Ano XXV - 20 de abril de 2024

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EXTREMA-DIREITA VERSUS EXTREMA-ESQUERDA


EXTREMA-DIREITA VERSUS EXTREMA-ESQUERDA

O ESQUERDISTA FANÁTICO E O DIREITISTA VISCERAL: DOIS PERFEITOS IDIOTAS

São Paulo, 23/11/2013

Referências: Sigilo Legal - Fiscal, Bancário e de Comunicações, Corrupção, Corrupto e Corruptor - Lobistas a Serviço dos Patrões - Detentores do Poderio Econômico, Grande Capital. Os Pelegos no Combate às Organizações Criminosas.

EXTREMA-DIREITA VERSUS EXTREMA-ESQUERDA

Por Américo G Parada Fº - Contador - Coordenador do COSIFE

OS DIREITISTAS SÃO MAIS PERIGOSOS QUE OS ESQUERDISTAS

Numa roda de amigos, em que eram discutidas as atuações dos direitistas e dos esquerdistas, foi dito que os extremistas de direita são mais perigosos porque estão a serviço dos detentores do Grande Capital.

Assim sendo, os esquerdistas radicais deixam de ser perigosos justamente porque abominam o dinheiro e por isso não têm como levar a cabo os seus ideais.

Afinal, para quase tudo que se possa realizar na nossa vida cotidiana, torna-se necessária determinada e às vezes significativa importância em dinheiro.

Até nos casos de vandalismo e terrorismo, alguém deve estar financiando o empreendimento.

DIREITISTAS E ESQUERDISTAS NO SERVIÇO PÚBLICO

No serviço público, por exemplo, os direitistas sempre estão dispostos a facilitar os intentos mesquinhos dos detentores do poderio econômico, razão pela qual se tornam corruptos, geralmente desprezam e humilham os subalternos, não se misturam com a ralé.

Os indícios da corrupção podem ser observados facilmente por meio dos megalomaníacos sinais exteriores de riqueza exibidos pelo corrupto, cujos bens, com o seu limitado salário, não conseguiria comprar.

Por sua vez, os esquerdistas conceituam com a alcunha de pelegos os "companheiros" que venham a aceitar cargos por meio dos quais possam de alguma forma impedir a nefasta ação dos corruptos e a de seus corruptores, os lobistas.

A ATUAÇÃO DOS PELEGOS

Nos sentidos depreciativo e figurativo, segundo o Dicionário Aurélio, PELEGO é a designação comum aos agentes mais ou menos disfarçados do Ministério do Trabalho nos sindicatos operários. Essa infiltração poderia ter vários objetivos, positivos e negativos.

Num desses objetivos, o positivo, o pelego teria função de evitar a corrupção dos líderes sindicais pelos lobistas contratados pelos patrões. Para identificação dos sindicalistas corruptos, como já foi mencionado, basta atentar para seus sinais exteriores de riqueza.

No sentido negativo, o PELEGO infiltrado, lobista a serviço dos patrões, seria pessoa subserviente ou capacho ou ainda capataz que tenta prejudicar as ações dos líderes sindicais que sejam amplamente favoráveis aos trabalhadores.

OS PELEGOS NO COMBATE ÀS ORGANIZAÇÕES CRIMINOSAS

No combate às organizações criminosas, torna-se imprescindível a infiltração de agentes do Estado (pelegos) no antro criminoso, visto que, diante dos sigilos legais nas comunicações, incluindo os sigilos fiscal e bancário, os corruptos sempre são os guardiães das provas que os incriminam e também das provas que incriminam os seus pares (os corruptores).

COMPLETANDO O DESCRITO

Sobre esse tema, "Direitistas Versus Esquerdistas", torna-se importantíssima a leitura do que escreveu Frei Betto no texto a seguir transcrito.

O ESQUERDISTA FANÁTICO E O DIREITISTA VISCERAL: DOIS PERFEITOS IDIOTAS

Por Frei Betto - escritor, autor do romance “Minas do Ouro” (Rocco), entre outros livros. Texto pulicado em 25/10/2012 por Pragmatismo Político. Extraído pelo COSIFE em 22/11/2013.

Frei Betto: “Embora mineiro, não fico em cima do muro. Sou de esquerda, mas não esquerdista”.

Direitista visceral e esquerdista fanático – os dois são perfeitos idiotas. O direitista padece da doença senil do capitalismo e o esquerdista, como afirmou Lênin, da doença infantil do comunismo

Nada mais parecido a um esquerdista fanático, desses que descobrem a nefasta presença do pensamento neoliberal até em mulheres que o repudiam, do que um direitista visceral, que identifica presença comunista inclusive em Chapeuzinho Vermelho.

Os dois padecem da síndrome de pânico conspiratório. O direitista, aquinhoado por uma conjuntura que lhe é favorável, envaidece-se com a claque endinheirada que o adula como um dono a seu cão farejador. O esquerdista, cercado de adversários por todos os lados, julga que a história resulta de sua vontade.

O direitista jamais defende os pobres e, se eventualmente o faz, é para que não percebam quão insensível ele é. Mas nem pensar em vê-lo amigo de desempregados, agricultores sem terra ou crianças de rua. Ele olha os deserdados pelo binóculo de seu preconceito, enquanto o esquerdista prefere evitar o contato com o pobre e mergulhar na retórica contida nos livros de análises sociais.

O esquerdista enche a boca de categorias teóricas e prefere o aconchego de sua biblioteca a misturar-se com esse pobretariado [proletariado] que nunca chegará a ser vanguarda da história.

O direitista adora desfilar suas ideias nos salões, brindado a vinho da melhor safra e cercado por gente fina que enxerga a sua auréola de gênio. O esquerdista coopta adeptos, pois não suporta viver sem que um punhado de incautos o encarem como líder.

O direitista escreve, de preferência, para atacar aqueles que não reconhecem que ele e a verdade são duas entidades numa só natureza.

O esquerdista não se preocupa apenas em combater o sistema, também se desgasta em tentar minar políticos e empresários que, a seu ver, são a encarnação do mal.

O direitista posa de intelectual, empina o nariz ao ornar seus discursos com citações, como a buscar na autoridade alheia a muleta às suas secretas inseguranças. O esquerdista crê na palavra imutável dos mentores do marxismo e não admite outra hermenêutica que não a dele.

O direitista considera que, apesar da miséria circundante, o sistema tem melhorado. O esquerdista vê no progresso avanço imperialista e não admite que seu vizinho possa sorrir enquanto uma criança chora de fome na África.

O direitista é de uma subserviência abjeta diante dos áulicos do sistema, políticos poderosos e empresários de vulto, como se em sua cabeça residisse a teoria que sustenta todo o edifício de empreendimentos práticos que asseguram a supremacia do capital sobre a felicidade geral.

O esquerdista não suporta autoridade, exceto a própria, e quando abre a boca plagia a si mesmo, já que suas minguadas ideias o obrigam a ser repetitivo. O direitista é emotivo, prepotente, envaidecido. O esquerdista é frio, calculista e soberbo.

O direitista irrita-se aos berros se encontra no armário a gola da camisa mal passada. Dedicado às grandes causas, as pequenas coisas são o seu tendão de Aquiles.

O direitista detesta falar em direitos humanos, e é condescendente com a tortura. O esquerdista admite que, uma vez no poder, os torturados de hoje serão os torturadores de amanhã.

O direitista esbraveja por ver tantos esquerdistas sobreviverem a tudo que se fez para exterminá-los: ditaduras militares, fascismo, nazismo, queda do Muro de Berlim, dificuldade de acesso à mídia etc. O esquerdista considera o direitista um candidato ao fuzilamento.

Direitista e esquerdista – os dois são perfeitos idiotas. O direitista padece da doença senil do capitalismo e o esquerdista, como afirmou Lênin, da doença infantil do comunismo.

Embora mineiro, não fico em cima do muro. Sou de esquerda, mas não esquerdista. Quero todos com acesso a pão, paz e prazer, sem que os direitistas queiram reservar tais direitos a uma minoria, e sem que os esquerdistas queiram impedir os direitistas de acesso a todos os direitos – inclusive o de expressar suas delirantes fobias.

O coordenador do COSIFE, embora paulista de Santos (portanto, santista), ao contrário da maior parte dos governantes paulistas (direitistas), quer que todos tenham acesso às satisfações reservadas apenas para si por aqueles conhecidíssimos dirigentes públicos segregacionistas que desviam e usam em proveito de seu clã oligárquico as verbas destinadas à população menos favorecida.







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