Ano XXV - 24 de abril de 2024

QR Code - Mobile Link
início   |   monografias
O BANCO CENTRAL E O CÂMBIO


O BANCO CENTRAL E O CÂMBIO

O INÍCIO DE UMA NOVA ERA DE ACUMULAÇÃO DE RESERVAS MONETÁRIAS

São Paulo, 8 de janeiro de 2004 (Revisado em 14-03-2024)

Ao contrário do que era feito no governo FHC, o Banco Central de Lula acorda e passa a comprar dólares para reservas estratégicas do país, depois de ter ficado um ano sem comprar ou vender moedas estrangeiras e pagando absurdas taxas de juros sobre as dívidas interna e externa.

A compra de moedas estrangeiras pela nossa autoridade monetária significa a injeção de moeda nacional na economia, o que pode provocar o aumento da rotatividade do dinheiro e assim o aumento do crédito, da produção e do consumo, o que fatalmente influenciará na diminuição do nível de desemprego.

A compra de dólares, provoca ligeira desvalorização da moeda nacional de forma que, tal como fazem o Japão e muitos outros países, permite que os exportadores recebam o preço justo por suas exportações e assim tenham recursos para aumentar a produção, gerar empregos e até pagar melhores salários.

Mas, os conservadores dirão que o aumento do meio circulante (dinheiro em circulação) também pode gerar inflação. Mas ela sempre existiu, embora no passado não muito distante ela tenha sido abafada mediante a manipulação dos índices. E isso foi facilmente notado pelos trabalhadores ao verem os preços crescendo e seus salários congelados durante aproximadamente 10 anos. Só para se ter uma idéia, o preço de uma assinatura de telefone fixo subiu quase 5.000% no mencionado período, o óleo de soja subiu 500%, assim como subiram o açúcar, o álcool, a gasolina entre muitos outros produtos. Porém, apesar de todas essas evidências, o governo teimava em dizer que a inflação oficial ficou perto dos 100%.

Ao contrário do que está sendo feito agora, o governo anterior, para sustentar o preço do dólar em nível inferior à realidade, vendia as moedas estrangeiras de nossas reservas através de instituições constituídas em paraísos fiscais para sonegadores de impostos, para especuladores do Mercado de Capitais e para os lavadores de dinheiro. Tal fato foi até comentado por um representante do governo norte-americano, quando afirmou que todos os recursos financeiros emprestados ao Brasil iam automaticamente para a Suíça para rechear contas privadas. Os governantes brasileiros da época calaram porque não tinham como contestar a verdade.

Tal forma de atuação, além de exaurir as reservas brasileiras, ainda provocou a redução das exportações, incentivou a importação de supérfluos pelos mais ricos e gerou o mais elevado índice de desemprego de nossa história.

Desde 1992 temos alertado para a inconseqüente política cambial aplicada desde a criação do Mercado de Câmbio de Taxas Flutuantes em 1989 e para a também inconseqüente permissão dada pelos dirigentes do Banco Central do Brasil às instituições constituídas em paraísos fiscais, que passaram a operar em câmbio e na captação de recursos financeiros sem a competente aprovação do poder executivo, conforme obriga o artigo 18 da Lei 4595/64.

Depois das investigações processadas e da instalação da CPI - Comissão Parlamentar de Inquérito para apurar os desvios de recursos financeiros efetuados através do BANESTADO - Banco do Estado do Paraná, parece que ficou claro que o tal representante norte-americano tinha razão e que de fato as instituições financeiras constituídas em paraísos fiscais ilegalmente autorizadas a operar pelos dirigentes Banco Central, somadas pelos sonegadores, pelos corruptos, pelos especuladores e pelos lavadores de dinheiro são as verdadeiras aves de rapina de nossas reservas cambiais.







Megale Mídia Interativa Ltda. CNPJ 02.184.104/0001-29.
©1999-2024 Cosif-e Digital. Todos os direitos reservados.