Ano XXV - 18 de abril de 2024

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EMPRESÁRIO SE SUICIDA DURANTE EVENTO COM MINISTRO [DE BOLSONARO]


EMPRESÁRIO SE SUICIDA DURANTE EVENTO COM MINISTRO [DE BOLSONARO]

O RISCO SISTÊMICO TRANSFORMANDO-SE EM CATÁSTROFE ECONÔMICA E SOCIAL

São Paulo, 05/07/2019 (Revisada em 17/03/2024)

Incapacidade Administrativa Federal, Estadual e Municipal = Privatização e Terceirização, Incapacidade de Gerenciamento das Políticas Econômica, Monetária e Fiscal, Recessão, Desemprego, Inadimplência. Falta de Arrecadação Tributária, Desigualdade, Preconceito, Discriminação, Segregação Social, Falência do Sistema Financeiro. Empréstimos do FMI. Mercado de Câmbio Flutuante. Sonegação Fiscal, Evasão de Divisas, Importações maiores que as Exportações, Déficit no Balanço de Pagamentos.

  1. O RISCO SISTÊMICO TRANSFORMANDO-SE EM CATÁSTROFE ECONÔMICA E SOCIAL
    1. OS BANCOS CENTRAIS TRANSFORMADOS EM INSTITUIÇÕES INÚTEIS
    2. MELHORES SERIA A ESTATIZAÇÃO DE TODOS OS BANCOS
    3. O USA / EEUU COMO PROTAGONISTA DO RISCO SISTÊMICO
    4. OS BANCOS CENTRAIS E AS MOEDAS ELETRÔNICAS (VIRTUAIS)
    5. OS PAÍSES DESENVOLVIDOS E A ESTATIZAÇÃO DE SUAS CAMPEÃS NACIONAIS
  2. EMPRESÁRIO SE SUICIDA DURANTE EVENTO COM MINISTRO [DE BOLSONARO]
    1. A QUE NOS LEVA A FAZER UMA POLÍTICA ECONÔMICA SUICIDA
    2. AOS GOVERNANTES INCOMPETENTES SÓ RESTA PRIVATIZAR E TERCEIRIZAR
    3. O EXEMPLAR CURRICULUM VITAE DE UM EMPRESÁRIO PREJUDICADO
    4. UM GRANDE EXEMPLO DA INCOMPETÊNCIA GOVERNAMENTAL

1. O RISCO SISTÊMICO TRANSFORMANDO-SE EM CATÁSTROFE ECONÔMICA E SOCIAL

  1. OS BANCOS CENTRAIS TRANSFORMADOS EM INSTITUIÇÕES INÚTEIS
  2. MELHORES SERIA A ESTATIZAÇÃO DE TODOS OS BANCOS
  3. O USA / EEUU COMO PROTAGONISTA DO RISCO SISTÊMICO
  4. OS BANCOS CENTRAIS E AS MOEDAS ELETRÔNICAS (VIRTUAIS)
  5. OS PAÍSES DESENVOLVIDOS E A ESTATIZAÇÃO DE SUAS CAMPEÃS NACIONAIS

Por Américo G Parada Fº - Contador - Coordenador do COSIFE

1.1. OS BANCOS CENTRAIS TRANSFORMADOS EM INSTITUIÇÕES INÚTEIS

Os economistas ortodoxos plantonistas durante os últimos 25 anos do Século XX não se cansaram de afirmar que a função dos Bancos Centrais era a de evitar o chamado de RISCO SISTÊMICO. A partir da expedição da Resolução CMN 4.502/2016, o BACEN comprometeu-se a não mais intervir ou liquidar instituições do Sistema Financeiro. Foi instituído o "Salve-se Quem Puder". Os nossos gestores de políticas monetárias simplesmente foram curados do paranóico medo do Risco Sistêmico. Os bens, direitos e valores deles e de seus patrões já estavam devidamente blindados em paraísos fiscais.

Isto significava dizer que a função dos Bancos Centrais seria a de evitar que os banqueiros fossem à falência. Porém, da forma como vêm sendo utilizados pelos economistas ortodoxos (liberais ou neoliberais), os Bancos Centrais foram transformados em instituições inúteis.

Veja a NOTA DO COSIFE que está na página relativa às disposições da Resolução CMN 4.502/2016. Nela estão as informações complementares.

Tais economistas arcaicos (liberais, em tese, mas, paternais na prática) justificavam suas teses, dizendo que a falência dos banqueiros também resultaria na falência dos investidores que, consequentemente, não teriam como pagar suas contas e assim todos os seus credores também chegariam à falência. E, assim, sucessivamente, quebrariam todas as pessoas físicas e jurídicas porque ficariam insolventes (inadimplentes ou falidas), tal como aconteceu depois que Michel Temer elegeu-se vice-presidente da República e promoveu o Golpe Institucional contra Dilma Russeff.

Por isso, dizem os tais ortodoxos paternalistas, primeiramente os Bancos Centrais precisam salvar os banqueiros da falência.

Esses mencionados economistas ortodoxos são seguidores das teorias de Adam Smith, escritas durante a Revolução Industrial Inglesa.

1.2. MELHORES SERIA A ESTATIZAÇÃO DE TODOS OS BANCOS

Assim de fato sendo, com base nas Teorias de Keynes, melhor seria que todos os bancos fossem estatais, sabendo-se que o governo (o Povo) sempre paga a conta. Assim, foi feito na Islândia e na Hungria. Ou seja, o governo sempre tira os banqueiros de suas irresponsáveis falências, mas os incrimina, conforme se verifica no texto da Lei 7.492/1986 (Lei do Colarinho Branco).

Getúlio Vargas no Brasil (de 1930 a 1945) e Franklin Roosevelt nos Estados Unidos (de 1933 a 1945), durante seus mandatos seguiram as teorias de John Maynard Keynes para que fosse possível libertar o mundo da Crise Mundial de 1929 gerada pelos seguidores de Adam Smith.

No Brasil, esses seguidores de Adam Smith vêm sendo infantilmente manipulados por Paulo Guedes, durante o Governo Bolsonaro. Os dois têm se revelado como religiosos seguidores das doutrinas ortodoxas (anti Povo) deixadas por Michel Temer.

1.3. O USA / EEUU COMO PROTAGONISTA DO RISCO SISTÊMICO

Em suma, o tal Risco Sistêmico nada mais é que o risco da ocorrência de falências encadeadas. Assim aconteceria a quebra que todo o sistema financeiro e de capitais tal como aconteceu durante a Crise de 1929, gerada pelos especuladores de Wall Street, em Nova Iorque, nos Estados Unidos da América.

Idêntica crise foi  repetida em 2008, chamada de Crise Mundial, porque todos os grandes capitalistas estavam financiando os défices econômicos e monetários dos ianques, provocados pelo suicida sistema neoliberal globalizado em que esses irresponsáveis ficaram incumbidos da autorregulação dos mercados.

Isto significa que em 2008 o mundo todo era credor dos Estados Unidos da América. Como os ianques não têm como pagar a sua espetacular dívida, em tese decretaram uma moratória lá na década de 1970, quando foi extinto o Padrão-Ouro para o Dólar. E de lá para cá, a dívida não paga continua aumentando. Se alguém cobrar essa dívida, a banca quebr, e todos os credores perdem o seus rico dinheirinho investido em dólares e títulos norte-americanos. Diante dessa ameaça catastrófica, ninguém quer deixar que a Bolha Especulativa ianque estoure. Os capitalistas preferem viver com a ilusão de que um dia, sabe-se lá quando, os STATES poderão sair da agora irreversível falência.

Tudo isto também acontece nas empresas, deixando desnorteados os seus controladores, os seus investidores e demais credores. A tendência é que outros suicídios aconteçam. Em síntese, o sistema capitalista privado definitivamente faliu assim como a tese neoliberal.

Veja em O Estado Empreendedor e a Falta de Iniciativa Privada.

1.4. OS BANCOS CENTRAIS E AS MOEDAS ELETRÔNICAS (VIRTUAIS)

Desse jeito só resta como alternativa a instituição de moedas virtuais (eletrônicas), com lastros em depósitos compulsórios. Essas moedas seriam exclusivamente controladas por bancos centrais como forma de conter a notada hegemonia dos paraísos fiscais.

Porém, o Shadow Banking System = Sistema Bancário Fantasma (de paraísos fiscais), totalmente virtual (escritural), já movimenta o equivalente a 8 vezes a soma do PIB - Produto Interno Bruto de todos os países. Mas, lá não existem depósitos compulsórios porque na realidade não existe dinheiro (moeda circulante). Logo, tratam-se de operações meramente especulativas, sem lastro. As operações são do tipo DAY-TRADE (iniciadas e terminadas num mesmo dia). Portanto, são contabilizados somente os lucros obtidos pelo ganhador e os prejuízos sofridos pelo perdedor. Para isso basta ter um cartão de débito emitido por BANCO OFFSHORE, registrado num paraíso fiscal.

Isto significa que a Bolha Especulativa virtual (mundial) está prestes a estourar. É o que dizem alguns economistas progressistas, como base no que aconteceu em 1929 e em 2008. Vai acontecer uma grande crise com proporção hiper-econômica com hiper-inflação como aquela enfrentada pela Alemanha.

1.5. OS PAÍSES DESENVOLVIDOS E A ESTATIZAÇÃO DE SUAS CAMPEÃS NACIONAIS

Por isso a Alemanha e outros países europeus estão estatizando as suas empresas tidas como campeãs nacionais, o que no Brasil também já foi feito, mas, a partir de Michel Temer tudo foi novamente perdido, tal como aconteceu durante o Governo FHC e vem acontecendo durante o breve desgoverno de Bolsonaro.

Indiscutivelmente o mundo está novamente caindo num grandioso buraco sem fundo.

2. EMPRESÁRIO SE SUICIDA DURANTE EVENTO COM MINISTRO [DE BOLSONARO]

  1. A QUE NOS LEVA A FAZER UMA POLÍTICA ECONÔMICA SUICIDA
  2. AOS GOVERNANTES INCOMPETENTES SÓ RESTA PRIVATIZAR E TERCEIRIZAR
  3. O EXEMPLAR CURRICULUM VITAE DE UM EMPRESÁRIO PREJUDICADO
  4. UM GRANDE EXEMPLO DA INCOMPETÊNCIA GOVERNAMENTAL

Por Raphael Di Cunto e Carolina Freitas (Colaborou André Guilherme Vieira, de São Paulo). Publicado por Valor Econômico em 05/07/2019. Extraído do CLIPPING do Banco Central do Brasil.

2.1. A QUE NOS LEVA A FAZER UMA POLÍTICA ECONÔMICA SUICIDA

Um empresário se suicidou ontem com um tiro na cabeça durante a abertura de um evento em Aracaju em que estavam presentes o governador de Sergipe, Belivaldo Chagas, e o ministro das Minas e Energia, Bento Albuquerque.

Sadi Paulo Castiel Gitz, de 70 anos, era proprietário e presidente da Cerâmica Sergipe e estava na plateia durante a abertura de simpósio sobre o setor de gás natural.

A empresa passava por dificuldades financeiras e estava em estado falimentar, o que levou a demissão em massa dos funcionários. Segundo comunicado da empresa, que estava paralisada desde maio [de 2019], 600 empregos diretos e indiretos foram afetados.

Na nota em que anunciou a paralisação, a empresa acusou, justamente, o alto preço do gás cobrado pela concessionária Sergipe Gás (Sergas) como responsável pelo fechamento da fábrica.

A INCONSEQUENTE PRIVATIZAÇÃO OU TERCEIRIZAÇÃO DE SETORES INDISPENSÁVEIS AO DESENVOLVIMENTO NACIONAL

É de se exaltar que países europeus, como a Alemanha (entre outros), estejam interessadas em estatizar as suas empresas tidas como CAMPEÃS NACIONAIS, enquanto no Brasil, lamentavelmente, nossos governantes ENTREGUISTAS fazem o possível e o impossível para destruir as nossas CAMPEÃS NACIONAIS.

Enquanto no mundo dito civilizado eles estão tentando estatizar empresas que possam fugir do País em busca de Paraísos Fiscais, no Terceiro Mundo ("não civilizado") os nossos dirigentes públicos teimam em privatizar porque cinicamente as empresas estatais estão sendo entregues a eles mesmos tendo como testas de ferro seus partidários, que passam a agir na qualidade de nossos Senhores Feudais (Feudalistas), mediante a aplicação do chamado de Neocolonialismo Privado ou Canibalismo Econômico.

Por isso deve ter acontecido o suicídio do empresário em questão.

Atualmente parece claro no mundo desenvolvido que as empresas, principalmente as industriais exportadoras, precisam reduzir seus custos operacionais para que possam competir no exterior.

Nos países asiáticos é utilizado o carvão mineral (hulha) como gerador de energia altamente poluente,  de custo muito mais barato que o Gás Natural. Portanto, o governo deveria ter a iniciativa de produzir gás de forma subsidiada, para que não seja necessário importar a hulha que o Brasil não tem.

De outro lado, com a privatização das refinarias de petróleo e da extração da matéria prima, tal como aconteceu com a Argentina por meio da REPSOL, o Brasil passará da condição de exportador de produtos acabados para importador, o que resultou na re-estatização da produção petrolífera a um custo elevadíssimo na Argentina.

Não resta a menor dúvida que a internacionalização do Brasil é a tese defendida pelos nossos economistas ortodoxos. Porém, na prática os progressistas dizem que o governo precisa defender a nossa estrutura empresarial que vem sendo enormemente prejudicada principalmente depois da deposição de Dilma Russeff.

Desde as primeiras privatizações ocorridas na década de 1990 tem ficado devidamente comprovado que os preços de venda dos produtos e serviços por empresas privatizadas tornaram-se estupidamente maiores do que eram antes das privatizações.

Se nossos governantes continuarem com essa política econômica suicida, muitos outros empresários poderão morrer de desgosto, ao ver que todo aquele verdadeiro império por ele construído está sendo destruído, está sendo perdido por causa de políticas econômicas erradas.

2.2. AOS GOVERNANTES INCOMPETENTES SÓ RESTA PRIVATIZAR E TERCEIRIZAR

No fim do mês passado (junho de 2019), o governo [federal] lançou um o conjunto de medidas para abrir a concorrência no mercado de gás natural e reduzir o preço de oferta do insumo no país, com o programa Novo Mercado de Gás. Desde então, o ministro de Minas e Energia tem comparecido a audiências públicas e eventos para divulgar e defender a iniciativa.

2.3. O EXEMPLAR CURRICULUM VITAE DE UM EMPRESÁRIO PREJUDICADO

Gitz [o suicida] atuava no Estado de Sergipe havia 30 anos. Nascido em Porto Alegre, era formado em matemática, engenharia mecânica e administração. Tinha pós-graduação em engenharia naval e engenharia de segurança pela PUC do Rio Grande do Sul, com MBA em gestão pela Fundação Getulio Vargas. Ele trabalhou no serviço público e presidiu a Associação Comercial e Empresarial de Sergipe (Acese). Em 1986, fundou a Cerâmica Sergipe.

Em nota, o governo de Sergipe disse lamentar o ocorrido com o empresário e informou que o simpósio foi cancelado. O episódio também foi lamentado pelo ministro Bento Albuquerque.

2.4. UM GRANDE EXEMPLO DA INCOMPETÊNCIA GOVERNAMENTAL

[Notadamente, desprezando a morte do empresário], o vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), filho do presidente Jair Bolsonaro, mais uma vez criticou o trabalho do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência (GSI).

Mais uma falha de segurança. Seria bom a segurança do presidente ficar mais atenta”, escreveu no Twitter.

[Os articulistas do Jornal Valor Econômico nos alertam que] a segurança de ministros de Estado não cabe ao GSI. O órgão tem como atribuição coordenar a segurança do chefe do Executivo. O órgão não comentou a [inapropriada e equivocada] declaração de Carlos Bolsonaro.

Não é a primeira vez que o filho do presidente critica o trabalho do GSI, cujo chefe é o general Augusto Heleno. Recentemente, ele levantou dúvidas sobre a atuação do GSI após a prisão de um sargento da Aeronáutica que transportava 39 quilos de cocaína em um avião da comitiva presidencial que iria ao Japão para o G-20.







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