Ano XXV - 19 de abril de 2024

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AS AGÊNCIAS DE RATING, O BANCO CENTRAL E O RISCO PAÍS


AS AGÊNCIAS DE RATING, O BANCO CENTRAL E O RISCO PAÍS

A DUVIDOSA ATUAÇÃO DAS AGÊNCIAS DE CLASSIFICAÇÃO DE RISCOS

São Paulo, 13/02/2018 (Revisada em 16/03/2024)

Referências: Risco País = Risco Brasil; Embi; Embi+; Cálculo e a Atual Constituição, Critérios de Inclusão e de Exclusão de Papéis no Cálculo; Diferença Entre o Embi+ e o Embi Global; Embi+Br; Cálculo do Embi+Br; Credit Default Swap (Cds); Medida do Risco Brasil; Mercado de CDS; Proteção Para O Risco de Crédito; Classificação de Risco de Países; Agências Internacionais de Ratings; Escala de Classificação; Tipos de Rating; Metodologia Adotada Pelas Agências Para Atribuir Ratings Aos Países; Rating Soberano e o Risco País; Risco Brasil e o Pagamento de Juros Da Dívida Externa; Relação Entre O Risco-Brasil e a Taxa de Câmbio; Impacto da Crise Financeira Sobre o Risco Brasil.

AS AGÊNCIAS DE RATING, O BANCO CENTRAL E O FALACIOSO RISCO PAÍS

1. VIVENDO DE ILUSÕES - COMENTÁRIOS SOBRE O RISCO PAÍS

Em março de 2016 o Banco Central do Brasil expediu a Cartilha intitulada PMF 9 - RISCO PAÍS, que é um dos livros de sua Série de Perguntas Mais Frequentes (PMF) com 13 livros. No livro 9 estão os nomes das pessoas responsáveis pela sua elaboração que aqui não serão revelados porque este texto tem o intento de criticar o contido no referido livro editado sob a responsabilidade maior dos dirigentes do Banco Central. Ou seja, se os autores fizessem algo diferente do pretendido pelo poder dominante, obviamente não seria publicado.

Usando o mais complexo economês (veja nas referências) os servidores do BACEN tentaram explicar o que significa o tal RISCO BRASIL ou RISCO PAÍS. A intenção era muito boa, mas o produto final...

Inicialmente, no PMF 9 - RISCO PAÍS lê:

Este texto integra a série Perguntas Mais Frequentes (PMF), editada pelo Departamento de Relacionamento com Investidores e Estudos Especiais (Gerin) do Banco Central do Brasil (BCB), que aborda temas econômicos de interesse de investidores e do público em geral. (destaques do autor deste texto do COSIFE)

Com essa iniciativa, o BCB vem prestar esclarecimentos sobre diversos assuntos, buscando reforçar a transparência na condução da política econômica e a eficácia na comunicação de suas ações. (destaques do autor deste texto do COSIFE)

Os textos escritos em economês, em nada são transparentes, nem se transformam em eficiente meio de comunicação.

2. UTILIZANDO-SE A TEORIA CONTÁBIL O RESULTADO É DIFERENTE

A crítica está sendo efetuada por um CONTADOR (Auditor e Perito Contábil) que se baseou apenas na Teoria Contábil que norteia a Análise da Situação Líquida Patrimonial das entidades jurídicas públicas e privadas, com ou sem fins lucrativos.

Assim como a Teoria Contábil passou a ser aplicada obrigatoriamente na Contabilidade Pública ou Governamental a partir de 2010, essa mesma Teoria Contábil também deveria ser aplicada na Análise da Situação Líquida Patrimonial aos Países, levando-se em conta os verdadeiros elementos patrimoniais das Nações que deveriam constar do deficiente Balanço de Pagamentos, onde estão somente os:

  1. ATIVOS: as Reservas Monetárias = Exportações menos Importações e demais Contas a Receber de suas relações comerciais com o exterior; os Capitais Brasileiros investidos no Exterior.
  2. PASSIVOS: a Divida Externa oriunda da emissão de Títulos, os Capitais Estrangeiros investidos no Brasil.

Importante: os Capitais Brasileiros no Exterior só passou a constar a partir do ano 2001 depois de efetuado o primeiro Censo no ano 2000 pelo Banco Central do Brasil.

O grande falha da Contabilidade Nacional (de onde é extraído no Balanço de Pagamentos), é que nela não estão contabilizadas as Reservas Naturais das Nações. Como a Teoria Econômica não leva em conta o verdadeiro Patrimônio Nacional, em que devem estar as Reservas Naturais, o Balanço de Pagamentos nada mais é que uma simples Demonstração do Fluxo de Caixa.

3. RESERVAS NATURAIS VERSUS RESERVAS ECOLÓGICAS

Geralmente os teóricos confundem Reservas Naturais com Reservas Ecológicas.

As mais importantes Reservas Naturais de todos os países são as matérias-primas encontradas na natureza, que são utilizadas em grande quantidade pelos Países Industrializados. Assim são chamados todos os  países considerados ricos (em indústrias ou Parques Industriais). Porém, esses países industrializados geralmente são pobres em matérias-primas; são pobres em Reservas Naturais. Os estudiosos da Ecologia, também não colocam as Terras Cultiváveis entre as Reservas Naturais dos países.

Dessas aqui chamadas de verdadeiras Reservas Naturais, além dos minérios, saem também as mercadorias (commodities) e demais produtos exportáveis (inclusive os industrializados). Dessas exportações resultam as Reservas Monetárias, que estão lançadas como um dos principais itens do Balanço Pagamentos. Para que este de fato apresente a Riqueza de um Pais, deveria ser transformado em Balanço Patrimonial mediante a escrituração de suas Reservas Naturais em que estão, além das citadas, outros itens.exportáveis, como a madeira oriunda do Florestamento, chamado também de Reflorestamento.

Como exemplo de Reservas Naturais, observe contido no Mapa dos Recursos Minerais do Brasil (a seguir), publicado pelo site COLA DA WEB (clique na imagem para ver a descrição feita por aquele site:

4. O BALANÇO DE PAGAMENTOS COMO MERO DEMONSTRATIVO DO FLUXO DE CAIXA

Pergunta-se: Por que existe essa grande falha no Balanço de Pagamentos?

Poderíamos dizer de forma preconceituosa e discriminadora que o Balanço de Pagamentos não é feito por CONTADOR. Essa resposta parece certa, mas, não é. Está errada.

Na verdade, com a publicação dessa forma de balanço incompleto os eternos serviçais dos donos detentores do poderio econômico querem esconder do mundo quais são os países realmente ricos ou quais são os países totalmente dependentes dos países chamados de pobres.

Esses países tidos como pobres também são pejorativamente chamados de  países subdesenvolvidos, países do terceiro mundo ou ainda de países em desenvolvimento como é o caso do Brasil que só não é desenvolvido porque a nossa ELITE (representante do capital estrangeiro de sonegadores de tributos) não o deixa ser.

5. A CONTABILIDADE NACIONAL COM AS RESERVAS NATURAIS - BENS PATRIMONIAIS

Se fossem colocados na Contabilidade das Nações as suas respectivas Reservas Naturais na qualidade de Bens e Direitos Patrimoniais (com base no Principio de Contabilidade da Entidade), esses países do Terceiro Mundo (os colonizados) seriam os mais ricos também em Reservas Vegetais (florestais), em Terras Cultiváveis, em pastos para criação de ruminantes, em Reservas Aquíferas e em Plataformas Continentais (com grandes Reservas de Pescado e de Minérios, incluindo o Petróleo em águas profundas = Pré-Sal).

Se assim fosse feito o aqui denominado como Balanço Patrimonial das Nações, a referida peça contábil apontaria como verdadeiramente pobres os atualmente chamados de países desenvolvidos (industrializados).

6. INVERSÃO DE VALORES: OS PAÍSES POBRES EM RESERVAS NATURAIS SÃO OS PAÍSES RICOS

Pergunta-se: Que risco tem investir nos países do Terceiro Mundo que vem sustentando os países colonizadores e neocolonizadores há mais de 500 anos?

Isto significa dizer que os países industrializados são totalmente dependentes das matérias-primas do Terceiro Mundo principalmente depois de iniciada a Revolução Industrial inglesa.

Desde o nosso Grito de Independência até o início da Segunda Guerra Mundial, os maiores investimentos dos ingleses no Brasil foram na construção de ferrovias do interior para o litoral onde estavam os portos. Assim eram levadas as matérias-primas para que as indústrias europeias pudessem funcionar e para que aqueles países pobres em Reservas Naturais pudesse exportar.

Observe que as matérias-primas daqui extraídas viajavam muitas milhas náuticas até a Inglaterra e para outros países europeus. Depois de industrializado (manufaturado), parte do produto final era vendido ao Brasil por preço exorbitante.

Para evitar o passeio das matérias-primas pelos mares e oceanos, seria mais inteligente fazer a industrialização das nossas reservas naturais aqui mesmo (no Brasil) porque o preço final do produto seria bem mais baixo e assim o lucro deles poderia ser maior.

7. A IMPLANTAÇÃO DO NEOCOLONIALISMO POLÍTICO

Então, pergunta-se novamente: Por que não faziam e ainda não fazem a industrialização das matérias-primas aqui mesmo?

Se fizessem ou fizerem o sugerido, o Brasil seria a Potência Mundial e não a Inglaterra ou os demais países europeus. Desse jeito, o Brasil seria país rico e a Inglaterra seria país pobre, por exemplo.

Isto significa que desde aquela época, posterior ao nosso falso Grito de Independência, nós nos libertamos do colonialismo português, mas, passamos a vítimas do neocolonialismo inglês. Por isso, continuamos a só exportar matérias-primas e alimentos e os países do Hemisfério Norte continuam a nos fornecer os produtos industrializados, fabricados com os produtos primários saídos das Reservas Naturais brasileiras por preços irrisórios.

Do exposto, podemos entender que o único risco para os investimentos no Brasil (para implantação de indústrias, por exemplo) seria o nosso país ser considerado rico e eles considerados pobres.

Ou detalhe. Por terem as suas Exportações maiores que as Importações, os países desenvolvidos são os maiores devedores (maiores endividados). E o maior deles é os Estados Unidos que não têm a mínima condição de pagar sua enorme dívida.

Eles pagam a dívida com a emissão daquele papelucho verde (verdadeira Nota Promissória ao Portador) sem lastro em Reservas Monetárias e sem lastro em Reservas Naturais, a exemplo do que acontece com o BITCOIN e com outras moedas virtuais.

8. O TENDENCIOSO RISCO PAÍS PUBLICADO PELAS AGÊNCIAS DE RATING

Apesar das sabidas deficiências enfrentadas pelos falidos países desenvolvidos, as Agências de Rating na maior cara-de-pau (caradura) sinalizam os STATES e outros endividados como países em melhor situação, o que não é verdade, salvo se estiverem a  considerar apenas o poder bélico que os ianques detém. Porém, aquela país não tem reservas monetárias para financiar guerras. Para isto, só lhes resta emitir aquela verde nota promissória ao portador sem data de vencimento, verdadeiro cheque sem fundos emitido contra um banco falido.

Mais um detalhe. Os países proprietários de todas as empresas de grande porte (do mundo inteiro) são os Paraísos Fiscais. Na realidade são as empresas fantasmas constituídas como offshore naquelas ilhas do inconfessável. Isto é, até as suas antigas ou tradicionais empresas, os países desenvolvidos não mais possuem.

9. AS GRANDES EMPRESAS DE TODOS OS PAÍSES FUGIRAM PARA PARAÍSOS FISCAIS

Com base na teoria defendida pelos Neoliberais Anarquistas, implantada a partir da década de 1980, as grandes empresas dos países desenvolvidos fugiram para paraísos fiscais cartoriais (que registram as citadas empresas offshore) e para paraísos fiscais industriais, onde instalaram suas fábricas para exploração de trabalhadores em regime de semiescravidão.

Sistema idêntico Michel Temer quer implantar no Brasil com a sua Reforma Previdenciária e com a privatização das estatais restantes. Pelo menos duas outras reformas nesse sentido já foram feitas: a Reforma Trabalhista alicerçada pela Lei sobre a Terceirização que indiretamente permite a contratação de mão de obra na qualidade de MEI - Micro Empreendedor Individual sem carteira de trabalho assinada. Portanto, sem Direitos Sociais.

Temer quer o Brasil como País do Futuro à semelhança da China e os demais países asiáticos que permitem a exploração do trabalho escravo.

Porém, uma grande diferença impede que o Brasil siga o exemplo da China. Lá pelo menos um bilhão e duzentos milhões de pessoas têm terras de onde tiram o necessário à sobrevivência. A nossa população mais pobre (98% do total) não tem terras porque foram vendidas para os detentores do poderio econômico local quando migraram para as capitais estaduais. E nessas grandes cidades não conseguiram os empregos necessários à sobrevivência digna. Assim, surgiram as grandes favelas que fomentam a crescente criminalidade.

Em razão da falta de grandes indústrias em seus respectivos territórios, os países industrializados não estão arrecadando os tributos em valores suficientes para evitar os seus constantes défices públicos e no balanço de pagamentos.

O mesmo está acontecendo no Brasil depois da derrota de Aécio Neves no escrutínio de 2014.

10. ENTENDENDO O QUE DEMONSTRAM AS TABELAS

Com base na Tabela 1 a seguir podemos observar que os países do Hemisfério Norte são os mais endividados justamente porque suas exportações são em montante menor que suas importações.

Com a fuga de suas grandes empresas para a Ásia e com o grande número de falências ocorridas desde a década de 1990, a arrecadação tributária desses países diminuiu assustadoramente, tal como também vem ocorrendo no Brasil, principalmente durante o Governo Temer e também acontecia durante o Governo FHC.

A falta de arrecadação tributária fez com a nossa dívida pública aumentasse vertiginosamente porque foram emitidos títulos para pagamento dos elevados juros fixados pelos membros do COPM. Mesmo depois de reduzida a taxa de juros, o Tesouro Nacional, em seus leilões de títulos, vem aceitando deságios que chegam a 20% ao ano. Portanto, a redução da taxa de juros foi só para inglês ver.

Tabela 1 - Países mais endividados são os do Hemisfério Norte e os
Mais Ricos em Reservas Naturais são os do Hemisfério Sul.
 

Países

Dívida Externa em US$

Per Capita

% do PIB

Continente

Hemisfério

001 Estados Unidos

14,392,451,000,000

46,577

97%

América do Norte

Norte

Zona Euro

14,166,135,000,000

43,110

120%

Europa

Norte

União Europeia

13,720,000,000,000

27,382

83%

Europa

Norte

002 Reino Unido

8,981,000,000,000

144,757

99%

Europa

Norte

003 Alemanha

4,713,000,000,000

57,646

143%

Europa

Norte

004 França

4,698,000,000,000

74,410

188%

Europa

Norte

005 Holanda

2,344,296,360,000

226,503

344%

Europa

Norte

006 Japão

2,246,000,000,000

17,546

51%

Ásia

Norte

007 Noruega

2,232,000,000,000

113,174

861%

Europa

Norte

008 Itália

2,223,000,000,000

39,234

124%

Europa

Norte

009 Espanha

2,166,000,000,000

52,588

157%

Europa

Norte

010 Irlanda

2,131,000,000,000

515,671

1224%

Europa

Norte

011 Luxemburgo

1,892,000,000,000

4,028,283

4636%

Europa

Norte

012 Bélgica

1,275,601,020,000

126,188

322%

Europa

Norte

013 Suíça

1,190,000,000,000

182,899

364%

Europa

Norte

014 Austrália

1,169,000,000,000

42,057

131%

Oceania

Sul

015 Canadá

1,009,000,000,000

24,749

75%

América do Norte

Norte

016 Suécia

853,300,000,000

72,594

241%

Europa

Norte

017 Áustria

755,000,000,000

97,411

226%

Europa

Norte

Hong Kong

754,631,000,000

92,725

233%

Ásia

Norte

018 Dinamarca

559,500,000,000

110,216

274%

Europa

Norte

019 Grécia

532,900,000,000

49,525

165%

Europa

Norte

020 Portugal

497,800,000,000

47,632

201%

Europa

Norte

021 Rússia

480,200,000,000

2,611

21%

Ásia

Norte

022 República Pop China

406,600,000,000

301

7%

Ásia

Norte

023 Finlândia

370,800,000,000

68,180

200%

Europa

Norte

024 Coreia do Sul

370,100,000,000

29,842

25%

Ásia

Norte

025 Brasil

310,800,000,000

1,129

14%

América do Sul

Norte e Sul

026 Turquia

270,700,000,000

3,884

45%

Europa e Ásia

Norte

027 Polônia

252,900,000,000

5,279

47%

Europa

Norte

028 Índia

237,100,000,000

187

18%

Ásia

Norte

029 México

212,500,000,000

1,646

20%

América do Norte

Norte

030 Indonésia

155,900,000,000

651

28%

Ásia

Norte e Sul

Fonte: Wikipedia com base em informações da ONU, Banco Mundial e FMI

Então, diante dessa situação totalmente desequilibrada levada à efeito pelos neoliberais anarquistas, tal como vem acontecendo no Governo de Michel Temer, torna-se inútil as explicações contidas na PMF 9 - RISCO PAÍS porque sem quaisquer explicações é fácil para um CONTADOR entender que os países mais arriscados para quaisquer tipos de investimentos são exatamente os do Hemisfério Norte que estarão totalmente falidos se os países do Hemisfério Sul não mais exportarem matérias-primas para os chamados de países industrializados.

Assim, tornam-se inócuas e ao mesmo tempo de má fé as classificações de riscos publicadas por agência de rating que visivelmente estão fazendo propaganda enganosa ao deixarem claro que os países mais arriscados para investimentos são os ex-colonizados e neocolonizados depois da proclamação de suas falsas independências.

Tabela 2 - Escala de Classificação das Agências de Rating
 

Moody's

S&P

Fitch

Categoria de Investimento

Aaa

AAA

AAA

Aa1

AA+

AA+

Aa2

AA

AA

Aa3

AA-

AA-

A1

A+

A+

A2

A

A

A3

A-

A

Baa1

BBB+

BBB+

Baa2

BBB

BBB

Baa3

BBB-

BBB

Categoria de Investimento de Risco

Ba1

BB+

BB+

Ba2

BB

BB

Ba3

BB-

BB-

B1

B+

B+

B2

B

B

B3

B-

B-

Caa1

CCC+

CCC

Caa2

CCC

CC

Caa3

CCC-

C

Ca

CC

DDD

C

C

DD

 

D

D

Fontes: Moody’s, Standard & Poor’s e Fitch Ratings

Na Tabela 3 a seguir é fácil observar que os países com melhores classificações (que contêm a letra "A") são justamente os que dependem de matérias-primas importadas dos países colonizados ou neocolonizados do Hemisfério Sul. Até o Chile, México e Peru dependem de importações vindas de seus vizinhos.

Tabela 3 - Rating de Longo Prazo para Emissões em Moeda Estrangeira (em março de 2016)

País

Moody's

S&P

Fitch

(em Bilhões de US$)

Reservas
até 2014

Dívida
2010

PIB
2014

Mundo (Credor da Dívida Liquida = Paraísos Fiscais)      

10,008,39

59.090,00

77.507,49

África do Sul

Baa2

BBB-

BBB-

48,15

80,52

349,82

Brasil

Ba2

BB

BB+

375,37

310,80

2.346,52

Bulgária

Baa2

BB+

BBB-

19,30

36,15

56,72

Chile

Aa3

AA-

A+

40,15

84,51

258,06

China

Aa3

AA-

A+

3.202,32

406,60

10.430,59

Colômbia

Baa2

BBB

BBB

40,03

61,78

377,74

Coréia do Sul

Aa2

AA-

AA-

365,76

370,10

1.410,38

Egito

Caa1

B-

B

15,25

30,61

282,24

Equador

B3

B+

B

2,45

14,71

100,92

Estados Unidos

Aaa

AA+

AAA

117,19

14.392,45

17.348,07

Filipinas

Baa2

BBB

BBB-

83,95

61,85

290,90

Hong Kong

Aa1

AAA

AA+

359,90

754,63

274,03

Índia

Baa3

BBB-

BBB-

350,86

237,10

2.054,94

Japão

A1

A+

A

1.254,10

2.246,00

4.602,41

Malásia

A3

A-

A-

128,36

62,82

326,93

Marrocos

Ba1

BBB-

BBB-

18,29

22,69

110,01

México

A3

BBB+

BBB+

176,32

212,50

1.294,69

Paraguai

Ba1

BB

BB

3,98

4,35

30,98

Peru

A3

BBB+

BBB+

63,47

33,30

201,81

Polônia

A2

BBB+

A-

108,87

252,90

544,95

Reino Unido

Aa1

AAA

AA+

111,16

8.981,00

2.988,89

Rússia

Ba1

BB+

BBB-

380,54

480,20

1.849,94

Turquia

Baa3

BB+

BBB-

148,27

270,70

798,41

Ucrânia

Caa3

B-

CCC

24,54

97,50

131,80

Uruguai

Baa2

BBB

BBB-

14,30

13,39

57,47

Venezuela

Caa3

CCC

CCC

29,89

55,61

509,96

Países da Zona do Euro - BACEN Europeu      

74,90

14.166,14

 
Países da União Europeia      

---

13.720,00

16.220,37

Fontes: Moody’s, Standard & Poor’s, Fitch Ratings (originais), Banco Central e Wikipedia (secundárias).

Na tabela acima verifique de [Dívida Líquida] = [Dívida Bruta] - [Reservas Monetárias]

Se [Dívida Bruta] > [Reservas Monetárias] = [Existe Dívida]

Se [Reservas Monetárias] > [Dívida Bruta] = [Não Existe Dívida]

Isto significa que no Brasil, antes da deposição de Dilma Russeff, não existia dívida.

Torna-se importante destacar que os países filiados à ONU e ao FMI tinham um total de US$ 10.008,39 bilhões em RESERVAS MONETÁRIAS, portanto eram países credores (tinham ATIVOS monetários = Contas a Receber). Do outro lado do Balanço de Pagamentos, grande parte dos países tinham dívidas no total de US$ 59.090,00 bilhões (PASSIVO = Contas a Pagar).

Analisando-se dados disponíveis na Internet, tendo como fontes o FMI - Fundo Monetário Internacional, o Banco Mundial e a ONU - Organização das Nações Unidas, verifica-se que os três órgãos têm números semelhante, mas, nunca iguais aos dos dois outros órgãos, sendo que na Consolidação dos Balanços de Pagamentos de todos os países, o Total do Ativo é diferente do Total do Passivo. Isto significa que essa contabilidade não fecha.

Por que esse tipo de contabilidade não fecha?

Porque o total das Reservas Monetárias dos países credores deveria ser igual ao total das Dívidas dos demais (que seriam os devedores).

Por que essa Consolidação das Demonstrações Contábeis não fecha?

Porque essa contabilidade não é feita por contadores. É feita "nas coxas" por economistas que não levam em consideração os principais credores do mundo que são os sonegadores de tributos que têm empresas offshore constituídas em Paraísos Fiscais.

Pergunta-se: Como é possível as Agências de Rating redigirem parecer ou opinião com dados tão imprecisos?

As respostas para essa questão estão nas entrelinhas do comentado nesta página. São pareceres feitos "nas coxas", sabendo-se que os paraísos fiscais que seriam, em tese, os principais credores, não têm quaisquer informações contábeis sobre as empresas offshore (fantasmas) registradas em seus territórios.

Mas, como é impossível não ter informações precisas diante dos avanços na TI - Tecnologia da Informação, principalmente neste século XXI?

O Brasil, por exemplo, no Governo Lula implantou o SPED - Sistema Público de Escrituração Digital que tem ao seu dispor as informações contábeis de praticamente todas as empresas, se estas não sonegarem informações. E o cruzamento de dados com os estados e municípios, com base na arrecadação de tributos, pode ser efetuado plenamente.

Então, pergunta-se:

  1. Como o chamado de mundo desenvolvido não tem condições de obter esses dados em paraísos fiscais?

  2. Será que o poderio bélico dessas nações hegemônicas é inferior ao poderio dos Paraísos fiscais?

  3. Será que os políticos desses países hegemônicos são facilmente corrompidos pelos magnatas (senhores feudais) dessas ilhas do inconfessável?

11. TEXTOS ELUCIDATIVOS

Para muito bem ilustrar o aqui descrito, a seguir estão os textos desabonadores das Agências de Ratring publicados neste COSIFE. É sabido que essas Agências de Rating publicam opiniões sobre o chamado RISCO PAÍS acima comentado.

No texto A MEGALOMANIA E A IRRESPONSABILIDADE DAS AGÊNCIAS DE RATING, que se refere à falência do Banco Santos, determinadas Agências de Classificação de Riscos o colocaram com o 6º melhor banco para investimentos e administração de carteiras de investimentos. Com base nessas falsas afirmações das Agências de Rating, Institutos de Previdência, Fundos de Pensão e de Investimentos, além de investirem nos títulos emitidos por aquele banco, ainda entregaram suas Reservas Atuariais ou Provisões Técnicas para serem administradas. Diante da absurda classificação de risco, chegou-se a questionar como o megalomaníaco banqueiro conseguiu enganar os experientes dirigentes do Banco Central do Brasil, os “Experts” analistas das “Agências de Rating” e muitas outras pessoas importantes, incluindo-se nesse rol de enganados alguns afamados auditores independentes. Assim, depois da falência do Banco Santos foram assumidos pelos trabalhadores os Prejuízos dos Investidores Institucionais: tais como são os Fundos de Pensão, os Institutos de Previdência estaduais e municipais e, ainda, as Fundações de Previdência Privada Fechada.

Sobre o mesmo tema, são os seguintes os textos disponíveis para leitura:

  1. AGÊNCIAS DE RATING NOVAMENTE ACUSADAS - CRIMES CONTRA INVESTIDORES - Manipulação de Preços, Informações Privilegiadas - Insider, Criação de Condições Artificiais de Procura, Oferta E Preços de Valores Mobiliários, Responsabilidade das Agências de Rating, da CVM - Comissão de Valores Mobiliários e do Banco Central do Brasil como Órgãos Executores das Resoluções do CMN
  2. AGÊNCIAS DE RATING SÃO FACILMENTE ILUDIDAS POR SEUS CLIENTES - Governo Americano Quer Processar A Agência Standard And Poors - Empresas Selecionam Classificação que Mensura Risco de Crédito mais Favorável - no Mundo, Agências Estão Na Mira de Reguladores - Agências Dizem Seguir Alto Padrão em Análises
  3. IRREGULARIDADES DE AUDITORES INDEPENDENTES E AGÊNCIAS DE RATING - A Impotência dos Auditores Independentes - Privatização da Fiscalização do Banco Central - A Inócua Atuação das Agências de Rating.
  4. RISCO AMÉRICA VERSUS RISCO BRASIL #1  - Fraudes Contábeis e Financeiras das Multinacionais - Rating - Agências Classificadoras de Risco - A Irresponsabilidade das Agências de Rating.
  5. RISCO BRASIL VERSUS RISCO USA #2  - O Brasil Sustenta a Europa desde 1500 - Ataque Especulativo, os Insiders e os Crimes Contra Investidores, A Irresponsabilidade das Agência de Rating.
  6. RISCO BRASIL X RISCO EUA #3 - Planejamento Tributário e Paraísos Fiscais = Internacionalização do Capital - Crise da Dívida Externa Norte-Americana, Evidências de que o Risco USA é Maior que o do Brasil.
  7. A SOBERANIA A SER RESGATADA - A Obscura Atuação das Agências de Classificação de Riscos - Manipulação de Demonstrações Contábeis, Crimes Contra Investidores, Risco Brasil. Enron, J P Morgan, Moody's
  8. MERCADO Á VISTA - As Bolsas de Valores, o Mercado de Balcão e o Risco Brasil - As Bolsas de Valores, o Jogo e a Especulação - A Liquidez no Mercado de Ações - O Insider e as Bolsas de Valores - Fraudes e Crimes Contra Investidores - Agências de Rating Acusadas - Em Defesa do Investidor - os Investidores Institucionais e a Manipulação de Preços
  9. A INTERNACIONALIZAÇÃO DO CAPITAL NORTE-AMERICANO - Investimentos das Multinacionais - Sonegação Fiscal nos USA - Déficit Público - Multinacionais Lucram Mais Em Paraísos Fiscais - Offshore - Evasão de Divisas - Perda de Reservas Monetárias - os Gastos Públicos com as Guerras - Recessão e o Desemprego em Massa - O Déficit Público Norte-Americano e a Proliferação dos Paraísos Fiscais - Risco Brasil X Risco USA - O Fim dos Paraísos Fiscais - Risco Por Risco, o Brasil é Mais Seguro - As Agências de Rating Acusadas.
  10. AS GRANDE EMPRESAS NORTE-AMERICANAS E AS FRAUDE DO CAPITAL Contabilidade Criativa - Contabilidade Fraudulenta - Fraudes Contábeis e Financeiras Das Multinacionais - As Grande Empresas Norte-Americanas e as Fraude do Capital - Ranking Revela Campeãs do Truque Contábil - Agências de Classificação de Riscos - Rating, Sarbanes-Orley Act,, Números Mágicos, Governança Corporativa, Compliance Office, Crimes Contra Investidores, Bolsas de Valores
  11. NOVA BANCARROTA NORTE-AMERICANA EM 2011 Mega-Especuladores, Agências de Rating - Classificação de Riscos, Risco Brasil Versus Risco USA e dos Países Europeus.
  12. OS BANCOS E O ISS II - Auditor Fiscal - Notas de Negociação no SFN - Notas Fiscais - Documentação Hábil, Agentes Fiscais Municipais, Guerra Fiscal - Paraísos Fiscais, Elisão e Sonegação Fiscal, Irregularidades Contábeis, Fiscais e Operacionais, Irresponsabilidade Dos Auditores Independentes e das Agências de Classificação de Riscos (Agências de Rating).
  13. AS BOLSAS DE VALORES, O MERCADO DE BALCÃO E O RISCO BRASIL - Rating - Agências Classificadoras de Risco - O Mercado de Capitais e os Crimes Contra Investidores - Interferência das Bolsas de Valores na Economia - Operações de Hedge nas Bolsas de Mercadorias - Manipulação de Preços e Outros Artificialismos - As Bolsas de Valores Como Precursoras de Economia Independente - Influência das Bolsas de Valores em Alta - C-Bonds Ou Bradies - Cálculo do Risco Brasil
  14. DERIVATIVOS DE CRÉDITO Securitização de Créditos - Operação de Hedge - Companhia Securitizadora de Créditos - Agências Classificadoras de Risco - Agências de Rating - Arbitragem
  15. CONTABILIDADE FINANCEIRA - Atuação das Agências de Rating (de Classificação de Riscos)
  16. A VIDA COM O DÓLAR FRACO - O Risco Brasil, a Irresponsabilidade das Agências de Classificação de Riscos - Agências de Rating






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