Ano XXV - 28 de março de 2024

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GUERRA CAMBIAL - EXEMPLOS DE MOEDAS DESVALORIZADAS


IMPACTOS NO BALANÇO DE PAGAMENTOS

GUERRA CAMBIAL - EXEMPLOS DE MOEDAS DESVALORIZADAS (Revisada em 20/02/2024)

SUMÁRIO:

  1. GUERRA CAMBIAL - EXEMPLOS DE MOEDAS DESVALORIZADAS
  2. A EXTINÇÃO DO MERCADO DE CÂMBIO DE TAXAS FLUTUANTES

Veja também os textos denominados:

  1. Trabalho Escravo - Morte aos Fiscais do Trabalho
  2. Os Empresários e a Reforma Trabalhista
  3. O Fim dos Direitos Trabalhistas - Semiescravidão
  4. Cooperativas: Uma Maneira Legal de Burlar o Sistema - Direitos Trabalhistas e Previdenciários
  5. Queremos os Ricos no Governo - o Retorno do Feudalismo ou Coronelismo
  6. Direitos Trabalhistas Viram Foco de Polêmica - O Fim dos Direitos Sociais dos Trabalhadores
  7. A Reforma Trabalhista e o Neocolonialismo
  8. Reforma Trabalhista - Caminhando Para o Trabalho Escravo - Segundo o Prêmio Nobel em Economia de 2010
  9. A Atuação das Multinacionais Mineradoras na América Latina - principalmente no Chile e na China

Por Américo G Parada Fº - Contador - Coordenador do COSIFE

1. GUERRA CAMBIAL - EXEMPLOS DE MOEDAS DESVALORIZADAS

Os Países da Ásia, que ficaram conhecidos como “Tigres Asiáticos”, e também o Japão, utilizam-se do recurso da desvalorização de suas moedas como forma de atrair trabalho para seu povo (geração de emprego interno).

A desvantagem para a maior parte da população asiática é que lá, em grande parte dos países, o trabalho pode ser considerado como semi-escravo. Com a mão-de-obra excessivamente barata e com alta carga horária de trabalho, muitas indústrias norte-americanas e européias passaram a construir suas fábricas em paraísos fiscais asiáticos para reduzir seus custos de produção e para evitar a tributação de seus lucros. Aproveitando-se dessa mão-de-obra barata e da quase inexistente legislação trabalhista, passaram a explorar o trabalho humano em regime de semiescravidão.

E essa redução dos direitos trabalhista também foi tentada no Brasil durante o Governo FHC e voltou a ser tentada no Governo Temer. Muitos empresários passaram a utilizar a mão-de-obra escrava em seus empreendimentos, conforme foi amplamente noticiado nos meios de comunicação. Houve até fiscal do trabalho assassinado por investigar as irregularidades empresariais.

Para aumentar sua competitividade e seus lucros, mediante a redução de seus custos de produção, muitas indústrias antes instaladas nos países desenvolvidos transferiram suas fábricas para os países asiáticos que agora estão abarrotados de reservas monetárias em dólares (com superávits em seus Balanços de Pagamentos).

Então, os países desenvolvidos de antigos exportadores transformaram-se nos principais importadores, razão pela qual estão sofrendo déficits contínuos em seus Balanços de Pagamentos. Diante dessa reviravolta, os países credores agora estão financiando os anuais déficits internos e externos dos norte-americanos, embora aquele país pague baixíssima taxa de juros. O mesmo está acontecendo como os demais países de desenvolvidos da Europa de forma menos contundente que a acontecida com os Estados Unidos. Em todos eles as importações são maiores que as exportações.

O grande problema dos países detentores de reservas monetárias em dólares ou em títulos norte-americanos é que já existe muita gente preocupada com o gigantesco e crônico déficit ianque. Isto significa dizer que, se os norte-americanos quebrarem, tal como aconteceu com a Alemanha, os detentores de dólares vão perder essas reservas, assim como perderam aqueles que investiram em títulos e dinheiro alemão antes da primeira guerra mundial.

A Alemanha já estava quebrada bem antes da crise norte-americana de 1929, época em que era grande a especulação financeira. Durante a Crise Financeira de 1929, os títulos comprados nas Bolsas de Valores norte-americanas eram queimados porque nada mais valiam.

2. A EXTINÇÃO DO MERCADO DE CÂMBIO DE TAXAS FLUTUANTES

Quando foi escrito originalmente este texto, em 2005, o Brasil só tinha dívidas. Por isso, foi feita uma significativa Reforma Cambial com a extinção do Mercado de Câmbio de Taxas Flutuantes. Em março de 2005 foi introduzido o RMCCI - Regulamento do Mercado de Câmbio de Capitais Internacionais.

A partir daí as Reservas Monetárias começaram a ser facilmente obtidas, mediante o aumento das exportações provocada pela desvalorização do Real. O aumento das exportações foi possível em razão da reativação das indústrias exportadoras desativadas em razão da negativa política econômica utilizada durante o Governo FHC.

O outro lado positivo, foi o incentivo governamental à produção agrícola durante o Governo Lula. Tal incentivo seria feito a partir do Governo FHC mas não foi possível em razão dos constantes déficits orçamentários provocado pela redução do consumo pelo trabalhadores desempregados, tal como também aconteceu durante o Governo Temer apoiado pelo partido de FHC.

O aumento da Exportações deixou o Brasil privilegiado em relação às potenciais mundiais. Esse acúmulo de Reservas Monetárias também reduziu o tal "Risco Brasil", que começou a ser reduzido a partir de 2003, diante das medidas econômicas introduzidas pelo novo governo em prol dos trabalhadores, mediante a geração de empregos em larga escala.

Em seguida, foi quitada a dívida externa deixada pelo Governo FHC junto ao FMI - Fundo Monetário Internacional. Ainda, ficou faltando a quitação dos Títulos da Dívida Externa emitidos para resgate a Longo Prazo. Mas, as Reservas Monetárias existentes no final de 2010 eram suficientes à quitação, sem que houvesse a necessidade de a emissão de novos títulos.

Em 2008 aconteceu A Derrocada Financeira Norte-Americana, tal como aconteceu com Alemanha depois da primeira guerra mundial e aconteceu com a Inglaterra antes da segunda guerra mundial.

Num momento desses talvez seja melhor para um país ter mais dívidas do que ter créditos (haveres) em dólares. Em razão da nova forma de gerenciamento político e econômico, o Brasil ficou em situação privilegiada em relação aos demais países, razão pela qual o governo brasileiro passou a ser consultado e a ter papel importante nas decisões econômicas mundiais.







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