas pelo governo federal, apesar de terem sido privatizadas. E o governo gasta com elas cerca de R$ 2 bilhões. Esse dinheiro perdido inutilmente é mais do que o tão propalado déficit anual da previdência social. É aproximadamente o que o governo quer cobrar de contribuição dos já aposentados.

A má administração é tão grande que o Brasil, apesar de suas característica e potencial hidrelétricos, continua importando turbinas, fios de alta tensão e as torres de transmissão. E a importação desses bens é feita de países que não têm essas mesmas características do Brasil (grande potencial hidrelétrico e longas distâncias).

Os responsáveis pela gestão energética, por sua vez, alegam que as turbinas não estão sendo utilizadas porque não existem redes de transmissão suficientes para transportar a energia para os grandes centros consumidores, o que é mais uma prova da má administração.

Pergunta-se: Por que essas redes de transmissão não foram construídas nesses últimos sete anos de governo? Esse prazo seria suficiente para construir pelo menos o dobro do necessário. E por que não foi feito? Por que os novos donos da energia no Brasil nada fazem?

Enquanto nada feito haverá o “risco sistêmico” de novos “apagões”. Será que os governantes não conseguem enxergar que o exemplo argentino pode fazer aflorar no Brasil um “risco sistêmico” de convulsão social? Será que para eles só no mercado financeiro há “risco sistêmico”?

E nada fazem para conter os ânimos das massas. Apenas ameaçam dizendo que, se o povo eleger alguém que não seja de suas fileiras (coligação PFL / PPB / PMDB / PSDB) não haverá governabilidade. Estão querendo dizer que esses partidos políticos detêm a maioria do Congresso Nacional e que, se assim continuar, não vão deixar nenhum outro eleito governar, tal como fizeram com Getúlio Vargas em 1951/1954 e com Jânio Quadros e João Goulart no início da década de 1960.

Mostrando cenas do Estado mais pobre e miserável da federação, esses mesmos golpistas dizem na propaganda de sua principal candidata a presidência que “esse é o Brasil que a gente quer”.







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