Ano XXV - 29 de março de 2024

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RESPONSABILIDADE SOCIAL E TRABALHO VOLUNTÁRIO


RESPONSABILIDADE SOCIAL E TRABALHO VOLUNTÁRIO

A HISTÓRIA DO SITE DO COSIFE

São Paulo, 23/02/2011 (Revisado em 13/03/2024)

Assinaturas, Especializações em Contabilidade, Cursos e ou Roteiros de Pesquisa e Estudo como Autodidata, EAD - Educação à Distância, Ética Profissional, Empresa Cidadã, Diploma de Mérito Contábil, Programa de Voluntariado da Classe Contábil, Apelo do Fundador do Wikipédia. Fazer o Bem: Aposentados Melhorando a sua Qualidade de Vida, Os Contabilistas e o Trabalho Voluntário - Socialista - Socialismo

  1. A RESPONSABILIDADE SOCIAL DO CONTABILISTA
  2. UM APELO DO FUNDADOR DO SITE WIKIPÉDIA (SHIMMY WALES)
  3. APOSENTADOS MELHORANDO SUA QUALIDADE DE VIDA
    1. FAZER O BEM
    2. O QUE INCENTIVOU A EDIÇÃO DO COSIFE
    3. A DESCONFIANÇA DOS INTERNAUTAS
    4. O EXORBITANTE PREÇO DOS CURSOS
    5. AGORA NÃO DÁ MAIS PARA SEGURAR
  4. CONCLUSÃO

Coletânea por Américo G Parada Fº - Contador - Coordenador do COSIFE

1. A RESPONSABILIDADE SOCIAL DO CONTABILISTA

Por Diva Gesualdi – Presidente do CRC-RJ. Publicado pela Revista do CRC-RJ de setembro & outubro de 2010. Grifos [negritos] e anotações [em vermelho] colocados por Americo G Parada Fº - Contador CRC-Rj 19750 - Coordenador do site do COSIFe.

O que eu faço é uma gota no meio de um oceano. Mas sem ela o oceano seria menor” Esta frase de Madre Teresa de Calcutá, utilizada no folder [panfleto = informe publicitário] de divulgação do Programa de Voluntariado da Classe Contábil, abre caminho para o assunto que escolhi tratar com vocês nesta revista [Revista do CRC-RJ de outubro de 2010]: Ética e Responsabilidade Social do Profissional de Contabilidade. Como aprendemos na escola, a Contabilidade é uma ciência social. Sendo assim, nosso trabalho deve ser realizado pensando, antes de tudo, no bem da sociedade em que vivemos.

Ser contabilista neste mundo capitalista não é tarefa fácil. É estar no elo entre o capital, as empresas, a sociedade e o Estado. Por isso, o profissional de contabilidade deve ser comprometido socialmente, como indivíduo e como profissional. Construir uma sociedade igualitária e respeitosa não é dever somente dos políticos e governantes. É um dever de todos nós, cidadãos, que dividimos os mesmos espaços, o mesmo ambiente e o mesmo planeta. O Certificado Empresa Cidadã e o Diploma de Mérito Contábil reconhecem e incentivam a participação de contabilistas brasileiros em ações e projetos socioambientais que contribuam, assim, para um futuro melhor.

O Programa de Voluntariado da Classe Contábil oferece aos profissionais variadas opções de projetos sociais, nos quais os contabilistas podem se cadastrar para contribuir com seus serviços, otimizando os resultados desses projetos. Entre em contato com o CRCRJ pelo e-mail voluntariado@crcrj.org.br e obtenha mais informações sobre como participar do programa.

Como nos ensinou o inesquecível Professor Antonio Lopes de Sá, "o contador deverá ser o agente capaz de disseminar a responsabilidade social na sua organização e nas empresas às quais presta serviços. É ele o detentor de informações ricas e privilegiada capaz de influenciar positivamente nas organizações”. Se informação é poder, é natural que sejam criadas diversas regras para o uso delas também pelo profissional de contabilidade. Por isso devemos conhecer e exercer a Responsabilidade Social do Contabilista considerando o Novo Código Civil, a Constituição, e o Código de Ética Profissional do Contabilista, que dita que devemos "exercer a profissão com zelo, diligência e honestidade, observada a legislação vigente e resguardados os interesses de seus clientes e/ou empregadores, sem prejuízo da dignidade e independência profissionais" (Resolução CFC 803/1996 - Art. 2° Inciso I).

Veja a NBC-PG-01 (Código de Ética Profissional do Contador) que substituiu a Resolução CFC 803/1996.

Conhecendo nossas responsabilidades, vemos que nossos limites vão muito além das rotinas contábeis. Há muito mais que números para tomarmos conta. Há vidas que podem ser afetadas e melhoradas pelo nosso trabalho. Não somente quando participamos de projetos sociais, mas também quando contribuímos para correta arrecadação e aplicação de impostos e também quando prestamos um bom atendimento a nossos clientes, com serviços de qualidade, dentro dos princípios técnicos, éticos e morais da nossa profissão e da sociedade.

Somos mais de 50 mil contabilistas ativos no Estado do Rio de Janeiro e mais de 460 mil no país. Imagine se cada um de nós der um passo por dia na caminhada por um país melhor. Se espalharmos, assim, milhares de gotas de solidariedade e cidadania, o oceano das boas ações contábeis pode ficar imensamente maior. Só depende de nós.

2. UM APELO DO FUNDADOR DO SITE WIKIPÉDIA (SHIMMY WALES)

Recebi muitos olhares estranhos quando, há dez anos [ano 2000], comecei a falar com pessoas sobre a Wikipédia.

Digamos apenas que alguns empresários eram cépticos da noção de que voluntários de todo o mundo poderiam juntar-se para criar uma coleção notável de conhecimento humano - tudo com o simples propósito de partilhar [Trabalho Voluntário].

Sem anúncios. Sem lucros. Sem agenda escondida.

Uma década depois da sua fundação, mais de 380 milhões de pessoas usam a Wikipédia todos os meses - quase um terço da população mundial ligada à internet.

É o 5º site mais popular do mundo [O site do COSIFe estava entre os 6.500 mais visitados do Brasil]. Os outros quatro foram construídos e são mantidos com milhares de milhões de dólares de investimento, recursos humanos empresariais enormes e marketing incansável.

Mas a Wikipédia não é nada parecida com um site comercial. É uma criação de uma comunidade, escrita por voluntários que escrevem um artigo de cada vez. Você faz parte da nossa comunidade. E estou a escrever-lhe hoje para pedir-lhe que proteja e sustenha a Wikipédia.

Juntos, podemos mantê-la gratuita e sem anúncios. Podemos mantê-la aberta - podes usar qualquer informação que esteja na Wikipédia da maneira que quiser. Podemos continuar a fazê-la crescer - espalhando o conhecimento por todo o lado, e convidando participação de toda a gente.

Todos os anos, por volta desta altura, vimos pedir-lhe e a outros da comunidade da Wikipédia para ajudar a sustentar a nossa empreitada conjunta com uma doação modesta de €20, €35, €50 ou mais.

Se valoriza a Wikipédia como fonte de informação - e de inspiração - espero que escolha agir agora.

Atenciosamente, Jimmy Wales - Fundador da Wikipédia

P.S. A Wikipédia mostra como pessoas como nós podem fazer coisas extraordinárias. Pessoas como nós escrevem a Wikipédia, uma palavra de cada vez. Pessoas como nós financiam-na, uma doação de cada vez. É a prova do nosso potencial coletivo para mudar o mundo.

3. APOSENTADOS MELHORANDO SUA QUALIDADE DE VIDA

São Paulo, 22/09/2009. Publicado em 23/02/2011

  1. FAZER O BEM
  2. O QUE INCENTIVOU A EDIÇÃO DO COSIFE
  3. A DESCONFIANÇA DOS INTERNAUTAS
  4. O EXORBITANTE PREÇO DOS CURSOS
  5. AGORA NÃO DÁ MAIS PARA SEGURAR

Por Américo G Parada Fº - Contador - Coordenador do COSIFE

3.1. FAZER O BEM

Sob esse título de FAZER O BEM a Revista do SINAL de julho de 2009 (SINAL - Sindicato dos Funcionários do Banco Central) apresentou diversos depoimentos de aposentados daquela autarquia federal sobre as suas novas atividades mediante o exercício de Trabalho Voluntário.

Os aposentados categoricamente atestam que essa nova atividade não remunerada contribuiu de forma significativa para a melhora de sua qualidade de vida nesse período de inatividade laboral como servidor público. Ou seja, para não ficarem simplesmente esperando o dia da morte, significativa parcela dos aposentados resolveu prestar serviços à coletividade.

Diante do texto publicado, por sinal muito interessante e ilustrativo, surgiu a idéia de se explicar o que levou o aposentado coordenador do site do COSIFE a colocá-lo no ar em 1999.

3.2. O QUE INCENTIVOU A EDIÇÃO DO COSIFE

Inicialmente a edição do site do COSIFE tinha objetivo comercial (capitalista). Isto é, a intenção era a de vender serviços de informação mediante remuneração (assinatura de conteúdo).

Antes mesmo do site ser colocado no ar, a primeira tentativa de disponibilizar tal serviço foi estudada com colaboradores da FEBRABAN. Naquela época, final de 1995, a INTERNET era apenas uma promessa de intercâmbio e comunicação para ser utilizado no futuro.

Então, o coordenador do COSIFe, já aposentado, com o auxílio de uma empresa que implantava sistemas de HOME BANKING (O banco no seu lar – Todo Seu) montou um sistema em que, mediante o uso de linha telefônica, os assinantes poderiam baixar para seu computador as atualizações do COSIF - Plano de Contábil das Instituições do SFN, que só era expedido na forma impressa pelo Banco Central do Brasil.

O sistema idealizado e colocado em prática não teve sucesso porque funcionários dos bancos filiados à FEBRABAN ficaram receosos, pois havia o risco de perderem seus cargos de consultores internos, visto que uma entidade terceirizada poderia oferecer indiretamente tal consultoria. Diante dessa premissa contrária à terceirização dos serviços, dos pouco mais de cem bancos filiados à FEBRABAN, somente oito deles se inscreveram como assinantes no primeiro ano de disponibilização do sistema de informações.

Não era possível oferecer os serviços através da FEBRABAN às demais instituições do SFN, incluindo as cooperativas de crédito. Era permitido oferecer o serviço apenas aos bancos associados. Entretanto, as instituições de menor porte, em tese, seriam as mais interessadas pelo sistema oferecido, porque não podiam arcar com os custos de um departamento especializado em consultoria. Diante do pequeno número de bancos interessados, tornou-se inviável a distribuição do COSIF com a utilização dos recursos do VISUAL BASIC por intermédio do sistema Home Banking.

Logo em seguida, em 1997, a Internet despontou como veículo mais barato de divulgação de informações. Então, o COSIFE apresentou-se como um dos pioneiros antes mesmo do Banco Central do Brasil, que anos depois colocou o COSIF em seu site e até hoje não publica na internet o antigo MNI, que também pioneiramente foi publicado pelo site do COSIFe.

O custo da veiculação pela internet era tão baixo que nem era necessária colaboração de investidores institucionais (anunciantes). Foi dessa forma que o coordenador do COSIFe ficou durante muitos anos fazendo esse TRABALHO VOLUNTÁRIO - SOCIALISTA.

3.3. A DESCONFIANÇA DOS INTERNAUTAS

Muitos internautas, acostumados com a mesquinhes dos capitalistas, escreviam perguntando quais seriam as razões de apresentação desse trabalho de livre acesso ao público.

Existiam duas respostas para a questão.

A primeira das respostas soava como demagógica porque é difícil de se acreditar que alguém possa trabalhar de graça (sem remuneração), tendo seu trabalho como um “hobby” (algo que lhe proporcione prazer, satisfação pessoal).

A outra resposta soava como lógica porque a intenção seria a de tornar o site suficientemente conhecido para depois torná-lo comercial.

Naquela época as pessoas entendiam que Trabalho Voluntário resumia-se na prestação de serviços em instituições de caridade. Em tese, o coordenador do site do COSIFe estava fazendo caridade aos capitalistas do sistema financeiro, porque inicialmente fornecia apenas as normas sobre contabilidade bancária.

Mas, como os capitalistas não estavam interessados em tal serviço, por sugestão dos internautas o site foi paulatinamente sendo incrementado com as demais matérias estudadas nos Cursos de Ciências Contábeis. E ainda há muito a escrever e a publicar.

3.4. O EXORBITANTE PREÇO DOS CURSOS

Para as pessoas que perguntavam sobre os preços dos cursos apresentados no site para serem ministrados “in company” (ministrados em empresas, associações de classe, sindicatos e órgãos públicos) era respondido que o preço seria de R$ 60 mil para cada um dos roteiros publicados.

Alguns retornaram mensagens em que argumentavam ser muito caro o preço estipulado. Alguém disse que era preço de MBA - Master in Business Administration (Mestre em Administração de Negócios – Lato Sensu).

Então, era remetida nova resposta de caráter demagógico em que se explicava a intenção do COSIFe. Dizia-se que na realidade a intenção era a de proporcionar conhecimentos técnicos e científicos às pessoas de NÃO PODIAM pagar para obtê-los, as quais deveriam estar dispostas a estudar como autodidatas.

Assim sendo, aqueles que quisessem ter à sua frente o "professor" (palestrante), deveriam pagar o preço necessário ao sustento, à manutenção técnico profissional e às mordomias de um alto executivo ou de um acionista controlador duma grande empresa.

Outros internautas achavam que o site do COSIFe era governamental e que, por esse motivo, tinha a obrigação de prestar informações de forma gratuita. Então, para estes era explicado que se o site fosse governamental seria GOV.BR e não COM.BR. Na verdade, como era gratuito, devia ser ORG.BR, embora alguns destes cobrem pelas informações prestadas.

Tais internautas faziam extensos questionários sobre determinados temas, cujas respostas seriam suficientes para se escrever livros didáticos ou volumosos manuais práticos sobre os diversos temas propostos. Foi assim que de forma resumida foram elaborados os roteiros de pesquisa para estudo como autodidata constantes do site, denominados como cursos ou especializações em contabilidade.

3.5. AGORA NÃO DÁ MAIS PARA SEGURAR

Como a inserção de anúncios não gerou renda satisfatória e considerando que a manutenção do COSIFe tornou-se trabalhosa e mais cara em razão da grande quantidade de visitantes diários (cerca de 15 mil), torna-se necessária a cobrança de anuidades, que serão de baixo custo para os autodidatas. As consultorias, tal como os cursos ("in company" - no local escolhido pelo contratante), serão cobradas à parte.

Se a cobrança de anuidade pelas assinaturas de conteúdo não der resultado satisfatório, só restará a mesma alternativa que tem o fundador o site Wikipédia: Tirar o site do ar.

4. CONCLUSÃO

Torna-se importante destacar que o TRABALHO VOLUNTÁRIO que agora se houve falar, vem sendo feito pelo coordenador do site do COSIFe desde 1999, sempre neste mesmo endereço eletrônico.

Como foi explicado à coordenadora do curso de Ciências Contábeis da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, quando elogiou o trabalho de nossa equipe de profissionais, o site do COSIFe é como “O Exército de Um Homem Só” da música da banda pop “Engenheiros do Hawaii”.

Tal como cantou Caetano Veloso em sua música "Alegria, Alegria", o site do COSIFe foi colocado na internet “Caminhando Contra o Vento Sem Lenço e Sem Documento”, sem perspectivas, sem capital, sem patrocinadores, sem investidores institucionais, sem empresa cidadã que o quisesse patrocinar e sem anúncios bem remunerados. Inicialmente foi propagado pelas pessoas que o visitaram e ficou mais conhecido e mais fácil de encontrar depois do surgimento do Google como instrumento de pesquisa de temas ou assuntos na Internet.

Considerando que capital é trabalho e que trabalho voluntário não tem remuneração, o site do COSIFe continuará no ar, por enquanto, apenas para satisfação profissional e intelectual do seu coordenador, mais precisamente como um "HOBBY" (passatempo predileto).

Veja também o texto denominado Simples Nacional: Contabilistas Têm o Privilégio de Optar - Os Contabilistas e o Trabalho Voluntário.







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